No outro dia pela manhã, Mari acordou e viu que Sheilla ainda dormia, começou a beijá-la, até que a morena acordou.
M: Bom dia!
- Bom dia! - sorriu - Promete que me acordar todos os dias assim?
A loira abriu seu maior sorriso. - Prometo!
A morena se virou na cama para ver as horas.
S: Deus, como é cedo!
- Isso mesmo...é cedo! Vamos, levante, tome banho, depois vá tomar café porque você vai me levar no shopping da cidade, preciso comprar várias coisas. - falava animada, enquanto puxava o outra da cama, carinhosamente.
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Mari comprou muitas coisas, dentre elas, celular com número italiano e algumas roupas que julgou necessárias a nova vida na Europa. Elas aproveitaram para almoçar em um restaurante do shopping. A loira ficou observando o sotaque italiano de Sheilla e sorrindo, enquanto a morena notava que Mari observava tudo ao redor, não escapava um detalhe do olhar dela.
Já estavam indo embora quando Mari lembrou que seria melhor passar no supermercado porque não tinha nada na casa delas. Sheilla começou a rir do desespero da loira, mas ela tinha razão, precisavam fazer compras se quisessem comer e beber nos 3 dias que ficariam na Itália.
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Estavam na fila do caixa do supermercado quando o telefone de Sheilla tocou, ela olhou para o número, disfarçou e não atendeu.
M: Não vai atender?
- Não. - respondeu simples, mas ao perceber o olhar no rosto da loira, emendou - Não quero falar com ninguém agora. - o tom da voz era baixo e o olhar desviou do de Mari rapidamente.
A loira fechou a cara, percebeu que estava certa em pensar de imediato que era uma ligação de Léo e, definitivamente, não estava acostumada com aquela situação. Mari nunca havia sido "a outra" de nenhum triângulo amoroso. Não sabia como deveria agir, mas lembrava bem o que não deveria fazer quando esse tipo de coisa acontecia, afinal, ela já teve algumas "outras" na sua vida. Resolveu ficar calada, mas não conseguia tirar o pensamento do quão complicado seria lidar com isso tudo.
Sheilla percebeu o distanciamento da loira, ela deveria ter imaginado que fosse Léo e a morena se sentia perdida, não sabia o que fazer, essa situação era totalmente nova para ela também.
Quando chegaram em casa, Mari disse que iria arrumar as coisas que comprou e o resto das coisas que levou e ainda estavam pelo quarto. Antes de ir, ajudou Sheilla a levar as compras para a cozinha, deu um beijo nela e saiu.
A morena aproveitou o momento. Sentou no sofá, pegou o telefone e o olhava, não sabia se ligava, mas decidiu que era o melhor a fazer. Desde o dia da final do GP ainda não tinha ligado para ele ou para sua família como sempre fazia, o que provavelmente deveria estar causando preocupação a todos. Suspirou pesadamente. Era hora de enfrentar um pouco da realidade.
O telefone de Léo chamava, a morena estava nervosa, não havia falado com ele desde que esteve com Mari pela primeira vez, suas mãos suavam. Léo atendeu o telefone, finalmente.
L: Amor, que saudade! - a voz era empolgada.
Sheilla sorriu pelo jeito fofo, mas estava completamente ansiosa, o coração acelerado, adrenalina correndo solta pelo corpo. - Oi, amor! Senti saudades também! - embora controvérsia, a declaração era sincera. A morena nutria um forte sentimento de amizade e parceria pelo noivo.
Léo soltou um suspiro aliviado e sorriu do outro lado da linha - Já estava preocupado, você sempre me liga, mas nada de você ligar, então resolvi ver o que estava acontecendo, mas você não atendeu! - nitidamente ele a estava sondando, a voz transbordava curiosidade comedida.
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CLOSER
RomanceShari, durante anos, foi um dos casais gays mais comentados do esporte mundial. Tido por alguns como o primeiro grande ship lésbico brasileiro, o namoro começou em 2006 e causou um furacão de acontecimentos e desdobramentos, não apenas na vida pesso...