Pequena raposa

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Oi, tudo bem? ❤️
Eu sou Luriel stan e não tinha achado muitas fics, então decidir fazer essas.
Não sei quantas partes vai ter.
Não prometo postar todo dia, mas pelo menos uma vez por semana (sem um calendário fixo)
Espero que gostem
Comentem o que acharem e deixe seu voto.

Se houver algo errado por favor comente

oOo

Lucien olhou pela janela e viu uma sombra pousando no jardim.

Hoje era o dia da tão esperada reunião sobre as Rainhas Humanas e terras humanas com o Mestre Espião. E quando digo tão esperada, quero dizer, desagradável e desconfortável, além de entediante e da vontade que não ocorresse por parte do ruivo. Não que o encantador fosse sem educação com ele, na verdade era o mais educado, mas ele tinha aquele olhar, o mesmo olhar de todos sobre si, de julgamento e algo mais, algo misterioso e sombrio.

Lucien não entendia se era por causa da sua pequena Archeron (Feyre) ou pelo seu irmão, talvez fosse por causa de sua parceria, ou não houvesse motivo. Fosse o que fosse ele preferia ignorar.

A única pessoa que levava em consideração os comentários era Feyre, e essa o tratava da melhor forma possível.

O ruivo sai de seus devaneios quando ouve alguém bater à porta e desce para atender. Estava na Mansão dos Exilados, sua casa.

Ele abre a porta e se depara com um moreno de carranca um pouco diferente do habitual.

- Bom dia, Mestre Espião! Como está? - o ruivo comprimenta com a voz recheada de sarcasmo, dando passagem para o outro entrar.

O moreno não responde, apenas passa por Lucien e entra na casa.

- Vejo que está de mal humor hoje. Qual seria o motivo? - pergunta com seu típico jeito debochado, não queria saber sobre o motivo do mau humor do Illyriano, apenas alfineta-lo.

- Onde estão os relatórios? - o macho alado finalmente diz algo.

- Eu os envio toda semana caso não saiba - Lucien sabia do que o encantador estava falando, mas não daria o que ele queria com ele falando desta forma, ele até podia ser o Mestre Espião, um dos illyrianos mais fortes, mas Lucien não tinha o dever de aceitar desaforo.

- Você sabe do que estou falando - os dois machos se encontravam em pé no hall de entrada em frente a escada de mármore que dava para os quartos e sala, que Lucien, Vassa e Jurian costumam ficar até o amanhecer, a direita da escada ficava a sala de jantar, com uma porta para a cozinha e a esquerda dava acesso a sala de estar.

A casa em que os Exilados viviam era espaçosa demais para três seres, mas aquele foi o único lugar que agradou os três.

- Sei? - Lucien questionou, se encaminhando para a sala de estar, que dispunha de um sofá rosa, algumas poltronas e uma mesa de centro. Sentou-se na sua poltrona favorita, enquanto o outro macho permaneceu de pé.

- Lucien, por favor, onde estão os relatórios de ontem? Os que você disse serem importante - Az finalmente encontrou a educação que tinha perdido, não que ele tivesse sido delicado, foi apenas um pedido seco e ríspido, mas que fez com que Lucien se levantasse e fosse até um móvel de madeira atrás do sofá, abrisse a gaveta e tirasse de lá o relatório feito no dia anterior.

- Sim, eu sei qual relatório, Encantador de Sombras - entregou o relatório e se jogou no sofá - Diga a seu Grão Senhor e sua Grã Senhora que Vassa tem o desejo de conversar com ambos, se possível, mas que precisa ser aqui, por causa da maldição. Se ele aceitar por favor me informe.

Os dois tiveram a bendita reunião, que durou umas duas horas. Discutiram o tal relatório, que Az mandou as sombras enviarem imediatamente para Rhys assim que pegou. As coisas estavam muito calmas nas terras humanas, calmas até demais

Az se levantou e agradeceu pelo relatório e reunião, e ficou esperando ser levado até a porta.

- Você já conhece a saída, não é como se fosse a primeira vez que vem aqui ou fosse uma visita - o ruivo inclinou a cabeça para trás encostando no encosto do sofá e colocando o braço em frente aos olhos.

O Mestre Espião saiu em silêncio sem se despedir, deixando o ruivo sozinho com os próprios pensamentos.

"Ele é tão bonito" uma das pequenas luzes comentou.

- Bonito ele é, mas é tão sem educação quanto os outros.

"Ele não é igual aos outros, você sabe disso" outro feixe comentou.

Lucien sabia, elas já tinham contado para ele umas cinquenta vezes.

- Vocês já disseram que não, mas às vezes vocês mentem para conseguir o que querem e eu sei que vocês gostam das sombras, o que é bem estranho já que vocês são luz.

"Elas são muito bonitas"

- E fofoqueiras.

As luzes riram.

Esse era um segredo que ninguém sabia, ninguém mesmo. Lucien conversa com as luzes assim, como Az conversa com as sombras. Ele descobriu esse dom quando Jasmine morreu, pouco antes de fugir da Outonal.

As pequenas luzes disseram que eram provenientes do seu poder da luz e que ele se conectou com a frequência delas, por isso passou a entender de uma hora para outra. Por poder da luz ele deduzia ser o poder de fogo.

Um dia ele estava na floresta, ajoelhado sobre as folhas secas no chão no lugar preferido de Jesminda, quando ouviu o feixe de luz que estava sobre a pedra com as iniciais de sua amada murmurarem algo e desde esse dia isso ficou cada vez mais frequente e elas agora não o abandonam.

Elas ajudaram ele muito, principalmente a não desmoronar antes de Feyre ir para a Corte Noturna e agora que todos o julgam e quando Jas morreu.

Quando Lucien conheceu Az ele ficou super empolgado, queria saber tudo sobre as sombras, como ele aprendeu a comunicar com elas, como elas eram, se eram curiosas, fofoqueiras e teimosas, igual as luzes, carinhosamente apelidadas de fifis de tão fofoqueiras. Mas desde o acontecimento na Corte Invernal ele foi muito frio e não deixou transparecer nada, então Lucien não quis mais isso. Mas sempre conversa com as sombras e sabe o quanto são fofoqueiras e ainda mais teimosas que as fifis.

Aí você me pergunta o porquê de não terem contado para o Az, elas sabiam o motivo pelo qual ele nunca contou e respeitavam a decisão dele, acham que ele que tem de contar.

"Nós não somos fofoqueiras" uma sombra surgiu do nada.

- Imagina, nem um pouco. Mas como estão lá na Corte, estão todos bem?

"Estão sim, pequena raposa. E você? " Uma outra perguntou.

- Eu estou bem, pequena noite. Hoje são só vocês duas?

"Sim, o Mestre tem trabalho e precisa das outras."

"Saiba que ele ficou meio mal por ter sido sem educação, ele só está estressado."

- Vocês só estão defendendo ele.

"Elas não fazem isso, elas não mentem" uma fifi que estava enroscada no pulso de Lucien exclamou.

- E vocês parem de defender elas - o ruivo exclamou indignado enquanto se levantava com as luzes e sombras em seu encalço, as sombras nos ombros e as luzes no pulso e cintura - Se dissipem. Vamos na vila mais próxima.

Todos os dias Lucien ia em alguma vila ou aldeia próxima, se passando por humano com um feitiço. Para saber como as Rainhas estavam agindo e o que estavam fazendo. Até o momento estavam andando no trilho, apesar de alguns aldeões terem alegado que alguns guardas levaram dois ferreiros da pequena cidade, os melhores, era o que foi dito, por isso o ruivo estava voltando para lá, achava tal atitude suspeita.

As luzes amam a escuridãoOnde histórias criam vida. Descubra agora