"Você está delirando"

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Azriel estava saindo do quarto de armas quando uma voz o assusta.

    — Você precisa…

    — Puta merda — Az coloca a mão no peito assustado.

 Persei estava sentado em uma das espreguiçadeiras com as sobrancelhas erguidas.

    — Aguce seus sentidos ou você vai morrer no campo de batalha.

    — O que você está fazendo aqui? — Az não estava muito bem humorado.

    — Vim lhe pedir que vá para Sob a Montanha a meia noite — o loiro estava sério — Independente do que aconteça, esteja lá. Nós precisamos de você.

    O moreno estava irritado, tudo era uma incógnita, só havia perguntas, mas poucas respostas.

    — O que diabos está acontecendo? O que aquele feiticeiro quer afinal de contas? O que nós somos? O que vamos fazer em Sob a Montanha? — Az parecia desesperado — E onde… onde está o meu parceiro? — sua voz sai quebrada.

    Persei sorri triste.

    — Ele está bem, ele está encontrando o caminho dele, encontrando as respostas. E agora está na sua hora de saber — o loiro fica de pé — Nós estamos em uma guerra, uma guerra para ver quem irá ficar com Prythian, mas não é só isso. O Feiticeiro só quer poder, ele só quer controle e ele realmente quer a pedra do poder dos Grão-senhores. Mas o verdadeiro problema é a Névoa, ela não quer nada além de mortes, destruição, dor, aflição e tristeza. Ela está no controle do corpo do Feiticeiro e não vai deixar ele negociar, não que ele queira. Ela quer ver o caos. E não há nada que possamos dar a ela que a faça desistir.

    Azriel se encontrava calado absorvendo toda a gama de informações,mas depois de uns minutos pergunta:

    — Onde nós quatro nos encaixamos? 

    — Nós somos os responsáveis por deter a Névoa, o Feiticeiro, as Rainhas e todo o resto, a Mãe nos escolheu. Depois do fim da última guerra eu comecei a ter sonhos e ouvir vozes. Sonhos esses que descobri serem visões. Visões de Elain, assim como a voz. Ela queria se comunicar comigo, depois disso tivemos mais visões e alguns dias atrás a Mãe falou com ela sobre o que se aproximava, nós tentamos nos preparar e informar ao máximo, mas foi bem mais rápido do que o esperado e não conseguimos descobrir como detê-los antes — Persei olha para as montanhas atrás de Azriel — Mas agora sabemos e por isso precisamos que esteja Sob a Montanha a meia noite.

    Azriel absorvia mais uma vez a gama de informações.

    — E vai dar certo? — havia tristeza e esperança na voz do espião.

    — Não sabemos, nós não sabemos — Persei respira fundo, aquilo tudo era demais.

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Tamlin defendia sua Corte com garras e dentes, literalmente.
Mesmo estando sozinho ele estava fazendo um estrago no exército inimigo. Apesar de estar ficando cansado e alguns batalhões estarem avançando pelo território.

— Se renda! — o que poderia ser o centésimo soldado falou.

Antes que o homem tivesse chance de falar qualquer outra coisa Tamlin corta a garganta dele.

Algumas horas depois o loiro se encontra cercado e cansado, os soldados esperavam para atacarem todos de uma vez. O Grão senhor sabia que era seu fim, mas não importava, era sua corte, seu dever era protegê-la, da última vez ele não o fizera, mas dessa vez ele morreria tentando.

Com um último grito de guerra o Grão senhor da Primaveril atacou...

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As luzes amam a escuridãoOnde histórias criam vida. Descubra agora