As luzes amam a escuridão

Galanteador

- Você é idiota? - Eris questiona o moreno.

Eris, Lucien e Azriel estavam na sala da mansão dos Exilados, apesar de terem combinado se encontrar no dia anterior, Lucien e Az haviam adiado para que o ruivo pudesse ir visitar sua mãe, os dois irmãos haviam explicado sobre o que aconteceria algumas vezes e Az sempre questionava.

- Mas e se adiarmos esse ritual para conseguir os ingredientes e quebrar o laço? - Eris gostava do fato do outro se incluir no círculo, mas começava a questionar se ele era mesmo o Espião da Corte Noturna, com aquela lerdeza não era possível.

- Porque se esperarmos muito... - O ruivo mais velho solta um suspiro - Ela morre - ele aumenta levemente o tom de voz - E se ela morrer, seu parceiro também morre.

- Mas tem que ter como usar escudos - ele disse sentado ao lado de Lucien no sofá, parecendo que não ouvia nada que o outro dizia - é só colocarmos barreiras envolta de Lucien e não dela.

Eris revira os olhos e Lucien solta uma risadinha com a cena, seu irmão estava a ponto de pular no pescoço do outro, ele sabia, mesmo sendo quase sempre ele quem irritava as pessoa, odiava coisas como ter que repetir uma fala.

- Seu illyriano idiota, usar magia com ele é o mesmo que usar nela. Que parte do "eles tem uma ligação" você não entendeu? - o ruivo nega e levanta meio exasperado, amava seu irmão, mas por que o parceiro dele tinha que ser esse idiota?

Az revira os olhos e pensa em quais seriam as consequências de enfiar uma faca no pescoço do ruivo.

- Olha, por mais que eu ache muito tentador esse pensamento, você não vai machucar ele - Lucien olha para Az, que só percebe que o pensamento atravessou o laço depois - Você é civilizado.

A cara de repreensão de Lucien é a melhor, o morcego estaria comendo na mão do seu irmão em pouco tempo, constata Eris antes de se retirar batendo os pés e desistindo do moreno.

- Seu irmão é um pé no saco.

- O seus também e nem por isso eu matei eles.

Os dois se encaram e sorriem, ambos tinham razão, eles eram mesmo idiotas, todos os três.

Eles ouvem uma batida na porta e encontram Jurian a abrindo um pouco e enfiando a cara na porta.

- Eu prometi a Vassa que a esperaria para isso e com certeza vou sofrer as consequências - havia divertimento nos olhos dele que logo são substituídos por um brilho assassino - Mas saiba, Azriel, seu drácula de meia tigela, que se você machucar o Lucien eu corto você em pedacinhos.

Dito isso o outro sai da sala, deixando um Lucien desacreditado e um Az meio surpreso e meio confuso.

- O que caralhos é um drácula? E por que eu sou um, ou melhor, uma versão barata de um? - Lucien tenta segurar uma risada.

- É só uma lenda humana. É um cara imortal, que morre se exposto a luz do Sol, bebe sangue humana e se transforma em morcego. - o ruivo sorri - Você meio que parece um, é meio taciturno, um ser da noite e parece que devora humanos.

Azriel se lembra de Amren e como aquela descrição o lembra dela, depois olha para o ruivo com a sobrancelha arqueada meio ofendido, revira os olhos e se levanta.

- A gente pode ir antes que eu decida que prefiro beber sangue de alguém ao invés de ser comparado Amren.

- Realmente, acho que os humanos devem ter se baseado nela.

Lucien se levanta e caminha para fora da casa com Az ao seu encalço. Os dois atravessam para Velaris, mais especificamente para a rua preferida de Az, a da confeitaria e de outros lugares maravilhosos.