•Capítulo Nove•

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                                          Janete

Acordei na manhã seguinte com uma enorme dor de cabeça, e meu estômago estava uma grande merda. Agradeci a deus quando olhei ao redor e vi que Késsio não estava ali, não queria que ele presenciasse mais uma seção de enjôo matinal de grávida. Exceto que ele ainda não sabia que eu estava grávida.

Me levantei devagar e não me preocupei em ir para o banheiro, não tinha nada para o meu estômago expulsar, então eu tinha que dar algo a ele para fazê-lo.

Saí do quarto esfregando os olhos e decidi que escovaria os dentes depois do café da manhã, aliás, que sentido tinha escovar os dentes antes do café quando não tinha um homem em casa?

Fiz o meu sanduíche, o mesmo que fazia toda manhã durante a semana, pois Ian era o responsável por abastecer a minha despensa — ou ele se achava responsável, porque sempre aparecia por aqui com comida para mim.

Olhei para o relógio e vi que faltava pouco para o mesmo aparecer. Agradeci novamente por Késsio não estar comigo nesse momento, não queria imaginar o que daria em um confronto entre ele e Ian.

Comi o meu sanduíche em silêncio enquanto fazia meu café e fiquei surpresa quando senti vontade de comer mais um. Bom, se é isso que você quer, falei para o pequeno em minha barriga.

Aquilo era tão hilário, eu ainda não conseguia acreditar que tinha um bebê dentro de mim, um ser minúsculo, do tamanho de uma semente, ou sei lá, crescendo em meu ventre. Só acreditaria quando visse no ultrassom, que já estava marcado para a semana seguinte, e Ian me fez prometer que eu deixaria ele me levar.

Quando estava comendo meu segundo sanduíche de presunto, alguém bateu na porta. Ian.

Fui abrir e dei de cara com o meu amigo, um sorriso largo de orelha a orelha estava estampado em seu rosto.

— Como está a mamãe mais linda desse mundo? — Não pude evitar rir com todo o entusiasmo dele.

Ian se inclinou para frente e beijou a minha bochecha, então entrou no meu apartamento e foi para a cozinha como se fosse o dono do lugar. Ele começou a tirar as coisas das sacolas e começou a colocar nos armários.

— Você está me deixando mal acostumada. — Falei  enquanto fechava a porta.

— E é para ficar. — Ele abriu as minhas gavetas e inspecionou tudo, então voltou a guardar as compras.

— Você também tem que se alimentar, sabia? E tem despesas...

— Não se preocupe, você sabe que dinheiro para mim não é problema.

Estreitei os meus olhos nele. Ian sempre sendo misterioso.

— Você está envolvido com algo ilegal? É drogas?

Ele gargalhou alto ao ouvir a minha pergunta, olhou para mim e então parou de rir, seus olhos com um brilho diferente nos olhos.

— Não, não é nada ilegal.

Pensei sobre aquilo por um momento, Ian sempre me dizia a mesma coisa, e eu pensava em várias atividades ilegais que as pessoas poderiam cometer, esconder e fazê— las de modo que parecesse legal. Ian não parecia o tipo de homem que se envolvia, por exemplo, com a máfia ou com qualquer organização criminosa que exista, mas e lutas ilegais? Já o vi chutar bastante bundas gordas em nosso tempo junto na boate e sabia que ele tinha jeito para a coisa.

Ian largou a comida guardada pela metade e veio para mim, em seus olhos conhecedores ele via que eu estava tentando acreditar nele.

—  Pequena, preocupe— se apenas com esse pequeno bebê que está aqui dentro, —  Ele colocou a mão na minha barriga e eu não pude evitar o arrepio que percorreu a minha pele. Ian fez muito isso na última semana. —  E em como vai contar para o pai dessa criança.

Doce Perfeição | Série "Donos da Máfia" | Livro 6Onde histórias criam vida. Descubra agora