•Capítulo Dezesseis•

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Janete

Eu ainda não conseguia acreditar que aquilo estava acontecendo. Késsio com certeza ganharia em um "mano-a-mano" contra aquele homem, mas eu ainda tinha medo que algo acontecesse com ele. 

Eu não sabia nada sobre aquele homem, apenas que ele era o meu vizinha e gostava de assediar mulheres, além de manter o som alto. Outra coisa? Familia? Se ele tinha envolvimento com alguma gangue? 

Nada. 

— Késsio, talvez devêssemos ir embora. — Falei, a minha voz acanhada enquanto eu olhava para suas costas tensionada por baixo da camisa. 

Uma olhada além dele e vi o vizinho ali, parado como se estivesse esperando que Késsio pulasse em cima dele, e ele não parecia nem um pouco acanhado por isso. 

— É melhor você ir e levar a sua vadia com você. — O homem latiu, apontando para mim com a garrafa e me lançando um sorriso. 

Dei um passo para trás, amedrontada, mesmo Késsio estando ali. 

Abri a boca para chamar Késsio novamente, mas em um movimento rápido ele sacou uma pistola do cós traseiro da calça e apontou para o homem. 

— Ei, porra! — O outro deixou a garrafa de cerveja cair no chão, essa que se espatifou completamente. 

— Janete, acho que você não vai querer ficar aqui. — Késsio disse para mim, sem sequer olhar para trás, toda sua atenção estava no homem a sua frente. — Mas se você for ficar, feche a porta, e tranque-a. 

Arregalei os olhos, olhando para o homem e para Késsio, sem acreditar. 

Andei até a porta e a fechei, girando a chave e forçando mais a porta em seu arco quebrado. A música alta tocando agora era quase inexistente em meus ouvidos, pois eu só conseguia me perguntar o que Késsio iria fazer com o meu vizinho. 

Fiquei perto da porta e vi quando Késsio se aproximou do sujeito, seu punho que segurava a arma recuando e voltando, acertando com tudo a coronha da arma no rosto do cara. Ele caiu para trás, contra a parede, mas Késsio o segurou pela camiseta fina e o bateu contra a parede com força. 

— Então, eu acho que vamos ter uma conversa. 

 

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Késsio

O fodido filho da puta olhou para mim com olhos arregalados, o bigode sobre o lábio superior molhado de suor. Maldito maricas

— Você gosta de assediar mulheres por aí. Eu conheço uma pessoa que adora o seu tipo. — Pressionei o cano da minha Sig em sua bochecha. — Algumas horas na companhia dele e você se tornaria uma outra pessoa. — Sorri, o que fez o homem franzir o cenho. — A sete palmos abaixo da terra. 

O tremor que percorreu todo o corpo dele me fez ansiar por algo mais. Queria sangue, muito sangue escorrendo por aquele chão. Queria ouvir seus gritos enquanto eu cuidava bem dele com a minha faca. 

Doce Perfeição | Série "Donos da Máfia" | Livro 6Onde histórias criam vida. Descubra agora