•Capítulo Trinta e Um•

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DANTAS

     A única coisa que eu conseguia pensar era na mulher indefesa que deixara em cima da cama no quarto enquanto descia as escadas. O filho da puta covarde merecia mais que uma surra e ser jogado da janela. Ele tinha que ser torturado. Mas duvidava que ele resistiria por muito mais tempo.

     Saí pela porta dos fundos e fui até o corpo estirado no quintal. O rosto ensanguentado irreconhecível, os olhos inchados, a boca aberta enquanto ele lutava para respirar. Ele merecia mais, muito mais.

     Me abaixei ao lado do corpo quase sem vida e segurei o rosto do homem.

     — Olhe para mim, seu filho da puta. — Vociferei.

     Ele abriu os olhos o máximo que pôde.

     — Você... Uhhh...

     — Você vai morrer sabendo que procurou isso com as próprias mãos. — Peguei a pequena faca do coldre em meu tornozelo, que eu mantinha escondido ali, e pressionei em sua garganta. — Eu não dou um fim rápido a ninguém, não quando tenho oportunidade. Mas agora eu tenho que levar a mulher que você abusou, agrediu e humilhou, para um lugar que ela se sinta bem. — Enfiei a lâmina em seu pescoço logo abaixo do seu queixo. Ele arfou, fazendo sons que eram como música para mim. — E ela vai ficar bem longe desse seu corpo podre. Seu merda.

     Soltei o homem e retirei a faca de seu pescoço, limpando na perna da calça.

     Ouvi a porta se abrindo atrás de mim enquanto observava o corpo no chão.

     — Ele... Ele está morto... — Disse a garçonete Katty atrás de mim.

     Me virei no mesmo momento que seus braços rodearam a minha cintura, apertando. Não estava acostumado com contato físico, mas naquele momento eu não consegui afastá-la, apenas deixei que me abraçasse enquanto continuava parado ali.

     — Eu não consigo acreditar que esse pesadelo acabou. — disse com o rosto pressionando meu peito. Podia sentir as lágrimas molhando minha camisa. — Obrigado!

     Olhei para baixo, para os cabelos castanhos desgrenhado descendo pelas suas costas, a blusa de frio e a calça de moletom a cobrindo completamente. Não guardara sua imagem nua em minha mente, não em um momento que estava tão vulnerável.

     Depois de alguns segundos, segurei seu braço e a afastei o mais delicado que consegui.

     — Você não pode ficar aqui, alguém vai notar o sumiço desse sujeito e vão vir atrás de você. — Ela concordou várias vezes. — Também precisamos sumir com o corpo.

     Katty arregalou os olhos.

     Olhei para o corpo sem vida atrás de mim e suspirei, odiava a parte da limpeza. Mas não a envolveria nisso.

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Doce Perfeição | Série "Donos da Máfia" | Livro 6Onde histórias criam vida. Descubra agora