•Capítulo Onze•

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Janete

Ainda não conseguia acreditar que aquilo tinha acontecido, de novo, depois de três meses pensando apenas nisso. Não conseguia tirar os meus olhos de Késsio, ele estava corado, seus cabelos cor de bronze caindo sobre sua testa em uma bagunça sexy e sua respiração atingia a minha bochecha enquanto ele usava sua mão —   que antes estava trabalhando ele mesmo, —   apoiada no ármario ao meu lado, seu torso inclinado para mim e seu quadril para trás.

—   Você está bem? —   Ele me perguntou depois de um momento, seus olhos cinza subindo para o meu rosto, fazendo—  me corar intantâneamente.

—   Sim. —   Engoli em seco quando ele tirou os dedos de dentro de mim e observei enquanto ele os levava até os lábios pecaminosos e chupava, todo provocativo.

Késsio sorriu para mim quando viu como eu o encarava e então enfiou a mão pelos meus cabelos, aproximando o rosto do meu e forçando e minha cabeça para trás.

—   Você me deixa louco, mulher. —   E então me beijou, profundamente, tirando todo o meu folêgo, me deixando quente novamente. —   Vamos ver como está aquele ensopado? —   Sua pergunta me pegou de surpresa. Ele se afastou e deixou mais um beijo sobre o meu pescoço, se virando com a braguilha da calça ainda aberta.

—   Como...

—   Vou limpar essa bagunça. —   Ele me cortou, saindo da cozinha e indo para o meu quarto.

Fiquei ali, sentada no ármario sem entender nada e o observei quando ele voltou e limpou os resquício do que tínhamos feito do chão e das minhas coxas. Quando Késsio estendeu a mão para o meu short, dando a entender que me limparia "lá" também eu o parei.

—   Pode deixar que eu faço isso. —   Corri para o banheiro e me enfiei lá dentro, tirando o shorts e a calcinha arruinada e me limpei rapidamente, então peguei um shorts de pijama cor—  de—  rosa e uma calcinha limpa e me vesti rapidamente.

No meu caminho para fora do quarto, olhei para o meu celular em cima da cama, o peguei e levei comigo para a cozinha. Késsio estava dando uma olhada no ensopado quando eu entrei, e assim que me viu, aqueles olhos cinza—  ártico desceram pelo meu corpo lentamente, me fazendo arrepiar. Coloquei o meu celular em cima do ármario, tentando ignorar seu olhar.

— É... — Raspei a garganta e fui para perto dele. — Pelo jeito não queimou.

— Só coloquei um pouco mais de água, secou um pouco.

Nós dois olhamos para o ensopado de legumes e carne borbulhando dentro da panela por um tempo, aquele silêncio inquieto caindo entre nós.

— Que horas são? — Ele perguntou depois de alguns minutos.

Peguei o meu celular de cima do ármario e olhei as horas.

— São cinco horas... — Franzi o cenho, pensando no tempo que ele passou fora. Foram muitas horas.

— Preciso fazer uma ligação. — Com isso, ele saiu da cozinha e foi para o meu quarto, e não pude deixar de seguir cada movimento dele com os olhos, — o homem era lindo de morrer.

Desliguei o ensopado e peguei dois pratos e duas colheres, pensando por um momento que Késsio não se parecia em nada com um homem que se sustentasse apenas com ensopado. De nenhum tipo, mas era o que o meu estômago iria conseguir segurar, ou pelos menos era isso que eu pensava. 

Depois de um minuto, a curiosidade havia me tomado e eu me esgueirei até a porta do quarto. Késsio estava de costas, a blusa de frio fina não fazia nada para esconder seus ombros largos e a calça jeans apertava em suas nádegas e coxas deliciosamente. Olhei para seu corpo por um momento, então só depois me permiti ouvir o que ele falava.

Doce Perfeição | Série "Donos da Máfia" | Livro 6Onde histórias criam vida. Descubra agora