•Capítulo Vinte e Cinco•

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Janete

Acordei com uma bagunça de passos do lado de fora do apartamento. Corri para a sala bem no momento em  que a porta foi aberta e Késsio entrou apoiando Dantas, que sangrava.

— Meu deus! — Exclamei, correndo para o quarto para pegar toalhas limpas.

Voltei para a sala e paralisei no caminho quando vi Ian na porta, ele estava sério, uma expressão que nunca vi em seu rosto.

— Ian? — ele olhou para mim, sua expressão suavizando assim que me viu.

— Que porra! — Késsio exclamou de onde colocava Dantas no sofá. Assim que Dantas se ajeitou, Késsio virou para nós. — Ele é o Ian?

— Sim... Mas como vocês...

— Foda-se isso agora. — Dantas falou do sofá. — Me dê essas toalhas.

— Você tem que ir ao médico. — Falei, entregando as toalhas a ele.

— Foi de raspão, na coxa... Já tive ferimentos piores.

Meneei a cabeça negativamente.

— Vocês são malucos!

— Acalme-se pequena, você não pode se alterar. — Ian falou, vindo para mim. Ele me abraçou e deitei a cabeça em seu peito.

— Tire as mãos da minha mulher! — Késsio falou igual um cão furioso, me tirando dos braços de Ian e me abraçando contra ele.

— Janete me conhece a muito mais tempo. — Ian disse em tom desafiador.

— Foda-se, ela é minha mulher. — Késsio retrucou entre os dentes. — Ninguém toca nela.

Arregalei os olhos, olhando de Késsio para Ian, os dois se encaravam com olhares mortais.

— Gente... — Dantas chamou.

— Cala boca! — Ian e Késsio disseram ao mesmo tempo.

— Pelo amor de deus! O que vocês são, dois neandertais? — Perguntei, olhando de um para o outro. — Ajam como adultos!

— Concordo com você, cunhada. — Dantas falou do sofá. — Eu poderia estar morrendo aqui, e ninguém vem me ajudar.

Tentei afastar os braços de Késsio, mas ele estava imbatível.

— Me solte você! — Gritei, já alterada. — Agora!

Ele olhou para baixo, para mim, sério.

— Eu estou mandando você me soltar! Késsio!

— Cara, ela precisa me ajudar aqui. — Dantas falou do sofá.

— Você sempre tratou seus machucados sozinhos, por que quer que Janete o ajude agora?

— Bem, tenho certeza que ela saberá tratar bem melhor do que eu.

— Você o escutou, agora me solte. — Késsio finalmente me soltou. Arrumei minha roupa de dormir e olhei para Ian, então ergui o queixo e fui até a cozinha. Peguei um pouco de água e coloquei em uma panela, então coloquei para esquentar no fogão.

Doce Perfeição | Série "Donos da Máfia" | Livro 6Onde histórias criam vida. Descubra agora