Estava com os olhos arregalados, meu coração pulava como um doido dentro do meu peito enquanto eu olhava aqueles olhos cinza-azulados, aquele queixo... Espera, pisquei algumas vezes.
— O que você está fazendo aqui? — Não consegui controlar o meu pensamento, ele simplesmente saiu pela minha boca.
Será que ele tinha vindo por causa de mim? Quer dizer, por causa do bebê? Será que Julia...?
— Eu vou passar alguns dias no Brooklyn, pensei em vir te ver. — oh céus, aquela voz!
Me segurei quando as minhas pernas ficaram trêmulas com apenas a rouquidão abrasadora da sua voz. Esse homem me deixa sem ar apenas com algumas palavras, e esse olhar? Esse olhar, sim, oh esse olhar!
— Você não vai me convidar para entrar?
— Ham? — Indaguei, lembrando do que fizemos alguns meses atrás.
Podia sentir o cheiro da sua colônia, e ele estava tão perto... Janete, se concentre! Esse é o pai do seu filho que ainda não sabe que é o pai de seu filho! Então pare de agir como uma idiota!
— Janete? — Késsio chamou, seu cenho franzido. Olhei para aquele rosto lindo, brutal, cheio de crueldade nata.
— Sim?
— Você está bem?
Então tudo voltou para mim, eu estava parada como uma idiota na porta e não o tinha convidado para entrar. Sim, ele estava me perguntando exatamente sobre isso.
— Sim, estou. — Fiquei de lado e apontei para dentro. — Pode entrar.
Késsio olhou para mim mais uma vez antes de passar por mim, seus olhos se estreitando em meu rosto. Prendi o ar quando fechei a porta e tranquei, o que chamou a atenção de Késsio, que olhou cauteloso para a minha mão na chave.
— Uh, eu estou apenas trancando a porta. — Falei, sentindo como se tivesse que dizer aquilo a ele.
Mafioso. Disse a mim mesma em pensamento, lembrando o que Julia me disse por telefone meses atrás sobre o namorado dela e todos aqueles homens gostosos. Todos criminosos. Meu deus, tem um criminoso dentro do meu apartamento! Devo chamar a polícia?
Quase ri do meu sarcasmo.
— Aqui é bem aconchegante. — Késsio comentou, só então percebi que ele tinha uma mala de mão.
Inclinei a cabeça para o lado. Ele tinha vindo me ver, ou tinha vindo ficar aqui?
— Adorável. — Olhei para cima ao ouvi-lo, vendo que ele me fitava.
— Como assim?
— Você é adorável. — Naquele momento, eu percebi o quão grande ele era, o quão musculoso e perigoso era aquele homem. E ele estava dizendo que eu era adorável.
— Obrigada. — Respondi, sem jeito.
Ajeitei a minha camisa e o short de dormir que usava, me sentindo desarrumada. Raspei a garganta e passei por ele, meu corpo tenso enquanto sentia os seus olhos me seguindo a cada passo.
— Eu estava prestes a fazer um lanche, você quer me acompanhar? — Perguntei, voltando a ligar a chapa na tomada.
— Eu adoraria. — Ele disse em algum lugar atrás de mim.
Preparei mais dois sanduíches e passei na chapa.
— Você quer café? Ou leite? Ou café com leite? — Ouvi sua risada grossa e baixa e olhei para trás. Deus, que homem. Késsio havia tirado o paletó e estava usando apenas sua camisa, seus músculos estavam saltados por baixo da camisa apertada. Desci o olhar, mas parei na cintura e voltei a minha atenção para o que tinha nas mãos.
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Doce Perfeição | Série "Donos da Máfia" | Livro 6
Romance+18 - Esse livro contém cenas de sexo explícita, agressão, palavras de baixo calão e pode conter gatilhos. "Era para ter sido apenas uma noite." Janete Galeman sempre teve uma vida difícil. Lidava com a instabilidade financeira e mal tinha o que co...