•Capítulo Sete•

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Estava com os olhos arregalados, meu coração pulava como um doido dentro do meu peito enquanto eu olhava aqueles olhos cinza-azulados, aquele queixo... Espera, pisquei algumas vezes.

— O que você está fazendo aqui? — Não consegui controlar o meu pensamento, ele simplesmente saiu pela minha boca.

Será que ele tinha vindo por causa de mim? Quer dizer, por causa do bebê? Será que Julia...?

Eu vou passar alguns dias no Brooklyn, pensei em vir te ver. — oh céus, aquela voz!

Me segurei quando as minhas pernas ficaram trêmulas com apenas a rouquidão abrasadora da sua voz. Esse homem me deixa sem ar apenas com algumas palavras, e esse olhar? Esse olhar, sim, oh esse olhar!

— Você não vai me convidar para entrar?

— Ham? — Indaguei, lembrando do que fizemos alguns meses atrás.

Podia sentir o cheiro da sua colônia, e ele estava tão perto... Janete, se concentre! Esse é o pai do seu filho que ainda não sabe que é o pai de seu filho! Então pare de agir como uma idiota!

— Janete? — Késsio chamou, seu cenho franzido. Olhei para aquele rosto lindo, brutal, cheio de crueldade nata.

— Sim?

— Você está bem?

Então tudo voltou para mim, eu estava parada como uma idiota na porta e não o tinha convidado para entrar. Sim, ele estava me perguntando exatamente sobre isso.

— Sim, estou. — Fiquei de lado e apontei para dentro. — Pode entrar.

Késsio olhou para mim mais uma vez antes de passar por mim, seus olhos se estreitando em meu rosto. Prendi o ar quando fechei a porta e tranquei, o que chamou a atenção de Késsio, que olhou cauteloso para a minha mão na chave.

— Uh, eu estou apenas trancando a porta. — Falei, sentindo como se tivesse que dizer aquilo a ele.

Mafioso. Disse a mim mesma em pensamento, lembrando o que Julia me disse por telefone meses atrás sobre o namorado dela e todos aqueles homens gostosos. Todos criminosos. Meu deus, tem um criminoso dentro do meu apartamento! Devo chamar a polícia?

Quase ri do meu sarcasmo.

Aqui é bem aconchegante. — Késsio comentou, só então percebi que ele tinha uma mala de mão.

Inclinei a cabeça para o lado. Ele tinha vindo me ver, ou tinha vindo ficar aqui?

— Adorável. — Olhei para cima ao ouvi-lo, vendo que ele me fitava.

— Como assim?

— Você é adorável. — Naquele momento, eu percebi o quão grande ele era, o quão musculoso e perigoso era aquele homem. E ele estava dizendo que eu era adorável.

— Obrigada. — Respondi, sem jeito.

Ajeitei a minha camisa e o short de dormir que usava, me sentindo desarrumada. Raspei a garganta e passei por ele, meu corpo tenso enquanto sentia os seus olhos me seguindo a cada passo.

— Eu estava prestes a fazer um lanche, você quer me acompanhar?  — Perguntei, voltando a ligar a chapa na tomada.

— Eu adoraria. — Ele disse em algum lugar atrás de mim.

Preparei mais dois sanduíches e passei na chapa.

— Você quer café? Ou leite? Ou café com leite? — Ouvi sua risada grossa e baixa e olhei para trás. Deus, que homem. Késsio havia tirado o paletó e estava usando apenas sua camisa, seus músculos estavam saltados por baixo da camisa apertada. Desci o olhar, mas parei na cintura e voltei a minha atenção para o que tinha nas mãos.

Doce Perfeição | Série "Donos da Máfia" | Livro 6Onde histórias criam vida. Descubra agora