Capítulo 18 As pazes

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                Abraham Johnson

Devo admitir que estou nervoso, ela parece completamente disposta a me ouvir e isso me apavora mais ainda pois significa que ela está cogitando nos dar uma chance, pelo menos é o que quero acreditar. Talvez eu esteja me precipitando em achar que ela quer tentar, talvez ela apenas queira saber a verdade para então se sentir mais tranquila com sua escolha... Talvez para cá, talvez para lá, é neste talvez que me apego com todas as minhas forças.

- A forma como conheci Lucius não importa, só saiba que cheguei até ele para mata-lo. - vejo ela se retrair ao ouvir a última palavra - Eu matei muitas pessoas e estraguei a vida de muitas delas, estraguei de uma forma que apenas a morte seria o alívio para seu sofrimento. Eu não tenho prazer nisso, pelo contrário, por anos tive pesadelos que foram mudando de acordo com os anos que se passaram. Atualmente sonho que mato todos que amo. Meu maior medo é perder minha família e você, eu sempre quis te afastar para te proteger, embora eu não seja conhecido por meu rosto ou nome na máfia, afinal Lucius me tem como sua arma secreta, poucos conhecem meu rosto e posso contar no dedo quais sabem meu nome, mesmo com tudo eu tenho medo e a prova de que ninguém está seguro foi o que ocorreu depois do desfile.


O desfile, lembro da raiva que senti. Se Natalye não estivesse lá eu o teria espancado até perder a consciência e depois, quando se recuperasse eu o mataria. Não sou ruim, mas ninguém mexe com minha família, ele ousou tocar em algo que é meu, ele ousou olhar para ela com olhos maliciosos, eu queria faze-lo sofrer, porém Natalye era minha prioridade naquele momento e continuará sendo.

- Isso me lembra que contactei alguém de confiança para fazer sua segurança, então se ver um carro com frequência em frente sua casa não se assuste.

De repente ela tira sua mão da minha e se levanta irritada. As bochecha vermelhas de raiva, embora a cena seja linda e eu queira muito rir me mantenho sério.

- Seu idiota, você deveria ter me avisado. Eu fiquei paranóica com aquele carro, questionando se era coisa da minha cabeça ou não. - ela da um tapa em meu ombro, surpreso acabo soltando uma risada - Não tem graça. Estúpido!

- Desculpe, mas quando eu contaria? Você não queria me ver e sua segurança é minha responsabilidade. Carol tem Christopher e embora não goste dele sei que ele cuida bem dela e das meninas. Minha mãe anda com segurança desde que me conheço por gente, no começo ela não o aceitava e não entendia o motivo, hoje ela nem questiona mais.

Natalye relaxa e se aproxima de mim lentamente ficando no meio de minhas pernas, ela coloca as mãos em meus ombros e um pouco exitante coloco minhas mãos em sua cintura, ela não recua e isso alimenta ainda mais minha esperança.

- Você disse que para estar com você eu teria que aceitar deixar todos que amo para trás, o que quis dizer com isso?

Olho em seus olhos e suspiro. É agora ou nunca, talvez essa seja a última vez que a tenho em minhas mãos e embora o medo me consuma eu ainda preciso tentar porque tem uma parte de mim que acredita que ela vá largar tudo e fugir comigo.


- Eu tenho um plano para sair da máfia. Resumindo, eu terei que forjar minha morte para desaparecer... - olho para baixo sem querer ver seu olhar - Então não verei mais ninguém, por isso você deixaria todos para trás, eu quero que vá comigo.

Suas mãos saem de meus ombros, mas como minhas mãos estão em sua cintura, ela não se afasta. Olho em seus olhos e vejo confusão, então é isso, ela não vai, eu estou pedindo muito dela, ela não tem motivos para largar tudo e fugir comigo afinal de contas a única coisa que fiz por ela nos últimos anos foi magoa-la.

Tão Proibido - Série Amor Fatal. Livro 2 Onde histórias criam vida. Descubra agora