Capitulo 4 Sozinha de novo

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  Quebrada, eu estou quebrada. Largada chorando horrores por alguém que nem sequer liga pra mim. Imaginem a cena, uma mulher largada no sofá de pijama com o pote de sorvete de chocolate na mão assistindo Titanic, imaginou? O problema é que pouco me importa o filme.

Maldita TPM.

Meu peito pesado, minha alma está escura assim como meu humor e o pior é que eu nem sei mais por qual motivo estou chorando então jogo a culpa em Abraão. Por que chorar por ele sendo que ele deve estar com alguma rapariga, comendo ela e eu aqui?

— Chega de choro — digo para mim mesma e largo o pote de sorvete. —
Vamos lá garota, dá que tudo resolve.

  Eu posso dizer que sou sortuda pelo menos em uma coisa no mundo, não sinto cólica na TPM, nem dor de cabeça, então resolvo aproveitar essa dadiva que tenho para algo util. Tiro o filme, guardo o sorvete e fico pensando para quem ligar, não quero ligar para Carol e muito menos Jorge eu quero é dar a amiguinha para ser amada, então ligo pra um ex peguete que faz umas fotos comigo. Não tirei o pijama nem coloquei algo sexy na verdade nem vou deixar ele falar nada, só quero afogar minha mágoa com uma boa trepada.

Pouco mais de meia hora a campainha soou, abri o portão e deixei Michel entrar em casa.

Naa-Natilye — ele diz com dificuldade meu nome... Espera ele tem cheiro de bebida forte, ele está bêbado?

— Michel? Ta bêbado?

— Tá goxtosinhaa, como eu lembrava — ele me agarra e tenta me beijar a força. Eu ainda não estou tão louca assim para transar com um bêbado, se é que ele aguentaria.

— Michel vai embora agora! — digo firme afastando-o de mim.

Nã-nã — ele volta a me abraçar.

— Me solta!

— Não, quero transar com você.

— Acontece que não transo com bêbados.

— Se não é por bem...

   Saio de seus braços e corro para a cozinha, ele vem logo atrás então subo as escadas, minha casa é bem esquematizada, quando se entra vai direto a sala de estar, na sala existe uma escada para o segundo andar mais na cozinha também tem uma escada para o sengundo andar, fiz isso porque a escada da sala continua até  o terraço e a da cozinha leva somente ao segundo andar onde se encontra os quartos e banheiro.

    Subo para o segundo andar correndo, passo em meu quarto, pego um casaco e desço pela outra escada para desencontrar com Michel. Saio de casa andando rápido, não sei onde ir, talvez eu de a volta para despista-lo volto pra casa e tranco o portão. Sem me dar conta, Michel me alcança e tenta me agarrar, de novo.

— Me deixe Michel, quando você estiver sóbrio... — não termino a frase pois um tapa me acertou o rosto.

  Não sei de onde Abraão surgiu, como um raio acertando Michel com um murro ou dois e o derrubando no chão, eu poderia dizer "meu herói" mais estou tão aterrorizada por vê-lo como um animal esmurrando Michel que apenas grito para que ele pare, nesse momento sinto medo, raiva e pena. Depois de algum tempo ele parece perceber minha presença então se levanta e vem até mim e me abraça.

— Vamos sair daqui — ele diz, seus olhos em brasa.

— Ele está bêbado, vai deixa-lo ai? Assim?

— Pouco me importa.

Abraão pega em minha mão para me tirar de lá mais meus olhos estão parados em Michel, caido no chão todo arrebentado como se estivesse morto.

Tão Proibido - Série Amor Fatal. Livro 2 Onde histórias criam vida. Descubra agora