Espero que gostem deste capítulo... Beijos!!! Só lembrando, no próximo terão dedicaçoes... Bon apeti-it!!!!
***É incrível como podemos esperar o improvável das pessoas... eu acreditei que por um momento, por um simples momento, eu pudesse ser desejada e amada de verdade. Talvez a minha ''crise amorosa" - após ter sido rejeitada - ainda não havia se esvaído por completo, e isso fosse a causa de eu ter acreditado que ele pudesse estar falando de mim com sinceridade, até porque, quem em sã consciência é capaz de conversar com a Lua pelas tantas da noite? E se eu bem me lembro, era de mim que ele falava... foi comigo que ele trombou na academia, foi a mim que ele insultou, e fui eu quem ficou em prantos minutos depois, com a sensação de estar sendo seguida e observada. Não era possível que isso tivesse acontecido coincidentemente com outra pessoa. Mas aí, eu me pergunto: será que o que ele fez hoje foi pura encenação? Será que ele já havia me descoberto ali, recostada na árvore, e tenha propositalmente, se colocado lá para conseguir o que queria, a fim de me humilhar com o que disse logo depois? "Maldição!!! O que ele quer de mim? Será posível que eu o tenha prejudicado em algum momento - que eu não me lembro- a ponto dele querer se vingar? Pomba, eu nem o conhecia meses atrás........"
Não dá pra entender as atitudes de um playboyzinho de merda que acha que tem o rei na barriga e que sente a necessidade de diminuir os outros para se sentir no máximo grau de superioridade... É patético! Só tenho certeza de duas coisas: a primeira, é que eu havia amado a maneira como fui tocada por ele, e que isso quebraria meu coração, se eu o quisesse todas as outras noites - coisa que já estava acontecendo - e não o tivesse, mas por outro lado, minha segunda certeza me pedia para que eu me afastasse. "Cacete!"
Gemendo em minha cama, eu sabia que voltaria a me fechar em copas e não iria à aula nos proximos dias, mas eu já estava pagando aquela disciplina e não podia ser reprovada novamente, o que era trágico porque eu só queria fazer como os perus fazem: enterrar minha cabeça na terra - no meu caso, de tanta vergonha - e esquecer a raça humana por toda a eternidade...
Mas eu não podia, não podia mais fugir de mim mesma, então decidi que ficaria trancafiada por um dia em casa e..... - era assim que eu funcionava quando estava mal - e depois reergueria das cinzas, como uma fênix... já estava decidido, então tentei, quase inutilmente, dormir no restante das horas que me restavam da noite....
***
Meu dia começou preguiçoso... as gotas de chuva batiam com força na vidraça... revirei na cama várias vezes, incerta se permanecia mais tempo por lá, mas decidi - sem vontade - tomar um banho quente. Caminhar até o banheiro foi "traumático", mas de uma forma boa, senti todos os meus músculos apertarem em minhas entranhas, reclamando a sensação dolorosa, resultante da noite anterior... minhas pernas ardiam, mas não de dor... as lembranças ecoaram em minha mente e trouxeram à tona um desejo quase incontrolável, relutante. " Maldição!!!"
O tocar da água em minha pele não melhorou em nada o meu humor... Pelo contrário, me trouxe a lembrança de ontem, recordações de algo tão impensado que nem nos meus melhores sonhos já haviam aparecido. Puxa vida, daqui pra frente eu saberia que meus banhos nunca mais seriam os mesmos.A manhã havia passado como fumaça. A chuva ainda caía, mas agora, com bem menos força. Eu adorava aquele clima de chuva, ouvir o barulhinho dela, sentir o friozinho que ela causava, e além do mais era uma desculpa para a minha falta à aula. Eu sabia que minha ausência não passaria despercebida - não refiro-me aos demais alunos, mas à quatro curiosas farejadoras. parece que elas adivinham quando alguma coisa acontece comigo e, sinceramente, aquele fato não era algo que eu queria compartilhar... do outro lado do quarto, senti meu celular vibrando e fui até a comoda atender.
- Dona Lorena, por que diabos você faltou à aula? - bufei de raiva da Sabrina, ela me fazia parecer ter quatro anos, às vezes.
- Ah, Deus. Eu perdi a hora!!! você sabe como eu amo ficar na cama quando está chovendo, não sabe?
- Hum, tem certeza que foi só isso? - eu conhecia aquele jeito inquisidor da minha amiga, e pelo visto ela sabia de algo mais...
- Por que teria algo mais a dizer?
- Porque um certo rapaz alto - e muito gostoso, diga-se de passagem - perguntou por ti, pra mim hoje.
-Q-Q-Quêêêêê??? - tive um acesso de tosse. Será que ele sentiu minha falta na aula hoje e foi atr...
- garota, tô falando contigo!
- Ahh, mais tarde, Brina. estou de saída agora. - Ela não podia nem suspeitar do que tinha acontecido, esse ainda não era o momento pra eu ter outra pessoa em minha vida, nem mesmo pessoas querendo mexer os pauzinhos pra "resolver" a minha vida. Isso seria péssimo pra mim... Desliguei o telefone e saí em busca de ar fresco. Qualquer lugar pra mim estava de bom tamanho, se fosse pra me ver livre das indagações das minhas amigas. Peguei o carro e arrastei para a praia... A areia e a brisa do mar iriam me fazer muito bem, além de me dar tempo pra pensar, e distrair a cabeça...
O dia correu depressa demais, e eu aproveitei pra passear pelos lugares mais lindos do Rio, e pra falar a verdade, foi a melhor coisa que eu já tinha feito na vida... Pela primeira vez, eu tinha cuidado de mim mesma, pela primeira vez, eu me diverti de verdade...
Cheguei em casa depois das onze... Esse horário era improvável receber a ilustre visita das meninas... Meu celular havia ficado em casa, e ao chegar, percebi inúmeras ligações perdidas.... "Aff!!!"
Precisava pensar em alguma desculpa... E foi aí que eu descobri que ia ter uma noite longa... Então fui até a academia, situada numa área livre da casa, perto de uma piscina, e comecei a me exercitar... Horas depois, já ofegante dos exercícios, resolvi nadar um pouco. E no primeiro mergulho, senti mãos e braços me alcançarem e um musculoso corpo me prender e me Tirar do fundo. Olhei aqueles olhos... E senti tudo embaçar em minha mente...
- Nathan???
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Quando se perde uma Paixão
RomanceSinopse: Lorena Vallenzo é uma linda jovem que aos 21 anos de idade se vê abandonada por seu marido Lucas Petcovich e depois de sofrer tanto por ele, promete a si mesma que irá virar a página, e portanto, decide que quer mudar. Suas amigas Sabrina...