Você é um vício

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Prontas para a leitura de mais um capítulo???

***
Eu estava à espreita da casa dela!!! Depois de uma noite péssima, meu dia não poderia ter sido pior. Não consegui dormir bem e a aula não chamou minha atenção, eu esperava que ela entrasse por aquela porta e viesse se sentar junto a mim... Mas no seu lugar, só entravam alunos insignificantes: as mesmas patricinhas de sempre, os mesmos caras - que aliás eram meus amigos - e a mesma chatice... fantasiei uma "reconciliação" entre a gente e... "Droga!!!"

Meu pau não sossegava dentro da calça e meu sistema nervoso central estava afetado. Não conseguia parar de tremer, de ansiedade ou de tesão, sei lá... Desde a noite anterior as imagens do nosso sexo não saíam da minha cabeça e isso deixava meu corpo todo em "alerta"... como um cara como eu não vai pirar com um pau duro e insatisfeito do caralho?

O sexo que fizemos foi fantástico, mas não foi o suficiente pra mim, eu queria mais daquela mulher, eu precisava de mais... talvez eu só precisasse de uma foda qualquer. Mas ela tinha um tempero diferente das outras, aquela cara de espanto que ela fez, aparentemente condenando que não estava acostumada com aquela forma de ser tocada... me encantou! E o seu jeito surpreso ao experimentar o novo me trouxe uma estranha satisfação. Eu queria lhe ensinar tudo o que sabia, queria experimentar tudo com ela. A maioria das mulheres sabiam coisas, faziam coisas, mas ela se assustava com o simples fato de transarmos na água, ao ar livre, e isso era excitante demais, até a forma como me rejeitou a princípio me deu gás para querê-la ainda mais.

No intervalo, fui sentar-me junto à minha galera. Meus amigos notaram a minha impaciência e começaram a querer saber do que se tratava. Mas isso era assunto meu, então não dei muita bola pra eles. As garotas chegavam e nos rodeavam, queriam a nossa atenção - sempre foi assim, éramos os marmanjos mais cobiçados do campus - mas não teriam a minha naquele dia, eu precisava encontrar uma das amigas dela. Com certa delicadeza, pedi licença a todos e me retirei, para logo depois encontrar com uma das amigas da Lorena. Fingi indiferença, mas ao mesmo tempo, fui direto ao assunto:

- Oi, você é amiga da Lorena Vallenzo, não é? Você saberia me dizer se ela está bem???

- E por que a minha amiga não estaria bem, gato? Aliás, qual a sua graça??? - ela jogou aquele olhar que aparentemente me faria prendê-la na parede e fazer coisas insanas, mas eu estranhamente não tive vontade alguma.

- Ah, me desculpa. Eu sou Nathan, Nathan Gutenberg. Eu só... queria saber se estava tudo bem com ela porque... humm... ela faltou à aula e... o professor pediu que eu a avisasse de que ela precisa fazer um trabalho... mas se você não sabe sobre ela, tudo bem, eu mesmo vou procurá-la... Obrigado! - Saí apressado tentando encontrar a calma, aquela desculpa esfarrapada não parecia muito convincente.

- Ei, espera aí, o que você é pra minha amiga?

- Vizinho, sou o vizinho dela! - gritei e tomei distância. Eu estava com o coração na mão, nervosismo dominando o meu corpo e sinceramente, eu me dei conta de que estava parecendo um adolescente na puberdade, daqueles que ainda não aprenderam a flertar... "Que papel mais ridículo que estou fazendo" ... Ri fervorosamente da minha falta de jeito sem sentido, eu não me reconhecia naquele garoto que há poucos minutos apresentou uma nítida dificuldade em pronunciar as palavras, até uma certa timidez, eu diria, pra ser mais exato. Fui andando pelos corredores e logo encontrei Aretta... tomando-a pelos braços, eu a encaminhei até a saída...

- Amor, o que você tá fazendo???

- Tô te levando pra casa, preciso fazer uma coisa - eu precisava descarregar minha energia, mais do que isso, eu precisava entender o que estava acontecendo comigo...

***

Horas depois, pude finalmente perceber que eu poderia ter TODAS as mulheres do mundo ao meu alcance, mas NENHUMA seria como ela... saí em silêncio para não acordar Aretta, e fiquei com os meus pensamentos... "Estou perdendo o controle!!!"

E então me lembrei daquele tecido fino e delicado, que caíra tão bem naquele corpo perfeito... Com muito cuidado, fui até meu closet e retirei a camisola de um lugar escondido estrategicamente para ninguém encontrar. A camisola de seda bordô jazia junto à calcinha de renda, da mesma cor... O simples fato de olhar aquelas peças de roupa acenderam um fogo interno que até então eu havia apagado com minha namorada... Mas não era a mesma coisa, agora parecia que eu poderia explodir a qualquer momento... Peguei a camisola e a levei até meu rosto, inalando o cheiro que ela tinha, lembrando-me de como ela caía bem naquele corpo sinuoso, e como era lindo o contraste daquele tecido bordô na sua pela branca... Precisava correr, pois era assim que conseguia me acalmar, mas me lembrei que foi assim, foi por causa da corrida que tudo havia acontecido, então fui pra cama e me enterrei novamente em Aretta, tentando apagar as malditas lembranças, mas naquele momento, enquanto eu transava com ela, era Lorena que eu via debaixo de mim, me implorando por mais e mais e... mais... e..." Caralho!!!"

***

Eram dez da noite quando Aretta foi embora. O dia havia sido longo para nós dois e eu tinha feito de tudo com ela, na esperança de que me recuperasse... Ela é claro amou o dia, talvez pelo fato de eu nunca tê-la reclamado tanto em meus braços, mas eu ainda tinha a sensação de que me faltava o principal. Então não pensei mais, e num impulso fui atrás dela... Chequei a rua e ela estava deserta, pulei o muro com cuidado, entrei na área de lazer da casa dela e... Ao ouvir seus passos naquela direção, me joguei na piscina e afundei... Prendi o máximo a respiração, para logo depois sentir aquele corpo dentro d'água. Automaticamente a puxei para cima e pressionei seu corpo no meu, não dando a ela chance alguma de escapar. Ela me olhou assustada e antes que pudesse dizer qualquer coisa, envolvi-na com um beijo longo e desesperado, beijo esse que já tinha esperado muito... Era tão deliciosa aquela boca e eu sei que apesar do susto ela também gostava do que estávamos fazendo, pois correspondia com o mesmo fervor ao nosso beijo, como se dividíssemos o mesmo desespero, o mesmo desejo de saciação. Suas pernas enroscaram em meus quadris e suas mãos agarraram minha nuca, puxando meus cabelos e fazendo carícias. Eu adorava aquela pegada, aquele fogo que incendiava ela. Levando-a para a borda da piscina, apertei-a ainda mais contra meu corpo e com pressa fui arrancando suas roupas, expondo aqueles mamilos, aos quais eu apressadamente levei a boca e pude ter o mais doce dos sabores... não perdi mais tempo e enterrei-me nela, como se meu lugar sempre estivesse sido ali...


Quando se perde uma PaixãoOnde histórias criam vida. Descubra agora