Aquela noite estava perdida pra mim. Não consegui comer, nem malhar, nem dormir, muito menos pensar em outra coisa que não fosse aquele encontro ocorrido casualmente, mais cedo. A falta de sono me perturbava e eu precisava me distrair. "Preciso caminhar!" Andei em direção ao lago e me sentei na grama ao redor, observando o reflexo da lua, que parecia tão sozinha quanto eu... estava perdida em pensamentos, imaginando o porquê de estar tão desconcertada. Justamente agora que minha vida parecia entrar nos eixos, minha cabeça tornara-se um misto de emoções, boas e ruins, e o pior é que em minha barriga, parecia haver um ninho de mariposas. "Droga!"
O que me deixava feliz era sentir os pequenos raios da lua refletindo em minha pele! Procurei o tronco de uma árvore para apoiar as minhas costas e ali resolvi ficar, somente eu, a lua e o silêncio... "Gosto do silêncio. Ele é um bom amigo..." mas logo o mesmo foi substituído por barulhos que o fizeram sumir quase que instantaneamente, e agora, o que se ouvia eram pegadas rápidas, como as de uma corrida. Sangue me gelou e atraquei-me na árvore o máximo que pude, com medo, e procurei o lugar mais escuro e escondido para me enfiar... "Que não seja um assassino de divorciadas. Que não seja um assassino de divorciadas!". Ouvi os passos diminuirem, cessando logo em seguida e o corpo tombou, se sentando rente ao lago. Olhei de canto de olho e quase caí para trás: era ele, o mais lindo e o mais arrogante homem que já havia conhecido em toda a minha vida, sentado perto do lago e parecia exatamente como eu: perdido.
- Pensa, Nathan, pensa!!!! Você é o rei da mulherada, não há porque perder o título agora cara. - ele suspirava e falava consigo mesmo.
- Droga! O que há de errado comigo, porra?? - catou uma pedrinha e arremessou com força na água. - Ela está me deixando maluco, lua, aqueles olhos azuis me deixam louquinho da Silva. Nunca pensei que aquela mulher pudesse ser tão... tão... linda e... - de onde eu estava dava para ouvir todo o seu lamento e sinceramente não dava pra acreditar naquelas palavras: ele estava falando de mim? Mas como, como isso era possível? Ele... me odeia! O-ou será que... não, é claro que ele me odeia e... e eu, eu também o odeio, não odeio? Será mesmo que o odeio? "Ai cacete! O que tá rolando comigo? To louca pra voar naquele pescoço e me perder por completa em seus beijos..." Arghh, devo estar maluca, só pode. Mas é claro! Ele deve ter me contagiado, porque só um maluco é capaz de conversar com a Lua, certo? ri baixinho com o pensamento, a fim de não ser descoberta. - e ainda assim ser trocada por outra, marido burro que ela tinha. Se fosse eu... eu juro que... arghh!!!- ele suspirou, aparentemente arrependido do que havia dito - O quê que eu estou falando? Meu Deus, eu estou ficando louco.
Ele falava e atirava uma pedrinha no lago.
- Ela me provoca, me excita... e hoje... hoje eu percebi o quanto ela é linda! E como ela é gostosa, meu Deus!!!! Mas eu é claro, tinha que estragar tudo né? Burro, burro, burro... como fui idiota por tê-la ofendido daquela maneira... mas é que... aquele treinadorzinho de merda da academia vive que nem um urubu pra cima dela, e sei lá, eles tem uma ligação tão forte, achei que ela realmente estivesse dormindo com aquele otário. Contudo, eu sei... sei que estava equivocado, ela me deu a prova hoje pela sua reação. Meu Deus!!!! Será que ela não percebe que ele quer a sua calcinha? Não pude deixar de segui-la hoje depois do incidente na academia. Eu vi quando ela se encostou na parede do vestiário feminino, aos prantos, parecia uma menina inocente e perdida, e só então eu percebi que ela realmente era. Como estava enganado...De trás da árvore, não acreditava nas coisas que ouvia. Aquilo era mesmo real, ou era só minha mente projetando mais um equívoco, apenas para me iludir???? Ele estava realmente ali, conversando com a lua.
- 'Que louco!!!!' - sorri.
- Quem está aí? - gritou ele, levantando-se, num susto. Levei outro também, não havia percebido mas... tinha pensado em voz alta.
- E-eu, sou eu... a Lorena oras... - dei uma risada sem graça. "Droga. Fui descoberta!!" - é que...hmm..
- Há quanto tempo você está aí??
- E-eu??? Ah, pruff, eu...
- Há quanto tempo???? Não mente pra mim, porra! Você estava ouvindo atrás da árvore, era isso?
- Você está me assustando Nathan!!!!! O que deu em você pra falar assim comigo?- sua feição mudou drasticamente e ele pareceu arrepender-se.
- Me Desculpa, é que...
- Eu acabei de chegar aqui, desculpa se te assustei tá? - menti - estava sem sono então resolvi caminhar. -ainda falava de meu esconderijo. Estava com receio de sair de lá, e por precaução, me agarrei ainda mais ao tronco daquela bendita árvore.
- Ora ora ora, então quer dizer que a Srta. tem o hábito de fazer caminhadas noturnas... mas que interessante! - Sua indireta me fez perder a cabeça. Saí da penumbra em questão de segundos, segurando a barra da camisola longa que havia vestido mais cedo, por conta do frio. Ela era uma das minhas obras-primas, e eu havia caprichado tanto nela que me apeguei àquele pedaço de seda bordô, que agora caía como luva no meu corpo. Tinha um decote "V" nas costas e na frente, um acabamento em renda preta. Amava tanto aquela camisola que seria capaz de ir assistir à programação do Oscar com ela.
- Isto não é da sua conta, seu imbecil! A casa é minha então faço o que quiser nela - "Ufa! Eu sabia que o odiava!"-, aliás, o que está fazendo aqui, dentro da minha propriedade? - A minha fala parecia inerte para ele, e seu rosto estava nitidamente pálido, surpreso e estranho. Era como se ele não estivesse escutando nada do que eu falava, como se estivesse envolto em uma outra esfera, em outros pensamentos... Ele me olhava de boca aberta, paralisado, acho que analisando minha reação histérica. Berrei novamente, repetindo a última frase. Ele se assustou e pareceu voltar ao planeta terra:
- É que... é que.... humm.. eu saí pra tomar um ar, foi isso. então... deu vontade de me refrescar um pouco.. então vim pra cá, pra perto do lago... -deu um sorriso amarelo, parecendo estar envergonhado.
- Fora da minha casa. AGORA!!
- Escuta aqui garota, se você quer mesmo saber eu vim aqui pra pedir desculpas, mas quer saber? Mudei de idéia. Você merece mesmo todos aqueles adjetivos e eu ainda acrescentaria muito mais...
- Ahh seu...
Voei em seu peito e comecei a lhe bater com as mãos em punho... ele no entanto, me prendeu num só golpe.
Estávamos ardendo de ódio. Uma febre de ira que não passaria tão cedo.. Seus olhos penetravam os meus, agora escuros devido alguma força que eu desconhecia.
Sua cabeça tombou para frente e num piscar de olhos, sua boca consumia a minha. Nosso beijo ficava cada vez mais frenético e as sensações ordinárias e paradoxais só me deixavam querer mais e mais aquele homem.
- Que boca gostosa a sua Lorena.- minha pele se arrepiou toda e algo a mais queimava no fundo de minha barriga, me deixando molhada demais para o meu gosto.
- Para um cara insuportável como você, até que a sua não é nada mal, Nathan. "Arghh! Juízo, volte já aqui e me tire dessa encrenca!"
Nossos corpos prenderam-se fortemente, como se quisessem se fundir em um só, caminhamos abraçados até a árvore, sua boca nunca deixando a minha, então ele me prendeu ao tronco, puxando minha coxa para seu quadril e me apertando com o próprio corpo.
- ahhh... - meu gemido saiu tímido... e sem o meu consentimento.
- O que houve? Te machuquei??? - seu comportamento me deixou bastante corada. Ele parecia tão preocupado e carinhoso comigo. De repente me dei conta de que o que estávamos fazendo era muito errado. E se eu realmente me machucasse? Não fisicamente é claro, mas e se ele quebrasse o meu coração como fez o Lucas? Eu não podia deixar isso acontecer de novo.
- Não foi nada. Boa noite, Nathan! - Me afastei o quanto pude dele, lutando contra minha própria vontade de ficar, mas ele não largou o meu braço.
- Não! Não vá! Fica.
- Ficar? Mas isso não está certo. A gente se odeia...
- Mas agora, a gente se quer, não quer? Eu sei que você quer tanto quanto eu. Vem cá! - ele me puxou pela cintura e me apertou contra o seu corpo,
dando a sensação mais deliciosa do mundo. Jamais sentira antes e...- "...nem precisa pedir duas vezes gatinho..." - não pude resistir, aquilo era bom demais pra ser verdade, e ao mesmo tempo, me dava muito medo. Mas mesmo assim, decidi optar por ficar e curtir o momento, afinal eu era uma mulher livre e desempedida, certo? E além do mais ele era um babaca. "Impossível me apaixonar por ele!" Então dei o salto mais louco da minha vida: pulei em seus quadris e levei minha mão até sua nuca, acariciando seus lindos cabelos castanhos, tão sedosos... "Preciso ter tudo deste homem. Tudo e mais um pouco!!!"
Alcancei a sua boca, distribuindo mordidas no lábio inferior e nas regiões próximas, como orelhas, queixo, pescoço e ombros.
- Nossa Lorena! Você tem uma pegada! - estava novamente presa entre a árvore e Nathan até que ele ligeiramente me carregou no colo e me levou para a grama, sem deixar os meus lábios e como um felino hábil, retirou a alça da minha camisola gentilmente, sem pressa, deixando meus seios à mostra.. Seus olhos ficaram negros e a respiração, pesada.
- Puta que pariu, Lorena!!! - ele olhava pra mim, que agora estava parcialmente despida, e assim como ele, muito ofegante. Sua boca alcançou meu pescoço e foi descendendo lentamente até meus seios. Quando alcançou o alvo, com destreza um deles, fazendo uma perícia impecável, enquanto uma das mãos trabalhava lentamente no outro... Isto provocou um gemido involuntário da minha parte...
- Ahhh!!!! Delícia!!
- Você gosta disso, não é? - ele deu um lindo sorriso e depois continuou, sugando, lambendo e mordendo meu mamilo. - Eu sei que você gosta!
Sua boca se moveu para o outro seio e suas mãos desceram mais e mais, alcançando minhas coxas e levantando a barra da camisola. Gemeu de repente, passando a língua na boca de forma tão sensual que fez meu estômago dar cambalhotas de desejo, explorou meu corpo com as mãos, retirando minha calcinha devagar. Enquanto ele me sugava e me atiçava com os dedos, minhas mãos percorriam suas costas, por dentro da camiseta, arranhando e provocando, sentindo aqueles músculos durinhos e perfeitos. Nossas bocas voltaram a se encontrar e minhas pernas prenderam as dele, sentindo seu pau glorioso enrijecer entre elas..
Rapidamente movimentei sua calça e cueca boxer para baixo, querendo o mais breve possível ser invadida por aquele homem. Ele se sentou para retirar o resto da roupa, pegou um preservativo e enrolou em seu pênis. Retirei também a camisola e ficamos totalmente nus à luz da lua. Nossas bocas novamente se encontraram como imã - como se desde sempre os seus lugares fossem ali, grudadas uma na outra- e seu corpo pesou sobre o meu, abrindo minhas pernas para se moldar melhor ao meu corpo. A ânsia destacava-se em nossos olhos, e em poucos segundos, fui me sentindo invadida por ele, que apertou contra o meu corpo, sem pressa para sair... Arfei ao senti-lo dentro, e soltamos um gemido uníssono, seu pau entrando e saindo lentamente, ele era deliciosamente grande e duro, e Nathan já estava molhado de suor, envolvendo-me numa atmosfera muito sensual.- Nossa, Lorena, você é muito gostosa!!!! E como você está molhadinha!!
- Ahh..Nathan - suas palavras eram como estimulantes para o meu prazer aumentar significativamente... me fazendo dar gemidos involuntários...- Oh Deus, Lorena!!!! - ele saiu de mim, pegou seu pau e começou a roçar minha entrada, me deixando ofegante demais e desejosa para que ele voltasse para dentro de mim.
- Nathan, por favor... - consegui falar quase que num sussurro.
- Por favor o quê Lorena??? - adorava o fato dele chamar pelo meu nome. Isso só estimulava mais o meu desejo.
- Por favor... Quero você dentro de mim. Agora!!! - Ele sorriu lindamente de forma safada e foi entrando em mim, alargando-me, o que causou uma deliciosa sensação de preenchimento.
- É assim que se diz! Ahhhhh, Quero ter tudo de você!!! - virei o seu corpo pra baixo, a fim de tomar o comando, e comecei então a movimentar-me,
de início bem lentamente, e aos poucos, aumentando o ritmo e a frequência. A sensação de estar por cima dele era ainda melhor, e agora o sentia mais fundo. "Puta merda!"De repente, me senti suspensa no ar, soltando um gritinho de susto... Ele se levantou sem sair de dentro de mim e começou a sacudir meu corpo contra o dele. "Que gostoso!"- pensei. E comecei a rebolar feito uma dançarina de funk desesperada, sentindo mais intensamente nossos sexos se chocarem e se encaixarem com tamanha exatidão que eu podia jurar que aquilo não passava de um sonho...
Aos poucos, fui sentindo uma quantidade refrescante de água me atingindo. Sem me dar conta, ele havia me levado pro lago. Arfei de tanto tesão com a nossa loucura, afinal de contas nunca havia experimentado nada parecido com aquilo, em outro lugar que não fosse uma cama. Aliás, o fato de transar ao ar livre dava a sensação de que estávamos correndo o risco de sermos pegos ou de sermos vistos por alguém, o que só aumentava o nosso desejo, era como estar dentro das minhas fantasias, que até antes de conhecer o meu vizinho, eu nem sabia que podia ter tanta imaginação assim. "Putz..."
Pra piorar tudo, ou melhor dizendo, pra 'melhorar' tudo, fazia um bom tempo que eu não... sabe? Que eu não sabia o que era uma transa, e aquela com toda a certeza do mundo, já havia entrado para o livro dos recordes.
Estávamos frente a frente, mas ele virou-me e ficou atrás de mim, precisando sair "de onde estava", a água atrapalhou quando ele voltou a me invadir, mas com um pouco de esforço nosso - e com muita vontade também - não demorou muito para ele logo estar dentro de mim. Agarrei-me a uma pedra e me deixei ser conduzida por seus movimentos. Nunca havia experimentado tantas posições diferentes, nem nunca pensei que a água pudesse ser um poderoso afrodisíaco, capaz de mexer com a minha imaginação, levar-me ao píncaro fumegante da paixão e estimular-me consideravelmente, prazerosamente. Ele agarrou-se aos meus seios e aumentou a velocidade dos movimentos, fazendo a água bater e causar um barulhinho insistente. Depois passou sua língua em minhas costas, mordendo e distribuindo vários beijos no local. E novamente me colocou de frente para si, passando seus polegares ao redor dos meus mamilos.
- Puta. Que. Pariu! Você tem seios lindos, sabia, Lorena? - quando dei por mim, ele já estava com a boca colada em um deles. Fechei os olhos e me deixei ser levada pela névoa de prazer... segurei seu quadril e atraquei minhas pernas, fazendo-o novamente me invadir. "Preciso chegar lá, urgentemente!"
- Nossa, Lorena, você é gulosa, hein? - um sorriso malicioso preencheu seu olhar, que na minha "humilde opinião" era mais satisfação que ironia.
- Você ainda não viu nada, Nathan. - retribuí o sorriso. - por um breve momento, tive a leve impressão de que parecíamos realmente um "casal apaixonado", em perfeita harmonia -o que era estranho - apenas nos amando. "Aposto que se alguém nos visse naquelas circunstâncias, pensaria da mesma forma." Difícil de acreditar, já que nossas diferenças eram visíveis a quilômetros, já que nos odiávamos tanto. Mas naquele momento, não. Nossos movimentos passaram a acelerar e ficaram constantes até que, em poucos minutos, "Finalmente!", havíamos chegado ao clímax. Foi tudo tão... INCRÍVEL!!!! Meu coração batia forte e eu me sentia radiante e satisfeita. "Agora sim vou conseguir dormir!"
Ele me pôs em seu colo e me deitou no gramado, se juntando a mim em seguida. E ali ficamos, nos encarando...
- Lorena?
- Hmm...? - falei, preguiçosamente.
- Você é uma cadela deliciosa sabia? - ele falou e sorriu, mas parou no mesmo instante em que sentiu minha mão arder em seu rosto...
-IDIOOTA!!!! - levantei-me o mais depressa que pude, tentando controlar minhas lágrimas - sem sucesso - de caírem e saí correndo até entrar em minha casa, sem nem hesitar olhar para trás...
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Quando se perde uma Paixão
RomanceSinopse: Lorena Vallenzo é uma linda jovem que aos 21 anos de idade se vê abandonada por seu marido Lucas Petcovich e depois de sofrer tanto por ele, promete a si mesma que irá virar a página, e portanto, decide que quer mudar. Suas amigas Sabrina...