incontrolavelmente...

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Aquilo tudo estava mesmo acontecendo???
Estar novamente com ele parecia um sonho, daqueles que ficam em nossa mente o dia todo, por parecerem reais demais. E pra mim não era um sonho sem importância, muito pelo contrário, era mais do que eu havia desejado durante todo o dia. Malhar era bom, ir à praia e aos lugares mais lindos do Rio era bom, bom demais até, mas tê-lo enterrado em mim era mais que tudo... Mais até que chocolate...

Estávamos completamente à mostra, no chão próximo à borda da piscina, isso ainda me assustava, me intimidava um pouco, e ao mesmo tempo... era excitante demais...  

Sentir seu corpo tão quente me tocando, dividindo o mesmo anseio que eu naquele momento era maravilhoso. 
Eu poderia até tentar me soltar de seus braços e correr, visto que aquilo poderia ser mais uma de suas armadilhas, mas eu só queria me emaranhar em sua teia, e me deixar ser consumida por ele. A sensação de estar em seus braços era... incrível! Até uma pouco estranha mas... éramos um só! O mesmo ritmo, a mesma respiração, o mesmo desejo pelo consumo da carne, pelos beijos que não cessavam, a não ser pelos pequenos intervalos entre uma mordida e outra no pescoço. Eu precisava ter certeza de que não estava me metendo em encrenca de novo.
Criei coragem e abri os olhos, enquanto perdida o fôlego com aquele beijo que só ele sabia dar, e logo vi a sua entrega, os olhos fechados, tão lindos... Aqueles mesmos olhos que me fizeram odiá-lo no início, agora davam a impressão de que precisavam muito daquilo. Não pude evitar  e comecei a gargalhar... Era engraçado vê-lo de olhos fechados me beijando... Ele parecia tão concentrado... tão necessitado... então abriu aqueles olhos e olhando dentro  dos meus,  mesmo sem entender nada, começou a gargalhar  também... Me puxou para mais perto, me beijou de leve e me levou para dentro da piscina...

***

- Me desculpa! - Ele me olhou sério, enquanto me dizia aquelas duas palavras, que me fizeram tremer de medo. "Por que ele estava se desculpando??? Será que tinha a intenção de me fazer de trouxa novamente?!" 
- Ahhhhh, como disse?! -  Eu estava com medo de que aquele pedido de desculpas pudesse me trazer mais sofrimento.
- Eu disse "me desculpa!", é que... Bem... Eu acho que não fui muito gentil com você naquele dia... eu te chamei de... Err... "cadela gostosa"... - ele coçou a cabeça e deu um pequeno sorriso.
- Ahhhhh, tá falando daquilo??? Humm...
- E do que mais eu estaria falando??? Olha, quando eu disse aquilo, não sabia que iria te ofender tanto... Na verdade... - Ele fechou os olhos e respirou fundo - Aquilo era um elogio...
- Elogio??? Chama aquilo de elogio???
- Bom, nenhuma mulher havia achado ruim antes então... Caralho, eu não imaginava que com você seria diferente...
- Ahh, quer dizer então que você só veio aqui pra... Se desculpar??? E que... O que aconteceu há alguns minutos atrás não passou de um pedido de desculpas??? - Já ia me levantando quando ele me puxou de volta. Nem havia me dado conta de que estávamos em dois dos colchonetes usados para fazer abdominais. Mesmo assim eu fui, levantei-me e andei rumo à parte interna da casa.
- Ei, calma, espera um pouco aí, Srtª. - ele levou um segundo para se levantar - é claro que eu não vim aqui só pra isso né? Você é muito estressadinha.- aquela última frase havia saído mais em tom de brincadeira do que de verdade.

- É, talvez eu seja um pouquinho... - ri, sem jeito, por estar fazendo um papelão daqueles. "Tá querendo assustar o cara é, sua louca? Cadê a compostura, mulher?" Talvez eu esteja mesmo exagerando... - Olhei para ele, com as bochechas ardendo de vergonha. De repente, eu comecei a me sentir ridícula. Contudo, ele me olhava com certo fascínio, me deixando ainda mais vermelha. 

- A estressadinha tá com vergonha, é sério??? - ele caminhou tranquilamente até mim, sorrindo de maneira calma, levou uma das mãos até meu rosto, onde colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha, que caía de forma travessa em minha face, e sem pressa, correu a boca em toda a extensão daquele perímetro do meu corpo, com beijos cálidos e carinhosos e então encontrou a minha boca que esperava com certa tensão a visita gostosa da sua. "Xiiii, mulher, você tá fodidinha da silva!"  

- Vem, vamos dormir! - olhei incrédula pra ele.

- Você... vai dormir aqui?

- Mas é claro... a não ser que... - ele abaixou o olhar - que você não queira...

- Não é isso, Nathan... E-e-eu... err... vamos com calma, está bem? Eu ainda tô bem confusa com tudo isso e... também... é um pouco cedo demais pra isso não acha? - Olhei pra ele, meio pedindo desculpas em silêncio, meio me detestando pela minha própria privação da felicidade. Mas por outro lado, eu sabia que estava fazendo a coisa certa, eu mal havia ficado solteira, mal havia começado aquilo tudo, não podia me encarcerar de novo. Na verdade, eu estava com muito medo de ter outra decepção.

- Ainda não tô pronta pra outra, você me entende? - Sem graça, eu só podia sorrir envergonhada naquele momento.

- Tudo bem... mas me promete que não vai mais resistir à mim... - olhei, fascinada para os olhos suplicantes e incrivelmente gentis daquele homem, dei um beijo longo, quase "eterno" nele e sorri com sua cara surpresa, por tê-lo pego desprevenido:

- Eu prometo...


***


E aí, meus queridos leitores, o que acharam deste capítulo? Vocês acham que este relacionamento pode dar certo? E a namorada de Nathan? Como ficará nessa história? Comente, dê a sua opinião - mesmo se não estiverem gostando - e faça as suas críticas e sugestões. Espero vê-los em breve, com um capítulo ainda melhor... Bjão... ;)

Quando se perde uma PaixãoOnde histórias criam vida. Descubra agora