Duas Vidas, Um Destino - Beaunert

Cʜᴀᴘᴛᴇʀ 14

17/10/2021 – Domingo.
04h20min.

Josh Beauchamp Point of View

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Eu estava em um sono ótimo, para quem não dormia há anos achando que perdeu a esposa, eu estava dormindo pleno sabendo que ela estava no quarto ao lado, mesmo que não se lembrasse de mim. Mas meu sono foi cortado quando senti mãos em meu abdômen me sacudindo, para que eu acordasse.

— Joshua. — Abri meus olhos rapidamente vendo Sina sentada na cama ao meu lado.

— Sina? O que houv- — Fui cortado com seus lábios nos meus.

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— Josh. — Abri meus olhos outra vez, vendo Sina ao meu lado.

Espera, ela me beijando foi um sonho?

— Desculpa te acordar...

— Tudo bem. O que houve? — Passei a mão no rosto, pegando o celular para ver as horas.

— E-eu... Nós somos casados...? — Ela afirmou na dúvida. Soltei rapidamente o celular a encarando.

Sina olhava diretamente para meus olhos, nossos olhares se conectavam e eu via seu peito subir e descer, sua respiração desregulada e sua mão estava em meu braço. Sentei certo na cama e me estiquei ligando o abajur ao lado.

— Espera, como?

— Não?

— Sim. Quer dizer, como... Você lembrou? — Um sorriso foi enfeitando meus lábios devagar.

— Eu tive sonhos, não foram sonhos, foram flashbacks, porque foram os mesmos, mas agora todos eu conseguia te ver, conseguia ouvir sua voz, sentir seu toque... Falava seu nome.

— Quais foram os flashbacks?

— O primeiro foi uma briga nossa, estava eu e Krystian conversando, eu falei que te daria um gelo por uma semana, mas no outro dia a gente estava juntos de novo. E Noah e Krystian zoando a gente. — Ela riu baixo.

— Espera, você se lembra deles?

— Eu me lembrei no sonho.

— Tá, e os outros?

— O segundo foi nosso casamento... Eu o revivi inteiro... — Sorri. — Depois nossa Lua de Mel... — Suspirou. — Mas eu não me lembro de tudo, só do começo... Onde a gente fala que estava em Paris. O último foi o mesmo de hoje, mas dessa vez eu sabia que era você. — Sorri. Ela havia descrito vários momentos nossos.

— Então você se lembrou. — Falei, sentindo uma vontade súbita de chorar, mas não sabia exatamente o porquê.

— Sim, meu bem. — Ela tocou em meu rosto, suspirei segurando sua mão por cima. — É você... Você quem sempre aparecia em meus sonhos, me protegia de tudo, cuidava de mim... Era você. E não eram sonhos, eram memórias.

Levei minha mão para seu rosto, me aproximando e deixando um beijo demorado em sua testa. Ela suspirou puxando meu rosto e colando nossas testas. Iniciei um carinho em sua pela macia enquanto admirava seu rosto, novamente, de perto.

— Eu senti tanto sua falta, Sina. — Meus olhos marejaram. — Você não tem noção.

— Eu tô aqui. — Sussurrou limpando uma lágrima solitária minha. — Eu estou aqui, não vou á lugar algum. — Fechei os olhos, aproveitando seus carinhos.