Duas Vidas, Um Destino - Beaunert

Cʜᴀᴘᴛᴇʀ 10

14/10/2021 – Quinta-feira.
08h55min.

Josh Beauchamp Point of View

Estava tomando café com meus pais quando escuto meu celular tocar. Peguei o mesmo e vi o número de Tom – o homem que está por trás de tudo sobre mim na corrida – na tela.

— Preciso atender, desculpa. — Falei para meus pais, enquanto levantava e ia até os fundos.

_Ligação on_

– Alô?

– Josh, tem uma mulher atrás de você aqui na pista. Ela está desesperada.

– Mulher? Quem?

– O nome dela é Sina. – Engasguei com minha própria saliva tossindo um pouco.

– Sina? Chego aí em quinze minutos.

– Ela tá em desespero falando que precisa ir para casa logo, o que eu faço?

– Leva ela para minha sala e não deixa ninguém entrar, além de não falar pra ninguém que ela está aí.

– Certo.

– Já chego.

_Ligação off_

— Vou à pista, daqui a pouco eu volto e explico. — Falei rápido passando pelos meus pais.

Peguei a chave do meu carro e corri para dentro, dei partida e arranquei com ele. Em dezoito minutos eu cheguei. Desci e corri até minha sala onde tinha um segurança, ele me olhou me deixando entrar. Assim que entrei vi Sina andando de um lado para o outro.

— Sina? — Assim que a chamei ela parou e me olhou. — O que houve?

— Eu sonhei com você, mas o sonho foi muito realista para o meu gosto, então eu entendi que seja um sinal e vim atrás de respostas. Josh, o que diabos você é ou era meu? Seu nome é Josh Kyle Beauchamp Deinert!

— Eu não vou dizer, vou te ajudar a lembrar.

— Eu não posso ficar aqui, meu pai nem sabe que eu estou aqui.

— Aquele homem não é seu pai!

— E como você me prova isso? Não estava comigo quando acordei no hospital e ele sim, deveria confiar nele.

— Não, não. Sina, é uma longa história. Eu juro que te explico tudo, eu tenho explicação para tudo.

— Eu não tenho tempo.

— Tem sim! Aquele homem não é nada seu, muito menos seu pai. — Falei óbvio. — Eu sou a pessoa mais próxima de você, eu juro. Confia em mim e eu te mostro o caminho para se lembrar de tudo, coisa que aquele cara nem tentou fazer.

— Por que devo confiar em você?

— Por que está aqui? — Ela pensou um pouco, relaxando os ombros. — Se está é porque pensou em confiar, se queria respostas. Sonhou comigo, não foi? Eu era o vilão?

— Não, você me salvou. Simon iria me matar e você apareceu, falando que tudo ficaria bem, me acalmou e disse que me ajudaria.

— Pronto! — Ela suspirou. — Confia em mim, por favor.

— Eu preciso ir pra casa, meu pai deve estar atrás de mim.

— Não vou deixar você voltar pra lá.