Bad Things

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Lauren POV

Quando Camila finalmente dormiu, sai de dentro do carro e me deitei sobre o capô, com os olhos voltados totalmente para a cidade abaixo, o tráfego de carros lá embaixo já está bem mais lento, diferente da hora em que chegamos aqui, me perdi em pensamentos e quando tornei pra realidade, o sol já começava a nascer, seus fracos raios, já iluminam uma pequena parte da cidade, inclinei um pouco a cabeça, para olhar dentro do carro, Camila ainda dorme, sorri com a visão, ela está completamente nua e seus cabelos em uma bagunça total, o que torna a cena ainda mais bonita, digna de uma foto, lamentei o fato de não andar mais com minha câmera, tirei meu celular do bolso e me contentei com a foto de uma simples câmera de celular.

- O carro enguiçou? - Ouvi uma voz grossa perguntando ao meu lado, eu estava tão distraída que não percebi a aproximação.

Quase deixei meu celular cair. Sentei sobre o capô, pra ver a quem pertence voz, e pra minha infelicidade, é um policial.

- Não, eu só estava vendo a cidade. - Respondi, apontando lá pra baixo.

Ele nem fez questão de se virar pra onde eu apontava.

- Você sabe que é proibido parar aqui? - Ele perguntou, em um tom autoritário e eu tive que me segurar, para não revirar os olhos.

- Não. - Menti. - Se eu soubesse não teria parado. - Completei em tom de deboche.

Ele estreitou os olhos pra mim.

- Desce daí, vou levar você pra delegacia, pra aprender a falar direito com uma autoridade.

Revirei os olhos e peguei minha carteira que estava em cima do carro, abri, peguei todas as notas que tinham dentro e estendi na direção dele, são 600 dólares, ele não conseguiu disfarçar o olhar de surpresa pela quantia, ficou alternando o olhar entre as notas na minha mão e meu rosto.

- Vai querer ou não? - Perguntei, balançando o dinheiro.

Ele fechou a cara e pegou as notas da minha mão, as enfiou no bolso, e entrou na viatura, na mesma velocidade que apareceu ele sumiu. Ouvi a porta do carro batendo, olhei pra o lado pra encontrar Camila com a cara toda amassada de sono e a blusa vestida pelo avesso.

- Impressão minha ou você acabou de subornar um policial? - Ela perguntou, parando em frente ao carro.

Me arrastei um pouco, até ficar na beira do capô e conseguir puxar-lá, pra ficar entre as minhas pernas.

- Você queria ser levada sem roupa pra uma delegacia?

- E quem disse que ele ia me levar? Era só você mesmo.

- Só em sonho eu iria sozinha, eu ia dá um jeito de fazer ele te levar junto e ainda nos colocar dentro da mala, com você sem roupas por cima de mim.

- Tarada. - Ela disse, dando um tapa no meu ombro.

Puxei ela mais pra perto de mim e dei um selinho, ela ia aprofundar em um beijo de verdade, mas sua barriga roncando nos fez cair na risada.

- Parece que não como há um século. - Ela disse, passando a mão na barriga.

- Então vamos tomar café. - Pulei do capô e a levei até o lado do carro, pra abrir a porta pra ela, depois fiz a volta e entrei também. - Onde você quer tomar café? - Perguntei, dando a partida no carro.

- Qualquer lugar que tenha comida. - Respondeu.

- Mas você prefere sua casa ou qualquer comércio aqui da estrada mesmo?

Quase Sem QuererOnde histórias criam vida. Descubra agora