Carta

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Lauren POV

 
 Mais 15 dias se passaram, há dois dias Dianne esteve aqui pra tirar as tais fotos, o que deixou Camila com ciumes até do vento, mesmo com Dianne repetindo veementemente sobre sua heterossexualidade, o que não adiantou muito, a verdade é que Camila não se bate com ela e fim, mas tudo acabou bem, Dianne teve as fotos que queria e no outro dia embarcou de volta, prometendo fazer dessa matéria algo inesquecível, na minha percepção esse é o menor dos problemas agora, porque em relação a praga tudo continua a mesma coisa, parece que quanto mais o tempo passa, mais distante de uma solução estamos. Emma não conseguiu localizar ainda a tal médica, as pesquisas estão paradas na mesma, e já tem gente aparecendo doente por aqui, e meu maior medo é contrariar a doença e não resistir, não porque eu tenho medo da morte ou qualquer coisa do tipo, eu tenho medo de deixar Camila sozinha, que ela porventura venha a sofrer, e não ter ninguém pra ajudá-la, eu não está aqui para ajudá-la, no momento ela se encontra deitada ao meu peito, com a respiração calma, em um sono profundo, sono esse que ela só consegue achar quando estou com ela na cama, antes eu achava isso a coisa mais adorável do mundo, mas, como posso continuar gostando de toda essa dependência dela, quando não tenho a certeza se vou estar aqui amanhã pra ajudá-la novamente a dormir, por esse motivo intensifiquei ainda mais a minha busca pela Sofia, por diversas vezes durante os últimos dias engoli meu orgulho e pedi ajuda da Emma, porque agora encontrar a Sofia é a coisa mais importante, em nenhum momento que pedi ajuda ela me perguntou o que eu pretendia, o que é bom, porque eu não quero dizer, não quando isso tem uma grande chance de me sujar ainda mais.

— Eu te amo. - Ouvi a voz da Camila saindo em um tom baixo, o que me fez olhar pra ela.

— Eu poderia jurar que você estava dormindo. - Falei acariciando o seu rosto, ela ainda continua com os olhos fechados.

— Eu estou. - Disse me apertando um pouco mais contra si.

— E você fala dormindo agora? - Perguntei sorrindo.

— Tem coisas que meu corpo já sabe, então simplesmente flui, inconscientemente meu corpo sentiu o seu embaixo do meu, e me fez falar isso. - Disse com um tom divertido.

— Hmm, então foi tipo um espasmo? Não uma vontade incontrolável de dizer que me ama? - Perguntei.

— Uhum. - Concordou.

— Então deixa eu sair de perto de você. - Falei fingindo que ia me levantar.

 Ela começou a rir e olhou pra mim.

— Um espasmo de amor. - Disse risonha.

— Hm. - Fingi está ignorando ela, e fixei meu olhar no teto.

 Ela segurou no meu rosto e me fez voltar a olhá-la. 

— Eu te amo. - Sorriu. — E dessa vez foi uma vontade incontrolável de dizer isso, não um espasmo. - Falou e eu me segurei pra me manter séria, mas não consegui.

— Você é muito idiota. - Falei jogando o cobertor em cima dela e me levantando o mais rápido possível, porque se fosse devagar ela não me deixaria sair dali.

 Bufando ela tirou o cobertor do rosto e se sentou na cama, me fuzilando com o olhar.

— Isso não é justo. - Disse apontando o dedo na minha direção. — Esse seu poderzinho te dá vantagem, você não pode usá-lo contra mim.

 Comecei a rir enquanto visto uma blusa.

— Você não reclama da minha super resistência durante as noites que te faço gozar várias vezes. - Falei e ela jogou uma almofada na minha direção, não desviei, embora conseguiria se quisesse, mas ela realmente se irrita com isso.

Quase Sem QuererOnde histórias criam vida. Descubra agora