Uma Chance

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Emma POV

 Eu marquei uma reunião hoje com Lauren, que vai acontecer na casa da Dinah, já que eu preciso falar com ela também, então no momento estamos eu, Camila, Normani, Dinah e Lauren na sala, Normani e Lauren estão de pé, e o resto de nós espalhadas no sofá. Na última reunião com os anciões foi tomada uma decisão, a qual eu me sinto na obrigação de contar pra elas, embora mais cedo ou mais tarde elas iriam saber, mas prefiro que seja eu a falar.

— Então Emma? Fala logo que o cheiro desse ambiente está me dando náuseas. - Normani falou impaciente.

 Com toda certeza ela está se referindo ao cheiro da Camila, rolei os olhos, e neguei com a cabeça, como Dinah consegue ser casada com essa criatura? O ego dela não cabe dentro de si.

— Você pode se retirar se quiser. - Lauren disse olhando pra ela, aparentemente irritada.

— Essa é minha casa. - Normani respondeu no mesmo tom.

— Eu estou cansada de brigas, então se vocês puderem me poupar me poupem. - Dinah disse olhando pra esposa e pra Lauren. — Que saco!

 Resolvi falar logo, antes que cabeças começassem a rolar, e literalmente.

— Bom, foi tomada uma decisão, em relação a doença, a pesquisa vai parar, e…

— Como assim vai parar? Vocês não podem desistir. - Camila disse em tom preocupado.

— Na verdade ela já parou hoje pela manhã, ela só está tomando nosso tempo, e continuamos na estaca zero, mas enfim, tem outra coisa também, e em relação a isso, eu sinceramente não sei o que pensar, se é bom, ou se é ruim. - Fiz uma pausa. — Quem adquirir a doença, ou ao menos prestar sintomas de qualquer doença, será morto.

— Que? Como assim? - Lauren perguntou com o cenho franzido.

— Chegaram ao consenso que devemos evitar o aumento de contágio, sendo assi...

— “Chegaram” não fale como se você não fizesse parte de toda aquela merda. - Lauren disse me interrompendo, suspirei e tentei não me estressar com ela.

— CHEGAMOS… - Falei enfatizando a palavra, já que ela precisa disso, o que fez ela fechar a cara. — Ao consenso de que, se talvez, as pessoas que aderirem à praga, forem mortas logo no início, a doença vai se espalhar menos, inibindo todo aquele processo de morte aos poucos, que leva dias, e que faz mais pessoas adoecerem.

— Péssima ideia, horrível. - Normani disse. — A gente não pode simplesmente sair matando uns aos outros.

— Concordo. - Lauren disse. — Isso só pode ser brincadeira.

— Não podemos simplesmente correr o risco de sermos extintos, é a nossa melhor opção. - Falei tentando convencê-las, e também me auto convencer.

— Eu discordo. - Uma voz estranha disse e eu me virei na direção do quarto, que é de onde a voz veio, de lá saiu uma garota, que eu nunca vi na vida, franzi o cenho. — Desculpa, eu não me segurei. - Disse olhando pra Camila e pra Lauren. — Essa é uma decisão bem idiota. - Disse a garota olhando diretamente pra mim.

— E quem é você? - Perguntei analisando ela dos pés a cabeça. — Me dê um bom motivo pra não colocar você pra fora nesse exato momento e tirar todas as suas chances de ver o próximo nascer do sol. - Falei irritada, as bochechas dela ganharam uma coloração avermelhada, o que me fez levantar de sobressalto, me aproximei dela puxando o ar para os pulmões.

 Como pode? Como ela corou dessa forma? Nem um de nós tem circulação sanguínea o suficiente pra isso, levei uma mão até a bochecha dela, quente, e muito, percebi o exato momento que ela fixou o olhar no meu.

Quase Sem QuererOnde histórias criam vida. Descubra agora