Paciência

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Lauren POV

 Quando eu cheguei em casa ontem a noite, ao contrário do que eu pensava, Emma não estava lá, fiquei com raiva por ela não estar ali, com raiva da Camila, com raiva de mim, com raiva do universo, com raiva de qualquer coisa existente nesse planeta. Por que ficamos tão cegos quando nos apaixonamos? Nada que Camila faz é uma surpresa para mim, mas eu continuo me magoando sucessivamente.

  Na manhã seguinte eu acordei com o meu celular tocando embaixo de mim, com certa dificuldade para encontrá-lo, e ainda sem abrir os olhos atendi a ligação.

— Lolo? - Abri os olhos, quando reconheci a voz.

Sofia.

— Oi, princesa.

— Posso ir na sua casa? - Ela perguntou, eufórica.

 Franzi o cenho.

— Onde você está?

— Tô na casa da Mila, desde cedo que peço pra ela ligar pra você, mas ela fica me enrolando, então tô aqui no banheiro escondida com o celular dela. - Explicou. — Posso ir?

— Hã… Claro que pode, mas como você vem?

— Só me espera. - Ela disse e desligou antes que eu respondesse.

 Coloquei o celular de lado e me levantei, tomei um banho rápido e depois desci pra sala, Emma está deitada no sofá, com um braço em cima do rosto, fiquei alguns segundos ali parada, embora eu saiba que ela já sentiu a minha presença, eu não estou conseguindo sair do meu lugar, inexplicavelmente senti uma felicidade enorme ao vê-la ali, ela afastou um pouco o braço e olhou pra mim.

— Como foi a festa? - Perguntou com a voz baixa.

— Uma merda. - Sorri de lado. — Mas não quero falar sobre isso. 

 Fui até lá e me joguei em cima dela no sofá a abraçando do jeito mais torto e apertado possível.

— Acordou sentimental? - Ela perguntou rindo.

— Não, só estou feliz por ter você na minha vida. - Passei o nariz na curva do seu pescoço, inalando seu cheiro. — Eu acho que você deveria ganhar um prêmio por me aturar tanto tempo em sua vida.

— Também acho, principalmente nos seus tempos de rebeldia, você era o capeta, Jauregui.

 Comecei a rir.

— Não era bem assim. - Me defendi.

— Não era bem assim? Você era uma Bad Girl do inferno, eu te odiava, principalmente quando você se envolvia em confusões e eu tinha que te ajudar mesmo contra a sua vontade, quantas vezes eu quase morri para salvar a sua pele? - Ela perguntou, em um tom nostálgico.

— Incontáveis vezes. - Respondi, sem conseguir conter o sorriso em meu rosto. — Você se lembra quando aquela garota, filha de um dos anciãos, se apaixonou por mim? Nossa, ele quase me mata pra me fazer ficar com ela.

— Convenhamos que ele ainda tem raiva de você.

— Não posso fazer nada. - Dei de ombros e me sentei.

— Você trouxe alguma revista pra casa? - Ela perguntou e eu afirmei com a cabeça. — Então vai buscar, porque quero ter um contra argumento na ponta da língua, quando os anciões estiverem puxando sua orelha.

— Você quer mesmo é apreciar a minha beleza. - Eu disse antes de me levantar e ela jogou uma almofada nas minhas costas.

 Quando eu ia subir as escadas ouvi alguém batendo na porta.

Quase Sem QuererOnde histórias criam vida. Descubra agora