Capítulo 17 - A dama e o vagabundo

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                Faltando três dias para que o resultado dos exames de Penny saíssem, finalmente tomei coragem para comprar as tintas. Robert me ajudou a carregar todas elas para cima, principalmente pelo fato do elevador estar com problemas. Haviam apenas as escadas para nos servir de caminho. Na segunda e última viagem, ao passarmos pelo 29º andar, encostei na parede:

            - Meu Deus, não aguento mais isso.

            - Amarelou, Grey? – Ele debocha segurando as latas.

            - Engraçadinho. Se quiser ir, pode seguir. Eu preciso só de dois minutos. – Ponho as mãos na cintura.

            - Em dois minutos dá para fazer tanta coisa. – Ele solta as latas no chão e noto os músculos se contraírem por debaixo da camisa.

            Os olhos profundos me fitam à medida que ele se achega e toma minhas mãos, que outrora estavam estacionadas na cintura. A mão direita circunda minhas costas e me puxa para ele, a outra ele segura meu braço esquerdo e o levanta na parede. Robert passa a distribuir beijos por meu pescoço:

            - Sua alma é tão inocente que tenho vontade de transar com você nessa escada. – Ele sussurra nos intervalos que deixa durante os beijos em meu pescoço.

            Meu corpo responde automaticamente ao toque e estremeço, apesar de não apoiar a ideia, porém não deixo de provocar:

            - E se as pessoas verem?

            - Saberão que você é meu e que não faltam orgasmos na sua vida, estrela. – Ele morde o lóbulo da minha orelha.

            - Not today. – Começo a gargalhar e o afasto. – Logo.

            - Eu tenho muitas vinganças para planejar, se é que me entende. Anexarei isso. – Ele pega as altas de volta e pisca para mim.

            Eu definiria cada traço na pintura como horrendo, porém a surpresa de Robert é tamanha.

            - Isso ficou incrível, Teddy. – Estou sem camisa e com uma calça de moletom preta, enquanto que ele repete o mesmo tipo de roupa. – Esse lugar parece bonito.

            - Quando ela me descreveu, eu imaginei dessa forma, pensando também ser um lugar tão bonito quanto os pensamentos que rendia à Penny. – Digo com o pincel ainda em mãos e vendo a bagunça que o chão estava.

            Vários jornais sujos de tintas diversas estão sujos ao chão, enquanto que poucas marcas da mesma tinta encontram-se pelo meu corpo e pelo de Conroy. Ele continua admirando a pintura e eu vou retirando alguns dos jornais ao chão, de áreas que já estão mais secas.

            - Hipnotizou pela pintura? – Pergunto ao vê-lo na mesma posição.

            - Você é incrível, Teddy. – Ele não tira os olhos da pintura. – Isso tudo significa que você deixou de lado a sua vida para tentar dar uma para essa garota.

            Ele para de olhar e vem até mim, ficando parado e de frente ao meu corpo, diz:

            - Ambos temos sorte de ter vindo para cá. – Ele desliza as mãos pelo meu braço direito e aperta no ponto superior.

            - Olha como o Lorde ingl~es está! – Digo o ironizando com o apelido de Armand.

            - Acho que andou conversando com o Sr. Weiz, aquele velho não me deixa. – Ele passa as mãos para a minha cintura, ambas.

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