Quarta-feira - 02 de outubro. - Tarde

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O quarto de breu total ia sendo dissipado na medida em que o forte sol do meio-dia escapava pelas frestas da janela e por debaixo da porta. O cômodo ainda se mantinha frio pelo ar-condicionado, mesmo que a faixa de sol no rosto do Wang estivesse lhe dando calor. O leão de cabelo roxo havia tido o sono interrompido pelo raios do astro-rei e não parecia muito contente.

Antes, abraçado ao corpo adormecido do namorado e aconchegado em seu calor corporal e nos tecidos quentinhos de seu pijama e edredom, mas agora, o início de tarde deixava uma sensação de suor que lhe dava a impressão de estar grudendo. Com isso em mente o arroxeado arrancou o tecido grosso que cobria seu abdômen, retirando-se de baixo do cobertor felpudo no processo. Havia até se soltado do corpo do amado pelo calor tão irritante e que começava a mandar seu sono embora.

– Amor? – Uma voz baixinha e embarga em sono e manha lhe chamou a atenção, obrigando-se a se virar de volta ao Xiao e abrir os olhos castanhos para vê-lo. Zhan não parecia realmente estar ciente do mundo ao seu redor, os olhos tão baixos e pesado que tudo o que Yibo via era uma parte mínima da pupila alheia. O veterano tinha o rosto amassado sobre o travesseiro, a bochecha vermelha por ser precionada ali por tanto tempo. O Wang não pensou que uma imagem tão comum e simples poderia lhe deixar tão bem.

Acordar ao lado dele todos os dias assim seria perfeito. Seria a resposta
ao meu mal humor.

– Desculpe, príncipe, eu te acordei? – Apesar do presente calor, o Wang se remexeu e ficou de frente para o sonolento homem; Seu braço esquerdo passando por sobre o corpo encolhidinho ali, tocando-o por sobre o edredom. Pode ver Zhan meneando a cabeça bobamente para a pergunta, rindo levemente por achar o estado alheio algo entre o cômico e o adorável. 

– Hm... – Zhan murmurou debilmenre, olhando ao redor quando finalmente deixou os olhos cor de ébano a mostra. A visão passando pelas paredes e pelos quarto não mais tão escuro, parando o olhar sobre um Yibo que lhe olhava em uma mistura de ternura e confusão. 

Tinha algo muito diferente no olhar do namorado. Não era a primeiro vez que dormiam na mesma cama e podia garantir que não era comum ele acordar com aquele tipo de olhar intenso e fixo. A confusão apenas aumentou quando o Xiao se aproximou do corpo alheio, tirando o cobertor de si e entrelaçando as pernas, ele parecia...

Com tesão?

Antes de conseguir questionar o Wang sentiu o corpo alheio se roçando em si, uma forma muito leve e que ele não teria notado se não fosse pelo olhar incendiário. Yibo respirou fundo e passou o braço pelo corpo alheio, o trazendo para mais perto.

– Teve bons sonhos, meu príncipe? – Xiao deixou que seu rosto se esconder na curva do pescoço alheio, suspirando pela voz grossa que atingiu seus ouvidos e lhe arrepiou o corpo.

– Os melhores...– O Wang sorriu sabendo do tipo de sonho que estavam falando ali e tinha certeza que aquilo seria divertido.

– Ah, foi? – Naquela altura a mão o arroxeado já havia se enfiado por baixo do moletom alheio, tocando os botões que agora já eram muito mais sensíveis graças a sua fixação ali. Zhan tinha o joelho precionado entre as pernas do amante, mexendo ali e estimulando o pau alheio a ficar duro como o seu ja estava. – Vai me contar, amor? – O pequeno gemido deixou a garganta do leão quando sentiu a massagem em seu membro começar a
fazer efeito.

– Talvez, não sei se seria apropriado. – O sorriso de escárnio de seu doce veterano ascendeu alguma coisa dentro dele. Yibo tinha aprendido que Xiao Zhan tinha uma dualidade quase tão forte quanto a sua.

Do lado de fora, Yibo se deixava envergonhar por todos os beijinhos que Zhan lhe roubava mas sabia que quando estavam só os dois o Wang deixava que sua mente pervertida agisse livremente e sem barreiras. Zhan não era muito diferente, era o tipo que gostava daqueles joguinhos que te fazem ficar com raiva para ter um sexo mais bruto.

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