Naquele dia em específico parecia que Lil Nas X havia esquecido a porta do inferno aberto quando deixou a barra de seu pole dance para escorregar até o colo do capeta. Yibo ja havia tomado três banhos desde as oito da manhã e devia ter acabado de dar onze e quarenta.
Saindo do terceiro banho e com uma toalha sobre os ombros largos e desnudos, o Wang terminava de por a calça jeans com mais rasgos que tinha. Caçou no guarda roupa alguma blusa cavada, passava por sua cabeça a possibilidade de usar uma regata. Bufou estressado porque sabia que iria parecer um mulambento. E não queria isso, ainda tinha um veterano para impressionar.
Xiao Zhan. Se passava muito tempo pensando nele, depois da noite maravilhosa de sábado podia garantir que o veterano era o dono 160% de seus pensamentos. Sentia o corpo arrepiar toda vez que lembrava.
"O céu realmente vai ter de esperar, se depender dos meus pensamentos sujos eu vou pro último círculo do inferno."
Na mente, que por algum motivo parecia ter voltado aos dias de adolescente repleto de hormônios, já estava preparando mentalmente que chamaria a família Xiao e os grupos de amigos para um dia na praia. Resava para o mais velho usar uma roupa de banho que desse para ver a tatuagem alheia.
– As pestes tem razão, eu sou um pervertido. – Mas quem não é com um homem daqueles? Ninguém poderia julga-lo. Uma nova onda de calor passou pelo corpo do Wang, o fazendo olhar para a regata preta posta na cruzeta. Olhou tambem a blusa de botões listrada e com mangas curtas. Perfeito!
Pôs a blusa preta e justa, não demorando em por a listrada por cima e sem a fecha-lá. Uma roupa arejada e estaja bem vestido. Enquanto divagava por seu sucesso fashionista, os olhos castanhos pararam no relógio digital sobre a escrivaninha.
12:20.
Deveria encontrar o grupo de amigos e veteranos as 12:35. Xiao Zhan apareceria ali 12:30 para irem juntos.
Merda. Estava atrasado.
Aos tropeços procurou o par de jordans pretos com listras brancas. Batendo os joelhos na cadeira giratória e o pé com a meia batendo na quina da cama. Naquele ponto sua pouca paciência já havia se transformado em xigamentos baixos.
– Misericórdia! Não é seu dia. – Ouviu uma voz com um timbre repleto em brincadeira ecoado pelo quarto. Zhan estava no batente, encostado e com os braços cruzados. Naquele dia quente de satanás o veterano usava um dos vários croppeds de tecido fino e de um verde limão chamativo, posto em baixo de uma jardineira longa jeans preta.
Yibo sorriu quando viu o quase namorado, mas franziu o cenho ao ver o pescoço branquinho livres de suas marcas. Pelo estado que estava no domingo nem todo o gelo do mundo melhorarias aqueles chupões. Quando estava pronto para perguntar viu a cintura exposta com as marquinhas vermelhas das mordidas um tanto apagadas. O Wang voltou a sorrir.
– Maquiagem? – O veterano rolou os olhos e meneou em concordância enquanto se aproximava do azulado. – Eu queria vê-las, Zhan-Ge! Deu trabalho pra fazer. – Suas orelhas pegaram fogo, assim como o rosto do veterano. Mas acho que ambos já estavam em outro nível de intimidade depois de... Trasarem loucamente.
– Nem me lembre, suas marcas quase me deram uma dor de cabeça. – Zhan se pôs na frente o mais novo, vendo ele apoiar o queixo em seu abdômen e segurar sua perna de leve. – Meus irmãos viram, Bo-Di. Yu deve ter xingado até a nona geração dos Wang.
– Eu vou morrer. Santo cristo é meu fim. – Yibo bateu a cabeça de leve na barriga do Xiao, que sorria pelo drama alheio.
– Temos que ir almoçar. Ta todo mundo esperando. – Zhan beijou o topo dos fios azuis e levantou o queixo do mais novo selando os lábios com vários beijos curtos.
[🦁🐰🐷🐇]
– Fomos incriveis durante a corrida. – Zhan falava enquanto andava de uma lado para o outro na sala de aula do curdo de E.D. Via Li Yang recebendo tapinhas de comemoração dos colegas e amigos, ela sorria orgulhosa de si mesma. – Graças a Li Laoshi ficamos em segundo nos gerais e por enquanto estamos em quarto na arrecadação de alimentos.
20 pacotes a menos que de agricultura, 30 menos que direito e 35 menos que artes. É uma diferença pouca que da pra virar. – O veterano foi até a mesa do professor e se sentou ali, sorrindo para a turma e para SungJoo e Mei que tambem estavam em pé. – Mas estamos em primeiro na de sangue. – A turma gritou em comemoração, batendo palmas e com palavras desconexas fazendo o mais velho ali sorrir mais ainda.
– Não vou mentir, não botei sobre os alimentos. Mas estamos indo bem! – Wenhan comentou aos risos, recebendo vaias dos colegas e alguns murmúrios em concordância.
‐ Eu sou uma piada pra você?! – Zhan comentou com uma pose dramática e sorrindo. Yibo sorria pela face risonha. Sua irmã andava conversando com o psiquiatra e o terapeuta alheio e aparentemente ele já havia demonstrado grande interesse em melhorar. Para vítimas de um trauma aquilo era fundamental. – Certo, povo. Temos que continuar com o mesmo ritmo das arrecadações.
– E precisamos estar prontos pra arrasar no show! – Mei falou empolgada e recebendo uma concordância do veterano.
– Ela tem razão. Vamos lá, gente, todo mundo tem talentos. – Zhan falou depois de saltar para fora da mesa onde sentava.
– Que tal canto? – Yixuan falou com um rosto contorcido em maldade, sorrindo mais ainda por ver os olhos de um certo azulado triplicando de tamanho. – Conheço quem cante e quem é um ótimo rapper.
– Uau, isso séria ótimo. – Mei comentou mas SungJoo lhe olhava como se fosse o matar sem misericórdia. – Quem é?
– Um deles tá do seu lado. – Ele apontou para a menina sentada na frente da representante e voltou a apontar para a mulher que lhe representava. – E a outra é você, Mei. – Yixuan escutou Yibo suspirar em alívio, assim como o resto do grupo de amigos. Ele quis gargalhar por isso. – Elas são o segundo casal mais talentoso que eu conheço. Só perdem para o Yibo e pra Xiao Laoshi!
Yixuan morreria cedo, mas valeria a pena.
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Querido Diário
FanficO que acontece quando em um belo dia, você percebe que perdeu o seu diário com, não só, absolutamente todas as suas informações, como também tendo detalhes sobre o quão patéticamente apaixonado você é pelo seu veterano de faculdade? Um pesadelo, não...