Insegurança

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Passaram por uma pequena vila e Dean foi comprar algumas roupas para Castiel. Não as ideais para o tipo de vida que tinham, mas que iriam servir até chegarem em Rowena. 

Pegaram alguns quartos em uma pequena estalagem, e, no momento, Dean estava no quarto em que dividiria com Castiel, sentado na cama e assistindo o moreno se vestir.

Procurou por qualquer sinal de cicatrizes novas pelo corpo dele e, se encontrasse, mataria todo e qualquer anjo que cruzasse seu caminho por terem machucado Castiel, mas não encontrou nada.

O moreno estava abotoando a camisa quando Dean se colocou na sua frente, segurando os lados de seu rosto e tomando seus lábios em um beijo calmo.

Sorriu enquanto retribuía o beijo, levando as mãos até a cintura do loiro, enganchando os dedos no tecido de sua calça e o puxando em sua direção.

Dean sorriu e beijou sua testa, o puxando o espaço que restava e lhe abraçando fortemente. Castiel respirou fundo e fechou os olhos, deitando a cabeça contra o peito do loiro e  envolvendo seu corpo com os braços.

— Ouvi suas orações. — comentou, baixo, sentindo quando o loiro começou a acariciar seu cabelo. — Cada uma delas.

— Eu senti muito a sua falta. — foi o que ele respondeu. — Todo dia, não parei de pensar em você nem por um segundo.

Ficaram em silêncio, abraçados, apenas sentindo o calor dos corpos um do outro. Na posição em que estavam, Castiel ainda conseguia ouvir o coração de Dean batendo.

Tinha sentido falta disso no céu, desses momentos com Dean em que nada precisava ser dito. Tinha sentido falta do calor do corpo dele, das demonstrações de carinho dele. Dean era seu verdadeiro céu e estar com ele era o paraíso.

Se separam apenas quando ouviram batidas na porta e Jack e Claire falaram que queriam sair um pouco. Castiel terminou de se vestir e saiu do quarto com Dean.

— Tem um bardo tocando música no bar. — Jack comentou, a animação brilhando em seus olhos. — Lisa disse que leva a gente se vocês deixarem.

Castiel desviou os olhos para a morena, que estava um pouco mais afastada no corredor, assistindo a interação deles encostada na parede, os braços cruzados.

A presença dela o deixava... Esquisito.

— O que vocês acham de irmos todos juntos? — perguntou a Jack e Claire, que ficaram ainda mais animados. Dean lhe encarou com desânimo no olhar, ele odiava ter que interagir com uma quantidade grande de humanos. — Vamos então? — perguntou ao loiro, sorrindo divertidamente para o claro desânimo dele.

O loiro suspirou mas não reclamou. Saíram da estalagem e caminharam até o bar. Era possível ouvir as pessoas cantando mesmo do lado de fora e, ao entrarem, avistaram o bardo em cima da mesa, tocando um alaúde e encorajando todo mundo a acompanha-lo na canção.

Pegaram uma mesa no canto para não chamarem atenção e, quando Jack e Claire começaram a cantar e também beber, Dean se afastou e se aproximou deles para supervisiona-los de perto, deixando Castiel sozinho com Lisa.

— Posso fazer uma pergunta? — ela indagou e tudo o que Castiel fez foi concordar com a cabeça. — Dean me disse que você gerou as crianças. Eu queria... Fiquei curiosa para saber como aconteceu.

O anjo ergueu as sombrancelhas.  Então Dean agora falava sobre suas vidas com humanos? Ou será que era só com uma humana em especial?

— Eu sou um anjo. — respondeu, vendo a morena arregalar os olhos. Aparentemente, ela ainda não sabia disso. — Nós anjos somos representações puras de vida. Eu posso gerar vida, é a essência do que eu sou. Anjos se auto realizam, entende? Um dia, vendo algumas crianças brincando com seus pais eu pensei que seria muito bom ter algo do tipo com Dean. Com isso, meu subconsciente fez meu corpo se modificar pada poder gerar os bebês. Foi assim que aconteceu.

O altar do ressurgir//DestielOnde histórias criam vida. Descubra agora