O altar do ressurgir//Destiel

Vamos ter outro bebê

Castiel olhava para o teto naquela madrugada, com Dean dormindo tranquilamente ao seu lado, em paz. Ele não conseguia estar.

Estava mais tranquilo agora que Dean sabia. Contar a ele tinha tirado a maior parte do peso de suas costas, mas ainda estava preocupado, pensando em seu bebê no meio da guerra.

Virou a cabeça, observando Dean, a expressão serena e a respiração ritmada. Sorriu levemente ao se lembrar da reação dele. Foi mil vezes melhor do que pensou que seria, tal como foi melhor que a reação dele quando descobriu sobre os gêmeos.

Ele sempre surpreendia Castiel de forma positiva. Nunca o decepcionava.

Estava sendo inevitável para o anjo não se perder em lembranças, isso porque estava vivenciando uma situação que já tinham vivido antes.

Na cama com Dean naquele momento, foi inevitável não lembrar de um momento muito especial.

Castiel já deveria estar no sétimo mês de gravidez e ele e Dean estavam deitados na cama naquela noite, prontos para dormir depois de se empaturrarem no jantar.

Acontece que Cass sentiu os bebês de mexerem e Dean rapidamente tentou sentir, mas eles se acalmaram no mesmo instante.

— Não acredito nisso. — o demônio reclamou, acariciando a barriga do anjo. — Sunshine, acho que nossos filhos me odeiam.

— Eles não te odeiam. — o moreno respondeu, sorrindo com divertimento. — Só não estão com vontade me mexer agora, é normal.

— Toda vez que eu vou tentar sentir eles, eles param. — o loiro argumentou, deixando a decepção transparecer.

— Porque eles se acalmam com sua presença. — Castiel argumentou, levando sua mão ao braço do demônio. — Nossos filhos vão te amar, Dean.

— Não sei não. — ele discordou, balançando a cabeça. — Tô' com medo de ser um péssimo pai.

— Te mato se pelo menos tentar. — o anjo disse, sorrindo para o marido de forma compassiva, arrancando um sorriso mínimo dele, que rapidamente se aproximou e tomou seus lábios, o beijando carinhosamente.

E foi nesse momento em que Dean sentiu os filhos pela primeira vez. Ele se separou de Castiel com os olhos arregalados.

— Eles mexeram! — constatou, acariciando a barriga do anjo de novo, sentindo outro chute. — Eles estão mexendo!

— Estão sim. — Castiel concordou, sorrindo largamente, totalmente aplacado por seu amor completamente incondicional por Dean.

Castiel sorriu com a memória, se lembrando com riqueza de detalhes da completa felicidade de Dean naquele dia, no brilho nos olhos dele. Foi uma das vezes em que o anjo sentiu que o demônio realmente o amava.

Não era por obrigação, por causa dos bebês. Não era apenas tolerância. Era amor. Genuíno amor.

Fechou os olhos e finalmente conseguiu dormir.

Acordou com um movimento leve na cama, abrindo os olhos e vendo Dean tentando se levantar silenciosamente para não acorda-lo.

— Bom dia. — disse, repentinamente, fazendo o demônio pular de susto. Riu, gritando teatralmente quando o loiro lhe jogou um travesseiro. — Como se atreve a agredir seu marido grávido?

— Meu marido grávido quase me fez ter um ataque. — o loiro justificou, sorrindo largamente ao se ajoelhar no colchão e o roubar um selinho rápido. — Bom dia, querido. Dormiu bem?