Sarah e Jack trocaram um olhar enquanto avançavam, tentando ser silenciosos porque, segundo as coordenadas, era exatamente ali que Crowley estava.
Era uma pequena vila, tinham moradores andando de um lado para o outro, vivendo suas vidas. Parecia um lugar normal, mas ambos os garotos sentiam uma energia estranha vindo dali.
Sentiam como se tudo ali fosse uma fachada, algo criado para não chamar atenção de fora.
As pessoas olhavam para eles enquanto passavam, o tipo ruim de olhar, como se estivessem os acusando de algo.
Sarah exibia uma auto confiança invejável, uma postura incrível, um olhar de quem não se abalava com nada.
Jack a admirava um pouco por isso, porque ele mesmo estava a ponto de ter um ataque de nervos. Era mais fácil lidar com esse tipo de coisa quando estava com seus pais. Tal como Sarah, eles também não se importavam, mas também encorajavam ele e Claire a não se importarem também.
Fora até uma estalagem e pediram dois quartos, pagando ao atendente com o dinheiro que haviam roubado. Sarah subiu as escadas quase correndo, dizendo que estava indo tomar um banho.
Jack sorriu e subiu também, com o mesmo propósito. Ele quase dormiu na banheira, porque depois de dias dormindo na floresta fria e desconfortável, estar rodeado de água quente era tentador demais.
Mas ele tinha obrigações e Belphegor em sua mente o mandando parar de ser tão preguiçoso, então rapidamente se levantou e foi fazer o que tinha que fazer.
Parou em frente ao quarto de Sarah e bateu na porta. A loira abriu em poucos minutos, com o cabelo úmido e, pela primeira vez em dias, usando roupas limpas.
— Já tá' na hora? — ela perguntou, apoiando ambas as mãos na cintura bem desenhada.
— É, sim. Quanto mais cedo, melhor.
— Ok. — ela concordou, saiu completamente do quarto e fechou a porta. — Acha mesmo que Crowley ainda está aqui?
— Alguma coisa tem que explicar a energia esquisita desse lugar. — o rapaz respondeu, descendo as escadas com Sarah.
Eles passaram pela recepção e saíram do pequeno prédio, andando pelas ruas de chão de pedra. Os olhares das pessoas ainda estavam lá. Jack respirou fundo e tentou se manter calmo.
— Por que você se importa? — Sarah perguntou, repentinamente, ganhando sua atenção. — Com os olhares das pessoas. Por que se importa?
— Eu...Eu não sei. Eu só... Eu não gosto.
— Precisa deixar para lá. Nenhuma dessa pessoas te conhece de verdade. A opinião delas não deve importar para você.
Jack balançou a cabeça, indicando que havia entendido. Embora as palavras de Sarah não tivessem tido um efeito imediato, tinham ajudado ao menos um pouco.
Entraram na primeira taverna que viram e se sentaram nos bancos do balcão. Pediram um grande caneco de cerveja cada um e enrolaram para beber, visto que não poderiam ficar bêbados de forma alguma.
O local foi ficando cheio rapidamente. Sarah se distanciou para falar com os bêbados e Jack se voltou para o atendente do bar.
— Eu estou procurando um homem. — disse, fazendo o enorme homem olhar para si. — O nome dele é Crowley.
— O que você quer com Crowley?
— Você conhece ele?
— Responde a minha pergunta primeiro. — o homem mandou, olhando fixamente para Jack, seus olhos se tornando totalmente pretos.
Jack se levantou rapidamente, dando passos para trás, procurando o melhor momento para pegar o machado nas costas e acabar logo com aquilo.
— Jack! — o grito de Sarah o fez se virar e, quando o fez, viu a garota sendo brutalmente segurada por dois demônios. Infelizmente, a distração deu brecha aos outros para ataca-lo.
Tudo o que ele sentiu foi um golpe doloroso na cabeça e, de repente, escuridão.
•°•°•
Castiel estava entediado. Ele e Dean acharam melhor não ficar o tempo todo juntos, então estavam cada um em um ponto distinto do barco.
Sinceramente, o anjo achava isso tudo tão ridículo quando o demônio. Odiava ter que esconder seu relacionamento, mas infelizmente precisavam do barco, por isso não podiam ser eles mesmos.
Ele estava sentado em um ponto do deque, lendo um livro que tinha levado em sua bolsa de viagem. Ele sempre levava um livro por precaução.
Observando o movimento no barco, seus olhos focaram em Dean, que havia acabado de apoiar na mureta de proteção de madeira, o corpo virado em direção ao oceano.
A questão é que ele não estava sozinho. Anna estava com ele, falando alguma coisa na qual Dean prestava atenção.
Castiel balançou a cabeça e disse a si mesmo para parar de ter ciúmes por uma coisa sem sentido. Tais pensamentos abandonaram sua mente quando, deliberadamente, Anna tocou o braço do demônio, em cima dos bíceps.
Furioso, embora soubesse que era errado, Castiel fuzilou a ruiva com o olhar, aplicando toda sua raiva e concentração no olhar.
Repentinamente, o vestido da ruiva começou a pegar fogo. Ela deu um pulo de susto e começou a tentar apagar, apenas para descobrir que não podia, porque era fogo santo.
Castiel moveu o fogo para o lado oposto quando Dean fez menção de tentar apagar também, porque o fogo santo o machucaria.
Isso foi suficiente para o demônio perceber o que acontecia. Enquanto Anna se debatia, ele olhou ao redor, procurando por Castiel, que ele sabia que estava ali.
O anjo sorriu e deu um tchauzinho quando seus olhares se chocaram. Pegou seu livro, se levantou e saiu dali. Nesse instante, o vestido de Anna apagou, mas, infelizmente, já haviam jogado água nela.
Dean foi atrás de Castiel, descendo rapidamente as escadas para os quartos.
— Cass! — chamou e o anjo parou no meio do corredor.
— Sim? — perguntou, com falsa inocência.
— Por que fez aquilo?
— Porque eu posso e eu quis.
Dean suspirou, entendendo os motivos de Castiel, porque ele também colocaria fogo em Anna se ela estivesse flertando com seu anjo.
— Amor, Anna é extremamente inconveniente e mau caráter, eu sei. Mas não acho que colocar fogo nela tenha sido a melhor opção.
— Se a odeia tanto, por que estava falando com ela?
— Foi você quem disse que a gente precisava se misturar.
— Não com a vagabunda que quer dar para você! — o moreno reclamou, se aproximando do marido, falando rente ao ouvido. — Acho que sua esposa não teria gostado nadinha disso, lorde Winchester.
— Amor, qual é? Sério?
— Não estou com raiva de você, se é o que pensa. Com ciúmes? Com certeza. Mas com raiva não.
— Isso é basicamente a mesma coisa, Cass.
— Você estaria pegando fogo se fosse.
Dean suspirou e assistiu Castiel entrar no quarto.
Sem nenhuma vontade de enfrentar nobres mesquinhos pelo resto do dia, o demônio foi também, para seu próprio quarto ao lado do do marido.
Que situação ridícula.
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O altar do ressurgir//Destiel
FanficDean Winchester, demônio cavaleiro do inferno tinha acabado de ficar viúvo. Seu marido Castiel, anjo ex soldado do céu, tinha acabado de ser assassinado. Agora, Dean tinha que manter seus filhos, Jack e Claire, vivos, enquanto também buscava uma for...