Era o primeiro dia no navio desde que ele havia zarpado. Naquela noite, Dean esperou todo mundo dormir e invadiu o quarto de Castiel, que estava se preparando para fazer o mesmo. Os dois se espremeram na cama pequena e dormiram como sempre, nos braços um do outro.
Dean voltou para seu próprio quarto de manhã bem cedo e, agora, estava esperando Castiel para poderem ir tomar café. Sorriu quando o anjo veio caminhando em sua direção, olhou ao redor e, ao constatar que não tinha ninguém por perto, embalou o rosto do anjo nas mãos e o roubou um beijo rápido.
— Dean! — Castiel reclamou, embora tivesse um largo sorriso no rosto. — Se comporte.
— Não consigo. Você fica lindo com essas roupas de algodão e seda. Marca minha parte favorita no seu corpo. — o demônio respondeu, apertando com força a bunda do marido, que o deu um tapa em sua mão, embora o sorriso permanecesse. — Relaxa, amor, não tem ninguém aqui.
Após subir as escadas, os dois surgiram no deque principal. Aquele navio era enorme para os padrões da época e tinha um pequeno "restaurante" no andar de cima. O local era protegido por uma tenda, para evitar que a água das ondas que se chocavam contra o barco molhasse a comida e as pessoas.
Dean e Castiel se sentaram em uma mesa no canto, afastada e se sentaram lado a lado, de modo que poderiam conversar sem que ninguém ouvisse o assunto.
Já tinha comida na mesa, de modo que só precisaram escolher o que queriam. Os nobres já haviam ocupado grande partes das mesas, preenchendo o local com o burburinho de suas conversas.
— Será que as crianças estão bem? — Castiel indagou, sendo essa sua principal preocupação. Dean direcionou ao marido um sorriso compassivo e pegou a mão dele por debaixo da mesa.
— Estão sim, amor. Os colares estão normais. — o loiro respondeu, olhando ao redor mais uma vez e, vendo que ninguém prestava atenção neles, deu um selinho rápido no anjo. — Te garanto que eles estão bem.
Castiel sorriu para Dean, embora estivesse preocupado em demonstrar carinho diante dos outros. Apertou a coxa do loiro em um gesto de agradecimento, respirando fundo, tentando se convencer de que as crianças estavam bem.
— Se importam se sentarmos aqui? — uma mulher perguntou, fazendo-os erguer o olhar. Era uma moça ruiva e usava um vestido elegante. Estava acompanhada de um homem com uniforme de guarda.
"Nos importamos" — Dean pensou, chegando a abrir a boca para responder, sendo impedido por Castiel, que foi mais rápido.
— Claro que não, fiquem a vontade.
Ambos se sentaram, apesar do guarda ter mantido a postura alerta. Castiel e Dean trocaram um olhar de desgosto quando ele começou a fazer um prato para ela.
— Ah, onde estão meus modos? Me chamo Anna Milton, é um prazer conhecê-los.
— Dean Winchester. — o demônio respondeu, inclinando um pouco a cabeça.
— Castiel Winchester, é um prazer.
— Ah, vocês são...
— Primos. — Castiel a respondeu, forçando um sorriso. Dean fez o mesmo, embora sua vontade fosse assumir sua verdadeira forma e fazer a ruiva intrometida se jogar no mar.
— Ah, entendo. Estão viajando juntos?
"Não, a gente se encontrou aqui por acaso."
— Sim. A gente tá' tirando um ano sabático. — Dean respondeu, balançando a cabeça.
— É semelhante ao que estou fazendo. Como única herdeira de minha família, ficou para mim a responsabilidade de manter os negócios funcionando. Estou em busca de um pretendente que possa assumir os negócios, já que eu sou incapaz. — ela disse, olhando fixamente para Dean na parte em que se referiu a um pretendente. Castiel franziu o cenho.
— Não se contentou com homens do seu continente? — Dean perguntou, arqueando as sobrancelhas, se perguntando o porquê de a ruiva estar sozinha com apenas um guarda.
Ela revirou os olhos.
— Os nobres de minha região são imaturos. Não são homens de verdade. — fixou o olhar em Dean de novo. — Embora existam algumas excessões.
Incomodado, Castiel recolheu sua mão, a afastando da perna do marido. Entendendo o desconforto do anjo, Dean pegou a mão do anjo e a embalou entre as suas.
— Bom, minha esposa sempre me disse que fui difícil de encontrar. — disse, odiando o momento em que disse "esposa", mas adorando o momento em que a expressão da nobre oscilou.
— Ah, é casado?
— A vinte e um anos.
— Uau! Se casou jovem, então?
— Sim, muito jovem. No momento em que a conheci, soube que era o grande amor da minha vida.
Castiel sorriu, apertando uma das mãos do loiro, se sentindo infinitamente melhor.
— Bom, muitos dizem que a pressão do casamento é difícil de suportar. — a ruiva disse, voltando ao olhar malicioso. — Costumam dizer que noites de diversão às vezes são inevitáveis.
— Pessoas sem caráter nenhum dizem isso. — o demônio retrucou, mantendo a expressão séria. Anna pareceu ter desistido, passando a se dedicar apenas a comer.
Castiel se aproximou discretamente de Dean e cochichou no ouvido do marido.
— Vai ganhar uma coisinha especial hoje.
Dean sorriu e mordeu o lábio inferior, desejando que as horas passassem rápido.
°•°•°
Claire e Kaia estavam em um barco também, rumo a tal ilha secreta em que a as amazonas viviam. Nenhuma delas disse nada desde que resgataram as garotas. Disseram para onde estavam indo, como chegariam lá e só.
A loira estava preocupada, porque saindo do continente, estava de distanciando cada vez mais dos pais e do irmão.
— Está preocupada. — Kaia murmurou, se sentando ao seu lado no deque, observando as mulheres manterem o barco no percurso certo.
— Estamos nos distanciando de meus pais e meu irmão.
— É, eu sei... Mas vamos ficar bem. — a andante garantiu, balançando a cabeça. — Eu vi nos meus sonhos, elas vão nos ajudar.
Claire suspirou e concordou. Sabia que sentiria falta da família quando se desprendesse um pouco deles, mas não achou que seria tanto.
°•°•°
Sarah e Jack estavam no meio da mata, sentados em troncos de árvores caídas, comendo de café da manhã um animal que Jack havia caçado, a fogueira ardendo no meio deles.
— Você está ficando melhor nisso. — Sarah comentou com o rapaz, o cabelo desengrenhado e cheio de folhas porque dormiram na floresta naquela noite, visto que não tinha nenhuma cidade perto.
— Obrigado. Geralmente eu acompanhava meu pai e abatia o animal, mas rastrear e caçar sozinho é bem mais gratificante.
— Porque assim tudo é mérito seu. — a princesa respondeu, pegando mais um pedaço da carne do animal para si. — Quanto tempo acha que devemos levar para chegar até Crowley?
— Bom, se ele ainda estiver no mesmo lugar, pela posição em que estávamos agora, dois dias.
— E se ele não estiver no mesmo lugar?
— Então vamos ter que descobrir a nova posição dele e partir em outra jornada.
Sarah suspirou, desanimada. Não que não gostasse da companhia de Jack, mas não estava acostumada a viajar assim. Ela nunca sequer tinha saído de seu andar no inferno e agora estava andando de um lado para o outro.
Tudo isso estava acabando com toda sua energia. Ela só precisava de um descanso antes de sair por aí de novo.
— Tem uma cidade no meio do caminho, se o mapa estiver certo. — Jack disse, fazendo-a erguer a cabeça. — Podemos parar para tomar um banho e descansar direito.
Sarah sorriu e concordou com a cabeça. Isso era tudo o que ela precisava.
De qualquer forma, valia a pena. Estar com Jack não era ruim.
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O altar do ressurgir//Destiel
FanficDean Winchester, demônio cavaleiro do inferno tinha acabado de ficar viúvo. Seu marido Castiel, anjo ex soldado do céu, tinha acabado de ser assassinado. Agora, Dean tinha que manter seus filhos, Jack e Claire, vivos, enquanto também buscava uma for...