Na mais perfeita paz

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Esse capítulo tá' minúsculo, mil desculpas :((

Tô' completamente sem inspiração, era isso ou nada :((((

Com um suspiro, Dean se sentou ao lado de Jack e Claire, em um campo no reino dos monstros. Era fim de tarde, os últimos raios de sol iluminavam bem o local, aquecendo os três com um calor gostoso.

Dean olhou para seus filhos e franziu fortemente o cenho, arregalando os olhos quando teve a certeza de que o que estava vendo era real.

— Isso é um filhote de dragão?! — quase gritou a pergunta, vendo os gêmeos concordarem com a cabeça. O "pequeno" dragão, do tamanho de um bezerro, olhou em sua direção, deitado no colo de Claire e de Jack, dividindo o peso entre os dois. — Onde vocês pegaram ele? Vocês sabem que os dragões são muito protetores com seus filhotes, não sabem? — indagou, olhando ao redor. A última coisa que precisava agora era uma mãe dragão enfurecida com o sequestro de seu bebê.

— A mãe dele está doente. — Jack explicou. — Estão cuidando dela. O Garth disse que a gente pode ficar com ele por enquanto, já que a mãe não pode. Disse que vai ser até bom para ele.

— Ah, entendi. — concordou aliviado. — Tenho que lembrar de visistar o Garth antes de irmos embora. — comentou, olhando para os gêmeos, que se recusavam a olha-lo nos olhos de qualquer maneira. Respirou fundo. — Vocês vão precisar conversar comigo e com seu pai uma hora ou outra.

— Não tem o que conversar. — Claire afirmou, a cabeça ainda baixa, encarando fixamente o pequeno dragão. — Jack e eu somos a ruína da paz de vocês dois, nada para dizer sobre isso.

— Vocês não são nada disso.

— Ah, por favor! — ela finalmente ergueu a cabeça, encarando o pai pela primeira vez desde a última conversa. Tanta mágoa em seus olhos fez Dean querer abraça-la, mas se conteve, pois sabia que isso apenas pioraria a situação no momento. — Sempre me perguntei o porquê do Tio Sam e do tio Gabe terem uma vida tranquila, sem ameaças. Devia ter adivinhado, é porque eles não filhos arruinando tudo.

— Ok, silêncio! — Dean exclamou, rudemente, fazendo a loira erguer as sombrancelhas em surpresa. — Tem razão de estar chateada por termos escondido isso de vocês, toda razão. Mas não venha dizer que a existência de vocês arruína nossas vidas porque isso invalida totalmente o amor completamente incondicional que seu pai e eu temos por vocês e nenhum de vocês dois tem o direito de fazer isso! — acusou, se levantando em um movimento abrupto, ficando de frente para os dois. — Vocês são o mundo para nós dois, tudo o que realmente importa. Abriríamos mão um do outro por vocês, abriríamos mão de tudo. Nenhum de vocês dois tem o direito de invalidar isso!

— É exatamente essa a questão! — Jack se pronunciou, se levantando também. Assustado com a discussão, o dragão desceu do como de Claire, observando o desenrolar das coisas do chão. — Ter filhos deveria ser algo bom para vocês, não um sacrifício!

— Sempre é um sacrifício! — Dean respondeu. — Para qualquer pessoa no mundo. Humano, fada, lobisomen. Ter filhos é abrir mão de muitas coisas para que eles estejam bem! Pode perguntar a qualquer um, ter filhos sempre é um sacrifício e é por isso que é tão... — suspirou, recuperando o fôlego. Jack e Claire não precisavam que fosse rude, irredutível. Precisavam que fosse gentil e acolhedor. — Nada é culpa de vocês. Abrir mão de coisas para que seus filhos sejam felizes é a essência do que é ser pai. Se Cass e eu não quisessemos isso não teríamos filhos. Sabíamos desde o início o que ter vocês significava e fizemos isso mesmo assim. É culpa nossa, não de vocês. Vocês é quem são caçados por nossa culpa. Se formos pegos seremos mortos, mas vocês são quem serão torturados até fazerem o que mandarem. Vocês vão ser usados como arma. Cass e eu arruinamos a vida de vocês, não o contrário. — concluindo, vendo-os trocar um olhar duvidoso. — Cass e eu não mudariamos absolutamente nada. Exceto o parto, que foi absurdamente complicado, mas fora isso nada. — brincou, ficando satisfeito ao ver um mísero sorriso aparecer nos lábios dos dois. — Amamos vocês, crianças. Absurdamente.

— Nós sabemos. — Jack murmurou

— Amamos vocês também. — Claire concordou. — Mas precisamos de um tempo para assimilar tudo isso.

— Vocês tem esse tempo. O quanto precisarem.

— Obrigado.

— Valeu pai.




Após a conversa com os gêmeos, Dean voltou para casa e procurou por Castiel, passando pelos cômodos até encontra-lo na varanda.

Sorriu, caminhando até ele. Deveria saber que ele estaria ali, sempre foi sua parte favorita da casa. Dava uma visão incrível do lago, do pôr do sol e das estrelas. Tinham várias lembranças em sua mente dele ali enquanto grávido e também com os bebês nos braços.

Se sentou ao lado dele, ganhando sua atenção. O anjo sorriu levemente, respirando fundo e se deitando no chão, apoiando a cabeça em seu colo.

— Eu conversei com as crianças. — o demônio contou, acariciando o cabelo escuro do anjo. — Eles vão ficar bem, amor.

— Sabe, — Castiel começou, baixo, admirando o pôr do sol no horizonte. — sinto falta de algumas coisas sobre estar grávido.

— Sério?

— Uhum. Sinto falta da calmaria, de ficar aqui com você sem me preocupar com o dia seguinte. De sentir os chutinhos deles... Sinto falta até de te acordar de madrugada com desejos. — comentou, sorrindo ao ouvir a risada sutiu do demônio. — Sinto falta da ansiedade para eles nascerem logo, mas com certeza não sinto falta do parto.

— Sabe, a única coisa que eu me lembro daquela noite foi quando a Rowena me mandou subir na cama atrás de você para te ajudar a empurrar. Depois disso é só um borrão.

— Eu lembro que você estava tão pálido quanto neve quando ela te entregou a Claire. — o moreno comentou, rindo. — Pensei que fosse desmaiar.

— Eu não desmaiei?

— Ué... Não.

— Jurava que tinha desmaiado. — comentou, sorrindo largamente ao ver o anjo gargalhar alto. Tocou o rosto dele, acariciando sua bochecha. — Eu te amo demais.

— Eu também te amo. — o anjo respondeu, os olhos azuis brilhando como um lago a luz das estrelas. — Mas eu me lembro muito bem que você não me suportava.

— Claro, você era um anjo insuportável quando a gente estava se conhecendo.

— Eu era um amorzinho!

— Por isso. Era muito chato. — o demônio retrucou, arrancando mais uma risada do anjo. — O modo como você não conseguia ficar longe de mim...

— Foi você que quase me fodeu naquela cabana, tá?! Eu não ia falar nada se você não tivesse tomado a iniciativa.

— Ia sim!

— Ia mesmo. — concordou e, dessa vez, quem riu foi o demônio. — Não tenho culpa se você é irresistível, Dear.

— Você me amava demais para conseguir resistir a mim.

— Ainda amo. — o anjo declarou, esticando a mão para alcançar o rosto do loiro. — Te amo com cada pedacinho de mim.

Iluminados pelos últimos raios de sol do dia, Dean e Castiel permaneceram juntos naquele pequeno espaço que era tão especial para eles.

Viram as estrelas surgindo, uma por uma. Por conta das proteções do reino, as estrelas eram muito mais belas ali. Magníficas e brilhantes, capazes de tirar o fôlego de qualquer um.

Completamente embolados um no outro, conversando coisas banais e completamente sem importância, o casal aproveitou a brisa suave da noite, a calmaria, esquecendo completamente as preocupações enquanto riam sem parar das piadas sem graça um do outro.

Estavam em paz.

O altar do ressurgir//DestielOnde histórias criam vida. Descubra agora