- Eu não preciso deste dinheiro, Alexander.
- Eu insisto que receba - disse Alec, estendendo a mão com uma pequena bolsa de pano para Ragnor.
- Eu também insisto em não receber - Ragnor disse e continuou enfiando as roupas dentro da bolsa, que na verdade era um saco reforçado com couro.
- Vocês são todos assim tão teimosos? - Alec colocou a bolsa dentro da bagagem de Ragnor.
- Pelo que exatamente você está me pagando? - o feiticeiro perguntou, com a boca franzida.
- Você ajudou a cuidar de mim, enquanto estivemos na cabana de Magnus, você nos ajudou a retornar, você ajudou Magnus na reconstrução da barreira mágica, e - ele levantou o dedo para enunciar o mais importante - salvou a vida de Magnus duas vezes.
Ragnor crispou os lábios.
- Eu fiz isso por Magnus - respondeu - Não visando receber algo seu.
- Eu sei, e agradeço - Alec disse - Mas como não sou seu amigo meu modo de agradecer é pagando.
- Você é o teimoso aqui - Ragnor grunhiu.
Alec deu de ombros. Não se importava que lhe vissem como uma pessoa teimosa, o que de fato era.
- Quantas moedas tem aqui? - Ragnor perguntou, medindo o peso da bolsa com a mão esquerda.
- Você pode descobrir olhando.
Ragnor revirou os olhos e Alec pensou que esse gesto ficava bonito apenas em Magnus.
- Já que você insiste, aceitarei.
- Obrigado - Alec suspirou - Sou realmente agradecido por todo o cuidado que teve conos.. com Magnus, e não imagino realmente porque queira ir... Asseguro que aqui é um lugar onde você poderia viver bem,como Magnus.
- Eu não estou ligado a esta Casa como Magnus está - Ragnor disse - Meu lugar é o mundo. O dele também, mas por enquanto ele prefere ficar. Em uma situação ideal, ele iria comigo.
Alec franziu a sobrancelha.
- Magnus não está mais ligado à Casa ou a mim - argumentou - Não entendo porque diz isto. Ele não está sendo mantido prisioneiro.
- Ah - Ragnor levantou as sobrancelhas - Então você deixaria que ele fosse, caso ele quisesse?
Alec sentiu o coração se apertar, apenas com essa sugestão.
- Eu... faria tudo para convencê-lo a ficar - disse, por fim, sendo sincero - Ele disse algo sobre querer ir?
- Hmpf - Ragnor amarrou os cantos da sua bolsa improvisada - Claro que não. No momento ele quer ficar.
Alec suspirou, aliviado.
- Mas, caçador - Ragnor continuou - Não se esqueça de que Magnus sempre foi um espírito livre.
Alec permaneceu em silêncio.
- Quando eu digo que ele está ligado à Casa - Ragnor continuou - Obviamente não estou falando da Marca que o manteve como escravo aqui. A alma dele está ligada à sua. Por enquanto.
- Por enquanto? - Alec inquiriu.
- Um dia você vai morrer - Ragnor disse, sem rodeios - e Magnus viverá, por muitos e muitos anos. Centenas de anos. Em 2020 ele estará vivo. Se tudo der certo.
Alec se remexeu inquieto. A imortalidade de Magnus ainda era algo obscuro para ele. O fato de que Magnus não envelhecia, também. Um dia ele seria um senhor idoso, e Magnus continuaria assim, na flor da idade. Um dia ele morreria, e Magnus continuaria a viver, conheceria outras pessoas e teria outros amores. Ele engoliu em seco.
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Servidão e Liberdade || Malec
Fanfiction"... Então, Irmão Jesseh circulou suas mãos com a Marca, um nó fixo e inquebrável, que ardeu em todos os poros do corpo de Gideon. Queimava como o inferno, e ele lutou para ficar em pé. Sentiu-se desequilibrar entretanto, quando Bane caiu para a fre...