Prólogo

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Um pouco trêmula aproximo-me do homem parado em minha frente e no mesmo momento seu cheiro já tão característico invade minhas narinas, com calma espalmo as palmas de minhas mãos em seu peitoral e logo em seguida guio meu olhar para seu rosto encapuzado.

Meu coração bate rapidamente no peito alertando-me que se eu não me acalmasse, teria uma crise de asma e neste momento, eu não posso permitir que isso aconteça.

Tentando manter-me calma encosto meu rosto em seu peito e no mesmo momento, ouço as batidas fortes do coração do homem que vem povoando meus pensamentos a muito tempo. Um pouco hesitante sinto o mesmo erguer suas mãos, que logo tocam minhas costas, quando em fim o mesmo abraçou-me verdadeiramente, pude ter certeza que minhas teorias estavam certas.

Arrisco-me a dizer que sei exatamente quem você é.
— É mesmo?— Diz forçando a voz como sempre fazia, para dificultar seu reconhecimento.
Sim, não precisa fingir para mim Lírio, eu conheço este perfume, conheço esse toque, conheço essas carícias.
Não afirme nada sem ter certeza querida.
Meu coração grita essa afirmação dês do momento em que te vi.— Afasto-me devagar do mesmo e em seguida olho em seus olhos novamente, as orbes castanhas esverdeadas já tão conhecidas por mim brilham intensamente.— Confia em mim, você já tem provas mais do que o suficiente para saber que eu nunca irei o prejudicar, só deixe-me constatar o que meu coração já sabe, mas minha mente se nega acreditar.
Oh mi gordita.( Ah minha gordinha.)

Respirando profundamente levo minhas mãos a sua face e devagar vou puxando sua máscara para cima, e aos poucos seus lábios e sua barba por fazer vão sendo revelados, e logo em seguida o restante de sua face. Assim que retiro sua máscara por completo pude finalmente soltar o ar que estava preso em meus pulmões, analisando a mesma deixo um sorriso escapar de meus lábios ao constatar o que meu coração sempre soube.

Lírio De PrataOnde histórias criam vida. Descubra agora