Mariana.
• Infinity - Jaymes Young •
18:30h
Fecho a viseira de meu capacete, ajeito minha postura e logo ligo a moto e em seguida acelero, calmamente atravesso o pátio da empresa e sigo rumo a saída, já próxima o segurança olha-me acena com a cabeça e logo abre o portão, agradeço com um aceno de volta e saio com a moto sem demora, em pouco tempo pego a pista e em questão de minutos estou livre para acelerar mais, Suspiro assim que sinto o vento gelado bater em meus ombros dando-me assim mais impulso para seguir com um pouco mais de velocidade, desviando de alguns veículos passo pela ponte que liga o centro da cidade até a parte mais distante do centro, passo com rapidez pelo percurso e em menos de trinta minutos estou a duas quadras de minha casa, paro apenas quando o sinal fecha, este foi o tempo que tive para ajeitar a coluna e olhar para o lado, imediatamente vejo o ponto de ônibus que até uns meses atrás eu tomava ônibus para ir ao curso ou ir trabalhar, imediatamente lembro-me do dia em que parada ali esperando o ônibus eu vislumbrei um motociclista parado bem aqui onde estou agora exatamente na mesma posição, sorrindo volto a ajeitar minha postura enquanto espero o sinal abrir.
" Estou conseguindo vó."
Penso enquanto acelero novamente assim que o sinal abre, sorrindo prossigo o curto caminho e perto já dá minha casa consigo ver o grupo de amigos de Douglas andarem alegremente pela rua, contudo todos param e movem o pescoço acompanhando enquanto eu passo, com um sorriso no canto dos lábios acelero mais a moto e em poucos segundos chego no portão de casa, ainda sorrindo puxo o controle de dentro do bolso aperto o botão e abro o portão, não fazia muito tempo que havíamos trocado o portão por tanto ao o apertar e ver o portão abrir é sempre satisfatório, com ele aberto o suficiente eu sigo para dentro da garagem e já dentro dela fecho novamente o portão, depois desligo a moto tiro a chave da ignição, tiro o capacete e pulo para fora da moto, minutos depois solto meu cabelo e ajeito meus óculos no rosto, suspirando desço da moto e retiro minha mochila dos ombros, cansada mas feliz limpo minhas botas no tapete de entrada e logo depois abro a porta da sala e adentro em casa, imediatamente o cheiro de comida adentra minhas narinas fazendo assim com que meu estômago reclame de fome, apressadamente coloco o capacete da moto em cima do balcão de entrada e logo depois vou em direção a cozinha, assim que chego encontro minha mãe em frente ao fogão terminando de preparar a janta.
— Oi mãe.— Vou em sua direção e já próxima beijo sua bochecha.
— Oi filha, como foi o dia?
— Puxado e cansativo mãe, mas deu tudo certo.
— Que ótimo filha, vai levar as mãos e vem jantar.
— Tá certo, a propósito e o Matheus?
— Chegou, ele saiu mais cedo do trabalho e veio direto para casa.
— Entendi, bom vou ir lavar as mãos.
— Está bem.
Respirando novamente o aroma da comida que está no fogo, deixo um sorriso escapar e sem demora sigo de volta para sala passo por ela e sigo em direção ao corredor, o som de minhas botas batem sobre o piso enquanto vou me aproximando de meu quarto e quando finalmente chego abro minha porta, coloco minha mochila no canto da parede e depois viro-me e acendo a luz, imediatamente dou de cara com meu reflexo no espelho pendurado na parede ao lado da porta, analiso com atenção minha aparência. Fisicamente não mudei absolutamente nada entretanto minha forma de me vestir mudou, meu cabelo agora um pouco mais curto com algumas luzes e escovado deu um ar mais jovial a minha face, minha roupa antes larga e sem graça fora substituída por roupas que valorizam mais meu corpo, obviamente que minhas favoritas são minhas roupas de motociclista como está que estou usando, uma calça preta estilo Legging, uma blusa preta com um simples decote com uma jaqueta preta de couro por cima, as botas de motociclista e meus característicos óculos de armação preta, não troquei totalmente os all stars, ainda mantenho meu tênis antigo e algumas poucas blusas moletom; feliz com o que vejo no espelho sorrio e mordo sutilmente os lábios, tenho que agradecer muito a Jéssica pelo constante incentivo para mudar.
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Lírio De Prata
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