Capítulo 7

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            Notas da autora:
Olá amores e amoras, perdão o sumiço, esse segundo cap atrasou pois hoje foi correria por causa do casamento de minha prima, entretanto cá estou eu com mais um capítulo e esse eu confesso que deixei várias lágrimas rolarem, contudo espero de coração que gostem pois ele é uma despedida a minha vozinha, não tive a oportunidade de me despedir pessoalmente dela, mas através deste cap eu o farei, por tanto espero que gostem, um beijão enorme e até sábado.
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“Eu te amo, vovó
Vou pedir pra Jesus
Não deixar o tempo passar
Só pra em teus braços
Eu me aconchegar."
  — Canção para vovó – Cristina Mel

Mariana

  Ando pelos corredores do hospital onde vovó foi transferida a dois dias, e confesso que ainda estou perdida no ambiente, afinal é um local extremamente grande e cheio de salas e quartos, porém não demoro a situar-me e a encontrar um posto de enfermagem, com paciência e cautela aproximo-me do balcão e chamo uma das técnicas que logo vem atender-me.

— Sim?
— Boa tarde, sou a neta da Nona Stone e vou ser a acompanhante dela hoje.
— Ah sim, suas documentações e por favor acompanhe-me.
 
  Rapidamente lhe entrego meus documentos e assim que tudo está resolvido, a técnica sai de trás do balcão, dando um claro sinal com a cabeça para que eu a siga, sem demorar eu a sigo pelo enorme corredor que aparentemente fica os alojamentos privados, acho estranho afinal nem sempre o SUS fornece alojamentos privados, porém continuo seguindo a técnica e depois de mais alguns minutos nós finalmente paramos em frente a uma porta.

— Aqui senhorita você precisa de uma máscara de proteção e se possível use sempre álcool antisséptico 70%, temos que manter um ambiente limpo, tanto para sua segurança quanto para a segurança de sua avó.
— Está bem.
— Perfeito, coloque a máscara por favor.— Sem titubear coloco a máscara e em seguida, ajeito a mesma em minha face.
— Prontinho.
— Ah além disso se possível evite ficar muito próxima dela, e como eu disse use o álcool 70% se possível, lá dentro do quarto tem um dispenser automático com álcool.
— Ok.
 
Após mais estás orientações a enfermeira abre a porta e logo me dá passagem, para adentrar o ambiente, e assim que entro no quarto rapidamente vejo minha vó deitada a cama com um máscara de oxigênio presa em sua face.

— Se precisar de algo ou ocorrer algum imprevisto, é só tocar a campainha do lado do leito.
— Está bem, obrigada.
— Por nada.

  Assim que a porta é fechada analiso todo o ambiente e constato que realmente minha vozinha está na área privada do hospital, com quartos separados para cada paciente. Ainda intrigada balanço a cabeça e decido que por hora é melhor manter-me em silêncio, e em um momento mais adequado questionar minha mãe, afinal preciso saber como nós iremos arcar com as despesas do setor privado do hospital.

Deixando isso momentaneamente de lado paro ao lado do dispenser de álcool e em seguida coloco minha mão embaixo dele, e em menos de dois segundos dois jatos de álcool são espirrados em minhas mãos, as esfrego muito bem e logo depois aproximo-me do leito de minha avó e quebrando uma das orientações da técnica, levo minha mão até a testa da mesma, e em seguida deslizo para os seus cabelos e os acaricio, e logo depois depósito um beijo em sua testa sem retirar a máscara, e no mesmo instante a isso Nona abre os olhos e fita-me atentamente.

— Benção vó.
— Deus te abençoe.— Diz a mesma de uma forma fraca, seguida de uma tosse.
— Como está se sentindo?
— Cansada e com dor no peito.
— Eu imaginei que sim, mas olha não se preocupa que logo a senhora vai ficar ótima.
— Deus te ouça minha filha.
— Tenho certeza que ele vai ouvir, agora adivinha o que eu trouxe.
— Os retalhos de pano para terminarmos a toalha?
— Também, mas além disso, eu trouxe o filme “auto da compadecida” versão estendida para assistirmos juntas, eu sei que a senhora adora esse filme, trouxe também seu vasinho de rosas e também a caixinha que a senhora me pediu.
— Ah corra minha filha coloque o vasinho de rosas perto da janela, as rosas precisam de luz.
— Não fique agitada vovó, se acalme que eu irei colocá-las bem perto da janela onde bate luz.
— Tá bem.

Lírio De PrataOnde histórias criam vida. Descubra agora