Lírio De Prata

Capítulo 47

Mariana

Dia seguinte.

Desço calmamente as escadas e logo de cara encontro Heloísa sentada ao sofá assistindo o noticiário, curiosa aproximo-me dela e ouço melhor a reportagem em si.

En la tarde de ayer falló la represa en Bogotá, y los empleados de la central hidroeléctrica Santa Luz fueron los encargados de investigar y evaluar las supuestas causas que llevaron a la falla de la represa. El director general de la central hidroeléctrica dijo que hasta el momento ni siquiera hay una conclusión sobre lo que realmente sucedió.
( Na tarde de ontem, a barragem de Bogotá se rompeu, e os funcionários da hidrelétrica de Santa Luz ficaram encarregados de investigar e avaliar as supostas causas que levaram ao rompimento da barragem. O diretor geral da hidrelétrica disse que até o momento não há sequer uma conclusão sobre o que realmente aconteceu.)

Con el derrumbe de la represa, unas 240 familias vieron inundadas sus casas por el agua que se mezcló con la tierra en las zonas sin pavimentar de la ciudad, el agua y el lodo destruyeron la mayoría de las casas sencillas y el resto sigue inundado. Según información del hospital resultaron lesionados 30 adultos, hombres y mujeres, en este mismo ambiente fueron evaluados 8 niños quienes también resultaron lesionados por el impacto de objetos que los golpearon, estos objetos fueron arrastrados por el agua.
( Com o rompimento da barragem, cerca de 240 famílias viram suas casas inundadas pela água que se misturou com a terra nas áreas não pavimentadas da cidade, a água e a lama destruíram a maior parte das casas simples e o restante ainda está inundado. Segundo informações do hospital, 30 adultos, homens e mulheres, ficaram feridos, neste mesmo ambiente foram avaliadas 8 crianças que também foram feridas pelo impacto de objetos que as atingiram, esses objetos foram arrastados pela água.)

Apesar do espanhol péssimo entendo o conteúdo da reportagem e suspiro alto, pessoas foram feridas e crianças também, imediatamente a imagem da pequena Cecília vem em minha mente, ela poderia ter morrido afogada no meio de toda aquela lama, graças a Oliver ela sobreviveu e ficará bem.

— O que faz aí parada garota? — Imediatamente desvio minha mente de meus devaneios e olho para Heloísa, que já está em pé e fala comigo em um tom rude e soberbo.
— Desci agora, apenas estava vendo o noticiário.
— Seu quarto tem televisão, se quisesse ver o noticiário que o visse por lá.
— Não quis incomodar.
— Mas incomodou, da próxima vez fique por lá.— Heloísa vira-se com a intenção de sair do recinto, porém para assim que eu deixo um surro escapar de meus lábios.
— Víbora.— No mesmo momento coloco as mãos sobre a boca e arregalo os olhos, a mulher virá em minha direção e com uma expressão demoníaca vem até mim com passas lentos.
— O que disse gorda imunda?
— Não disse nada.— Retiro as mãos da boca e a encaro firmemente.
— Ouça bem garota, você não é nada aqui, eu mando nesta casa e da próxima vez que algo deste tipo sair de sua boca nojenta eu não medirei esforços para lhe botar para fora e arruinar com sua vida e a de sua família.
— Pretendo então destruir a si mesma, seu marido e seus filhos? — A questiono enquanto ergo uma sobrancelha.
— Ouça... você jamais será uma Stone Mariana, nem você, nem seu irmão e muito menos a mamute que vocês chamam de mãe.— No mesmo momento sinto meu sangue ferver nas veias, sem pudor algum aproximo-me mais de Heloísa e levo meu dedo até sua face.
— Ouça bem você sua bruxa velha, quer me ofender tudo bem, mas nunca na sua miserável vida ofenda minha mãe e meu irmão, você não sabe do que sou capaz para defende-los.— A mulher logo explode em uma gargalhada e em seguida cruza os braços.
— Você não tem a onde cair morta garota, acha mesmo que pode fazer algo comigo para defender esses bastardos que acham que são da minha família?
— Não fala assim deles.— Sussurro enquanto travo minha mandíbula.— Não sei se já percebeu Heloísa mas a única bastarda aqui é você, até onde sei vovó pariu apenas meu tio e minha mãe, sou neta legítima dela e do vovô, agora você é só a mulher repulsiva e insignificante que meu tio infelizmente casou, então sugiro que não me subestime pois você não me conhece.— Imediatamente a vejo perder um pouco de sua postura e logo ela descruza os braços.
— Você não me assusta gorda nojenta.
— Ah não? — Debocho enquanto imito sua pose e cruzo os braços, trincado a mandíbula de ódio ela afastar-se de mim e vira-se novamente.
— Fique longe de mim e do meu filho garota ou pode ter certeza que você terá uma dose cavalar da minha fúria.