Enquanto acelerava a moto, uma ideia passou pela cabeça de Benjamin. Ir até uma pessoa muito querida por ele, Nana, que foi governanta de sua mãe e sua babá desde que nasceu. Depois que sua mãe foi embora, o pai cortou todos os laços que tinham construído e Nana foi obrigada a se afastar, a verdade é que Benjamin sempre a visitava. Nunca se manteve afastado. Principalmente quando a mãe morreu, então, se agarrou ainda mais à senhora que transformara-se em seu refúgio. Seu pai nunca descobriu.
Ela morava num bairro humilde da cidade, nunca aceitava ajuda financeira de Benjamin, então, ele se propôs a pagar pelo menos um bom plano de saúde, a fim de que ela pudesse ter um atendimento médico adequado caso necessitasse em algum momento de dificuldade na saúde. Retribuição mínima por anos de cuidado e zelo. Ela era especial, tinha um dom que Benjamin sabia que poderia lhe ajudar a encontrar Emmy. Então, acelerou até aquela parte da cidade sem se incomodar com o horário, era uma questão de emergência, ele sabia que Nana entenderia.
Estacionou a moto na rua, em frente a uma casa modesta e correu até lá. Chegou à porta e apertou a campainha e aguardou. A porta se abriu com um baque e uma senhora de cabelos grisalhos surgiu lhe sorrindo.
— Benjamin, sabia que viria. Entre, meu filho! — Ben sorriu para a senhora e pegou sua mão e plantou um beijo ali.
—Nana, me desculpe o horário. Não viria se não fosse importante. — A senhora o olhou fixamente e novamente sorriu.
— Está diferente, Ben, mais maduro. Está amando, não é? Enfim aconteceu. — Benjamin não soube o que dizer. Nana o conhecia muito bem.
— Sim, aconteceu. Ela é linda, Nana, e estou desesperado. — A senhora franziu a testa, agora, demonstrando preocupação. Foi andando em direção à pequena cozinha, Benjamin a acompanhou.
— Sente-se aí. Vou preparar um chá para você. — Se virou de costas para ele e vasculhou o armário pegando a chaleira e a enchendo com água e pondo para ferver.
— Não tenho tempo, Nana. — Ela o olhou desconcertada, Benjamin nunca tinha rejeitado um de seus chás, mas ele estava precisando daquele em específico, se era isso o que ele pretendia mesmo fazer.
— Meu filho, o que quer que seja que tenha em mente para executar, faça! Mas se prepare primeiro, pois, será arriscado e terá consequências. Preparo a mistura em cinco minutos, pode esperar esse tempo? — Ele não negaria, viu em seus olhos que ela já sabia de tudo. Claro que sabia! Nana sempre se adiantava, previa o futuro. Então, Benjamin respirou fundo e tentou se acalmar. Esperando o que ela iria dizer. Nana não falava claramente, era subjetiva e suas palavras demandavam atenção, e seus chás, continham exatamente a combinação perfeita de ervas para o que o visitante precisava para executar seus planos.
Observou a senhora pegar a chaleira que apitou indicando a água fervente e acrescentou algumas ervas dentro, ainda com água borbulhante. Depositou outras dentro da xícara que iria servir. Assim, o cheiro de ervas inundou o ambiente, exalando um cheiro forte, apimentado. Nana colocou um pouco da mistura na xícara onde continha as outras ervas e o cheiro apimentado tornou-se agradável. Era incrível como ela conseguia.
A senhora colocou uma colher de mel e então serviu Benjamin, que prontamente pegou a xícara e sentiu um sabor levemente picante de folhas e sementes. O líquido lhe desceu à garganta confortável, parecia acalmar a tempestade dentro dele, controlando a fera indomável prestes a emergir de seu interior. Áries estava agitado, sentia dentro de si. Mas a cada gole na bebida, fazia-o ficar mais e mais controlado. A senhora só o olhava com um sorriso meigo nos lábios de onde percebiam-se as linhas de expressão repuxadas nos cantos causadas pelo tempo.
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🔞 Áries Insaciável- Zodíaco CONCLUÍDO
Science FictionEmmy Allen está prestes a descobrir o que realmente significa ter sua vida virada de cabeça para baixo. Com seus objetivos universitários claros, ela é atraída pelo enigmático Benjamin Rodwell, o bad boy que tem todas as garotas a seus pés. Mas, qua...