Capítulo 36

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Depois de conversarem sobre os seus sentimentos, Benjamin e Logan revisaram os planos. Eles estavam certos de estarem indo para uma armadilha.

O lugar era um galpão abandonado no meio do nada. No ponto. Uma emboscada com certeza.

— Logan, fique atento.

— Isso é ridículo. Viemos sabendo se tratar de uma armadilha. Estamos preparados. — Logan disse confiante.

Chegando perto não viram movimento algum. Tudo fechado e escuro. Era como estar diante de um filme de ação daqueles em que você sabe o que se dará em seguida.

— O jeito é entrar pela janela. — Logan disse.

— Não precisa. Como disse, ele sabe que estamos aqui. Eu também posso senti-lo. — Acabando de dizer isso, Benjamin puxou as correntes presas por um cadeado e as arrebentou facilmente fazendo barulho.

— Precisava anunciar nossa chegada? Podíamos ter entrado triunfantes pela janela. — Eles sorriram. Logan era dramático e adorava estar no centro das atenções como o bom leonino que era. Entraram no galpão escuro e andaram devagar e sem fazer movimentos bruscos, eles estavam sendo observados, podiam sentir. Haviam pelo menos uns cinco reivindicados e um deles era fundido. Era o esperado.

— Mas cadê toda a ação? — Logan perguntou. Após dizer essas palavras a porta bateu atrás deles se fechando. Deixando-os na total escuridão.

— Você tinha mesmo que perguntar. — Ouviram um barulho de máquinas sendo ligadas e então a luz central se acendeu, os deixando totalmente à vista, enquanto as laterais permaneciam na penumbra. Ficaram expostos e vulneráveis. Uma figura aterrissou diante deles mais a frente se revelando a eles. O geminiano. O homem era alto e magro. Cabelos castanhos e lisos, chegavam até o ombro.

— Ora, ora, ora.... Finalmente, Benjamin Rodwell. — Ben o analisava quieto. Observou o movimento ao redor, estavam cercados. Dois nas laterais e dois atrás.

— Quem é você? Por que armou isso tudo para nos atrair até aqui?

— Ah, Benjamin. Há muito o que ser dito.

— Então comece de uma vez. Não tenho esse tempo todo. E diga aos seus amigos para darem as caras. Sei que estão aqui. — Os olhos do geminiano brilharam e seu rosto era de total surpresa.

— Então era verdade. Você está mesmo fundido a Áries. Impressionante como está tão consciente. Às vezes eu mal aguento Gêmeos. Sabe o que quero dizer. Sentimos e sofremos as mesmas coisas. Só que eles não entendem os sentimentos humanos. Melhor me apresentar, me chamo Frederick Black. ― Ben, ouviu Logan gargalhar ao seu lado. Frederick fechou a cara e o encarou com desagrado.

— Gostou do meu nome, Wolverine? — Logan cessou o riso e quis avançar no outro. Ben, pousou a mão em seu ombro e trocou um olhar de advertência. Logan respirava com dificuldade. Raiva plena emanava dele.

— Logan, fique calmo. Ele quer lhe provocar e você o atiçou primeiro.

— Ouça seu amigo, rei Leão. — Zombava o geminiano.

— Eu vou acabar com ele... — Logan disse sendo engolido pela aura vermelha e o Leão rugindo.

Acordei de um pesadelo horrível. Eram três da manhã. Estava ensopada de suor. Meus cabelos estavam grudados na testa e minhas mãos tremiam, meu estômago embrulhou pelas cenas que vi. Me levantei correndo para ir ao banheiro vomitar. Droga, Benjamin. Porque não ligou de novo? Não tinha como segurar as lágrimas que desciam sem querer, junto ao aperto no peito que parecia me sufocar. Precisava chegar ao meu aparelho celular e dizer para Benjamin sair daquele lugar, mas minhas pernas não obedeciam ao meu comando e o que estava em meu estômago lutava para sair novamente.

O mais terrível dos sonhos, a mais temível das visões. Depois do que pareceram horas expelindo o conteúdo causador do mal estar, consegui me arrastar até o quarto e achar o celular. Não importa o que Ben acharia. Eu tinha que ligar e saber que ele estava a salvo. Encontrei seu número discado e esperei o celular chamar. Fora de área. Liguei seguidas vezes e nada, o desespero crescendo em mim. Então decidi ligar para Logan. O celular finalmente chamou, mas ele não atendia. Que inferno! Ligaria até ele atender, não importa o que estivesse fazendo. Ele teria de me atender. Logan nunca deixava no silencioso porque não ouvia. Ele teria de estar escutando o toque do aparelho.

— Diz pro seu amigo atender a droga do telefone. Isso está me irritando. — Benjamin olhou para Logan que fingia indiferença ao som do telefone.

— Logan, atende a porra do telefone. — Então Logan tirou do bolso da calça e olhou no visor. O nome de Emmy estava estampado na tela. Ele então se virou para o amigo e lhe mostrou o número.

— É a sua namorada. Vai atendê-la? — Ben ficou confuso. Se Emmy estava ligando era porque algo estava acontecendo. Tinha de ser justamente agora que sua total atenção estava em Frederick.

— Atenda e veja o que se passa e depois me informe. — Logan se dirigiu até a entrada e abriu a porta e saiu para ter privacidade, já que as coisas lá dentro estavam seguindo tranquilas. Atendeu o telefone. Emmy estava com a voz estrangulada, chorava e falava tudo ao mesmo tempo.

— Vocês têm que sair daí agora é uma armadilha. Vão pegar vocês. Saiam agora. Ai meu Deus! Benjamin. Logan fala pra ele...

— Se acalme, Emmy. Sabemos que é uma armadilha, está tudo sob controle. Se acalme.

— Você não entendeu. Tem de sair agora — Logan abriu a boca para responder, mas ouviu um estrondo e sentiu ser lançado a vários metros de distância. O celular se perdendo em algum lugar. Sentiu seu corpo bater com força no chão e destroços lhe atingir e machucar em vários lugares do corpo. A dor o abraçou. Perguntava-se o que tinha acontecido. Com dificuldade sentiu um calor emanar do local e ele se deu conta do que houve. O galpão explodiu. Benjamin. Olhou assustado para o lugar, que estava no chão e as labaredas de fogo consumiam o que restava. Logan engoliu em seco se engasgando com a fumaça densa que cobria tudo ao redor e não pôde acreditar no que se passava diante dos seus olhos. Sentiu algo escorrer pela sua face, sangue. Havia algo preso na carne da sua coxa e outro no lado esquerdo do abdômen e a agonia tomou seus sentidos. Mas mesmo assim, custava acreditar que seu único amigo e irmão estava naquele galpão que agora eram cinzas e destroços. Seu coração se afundou e ele se levantou mesmo que a aflição o sufocasse, arrancou o pedaço de ferro que lhe atravessou a perna e o abdômen e entrou no meio daquela confusão. O ar estava quente e enfumaçado, ele não via nada direito, seus olhos ardiam, sua pele queimava. Gritou por Benjamin por longos e angustiantes minutos, vasculhando os escombros , mas não conseguiu achar nada. Benjamin se foi...

🔞 Áries Insaciável- Zodíaco CONCLUÍDO Onde histórias criam vida. Descubra agora