Emmy Allen está prestes a descobrir o que realmente significa ter sua vida virada de cabeça para baixo.
Com seus objetivos universitários claros, ela é atraída pelo enigmático Benjamin Rodwell, o bad boy que tem todas as garotas a seus pés.
Mas, qua...
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Ethan entrou na sala sendo conduzido por ela. A porta se fechou e a imagem se ofuscou, ficando cada vez mais distante, eu resistia em ficar, queria saber o que ele estava fazendo ali. Nana deveria saber que Benjamin e Ethan não se suportavam e mesmo assim ali estava ela cuidando dele. Com certeza Benjamin não sabia que ele estivera ali. Abri os olhos.
Ben me olhava fixo e sério, e eu estava em conflito, não sabia se a desmascarava agora ou não. Olhei para a senhora e ela me olhava tranquila, mas eu sabia de algum jeito que ela soube o que vi, mas permanecia calma e serena. Achava agora que ela era uma pessoa dissimulada e bem articulada. Me perguntava se Benjamin acreditaria em mim se eu dissesse o que vi. Mesmo assim seria um golpe duro demais para ele saber a verdade.
— Emmy, o que foi? Você está pálida. — Benjamin parecia preocupado, pegou meu rosto entre suas mãos. — Me diz o que aconteceu? Nana, que tipo de ervas deu a ela? — disse olhando para a senhora sentada de frente para nós, observando.
— Dei as ervas certas menino, não se preocupe. Acalmou Aquário, não vê? Agora ela será capaz de controlar a visão. A propósito, Emmy, além do passado você vê o presente ou o futuro? — Falou tranquilamente e tive a certeza de que ela sabia e pela sua expressão também entendia o que eu tinha visto e não se importava pela sua expressão doce e falsa.
— Eu não vi nada, me desculpe. Podemos ir, Benjamin? — Ele me olhou desconfiado, franzindo a testa.
— Vá, meu filho, provavelmente Emmy se sentiu cansada, não é fácil ter a visão. — Pensei em como ela podia ser tão hipócrita, continuava sorrindo docemente, e acolhendo o inimigo sob o mesmo teto que Benjamin. Se eu não tivesse visto o que vi, ela teria me convencido de ser uma boa mulher e que só queria o melhor para Ben. A cena me causava enjoo.
— Tchau, Nana, volto na semana que vem, provavelmente na quinta. — Se despediu dando um beijo na testa dela. A senhora acariciou seu rosto e retribuiu o carinho. Eu estava com nojo.
Assim que colocamos os pés para fora, me senti melhor com o ar me golpeando forte e gotas de chuva lavando o meu rosto. Nana estava traindo Benjamin. Eu não sabia se contava a ele ou não. Talvez não acreditasse em mim. Droga!!! Ele não acreditaria. Entrei no carro assim que ouvi Ben destravar as portas, ele deu a volta tomando seu lugar no banco do motorista e começou a dirigir enquanto eu olhava pela janela a paisagem lá fora. Desde que saímos daquele lugar eu não tinha dito uma palavra e sentia Benjamin tenso ao meu lado. Então parou bruscamente o carro no acostamento e me encarou, os olhos brilhando. Senti-me surpresa com a súbita atitude dele.
— Vai me contar que porra foi essa? — Falou baixo, sua voz se tornando rouca e sombria. Olhei fixo em seus olhos.
— Não houve nada! — Ele riu sem humor e depois travou o maxilar.
— Então porque está assim? Que merda de visão você teve, afinal?
— Já disse, não vi nada. — Cruzei os braços na defensiva. Eu não deveria estar agindo assim com Benjamin, só estava irritada por Nana tê-lo enganado desse jeito, ele não merecia. E ver como ele a amava me fazia sentir os piores sentimentos em relação a isso. Eu não diria nada a ele, eu não poderia. Benjamin perdeu a mãe muito cedo e ela era sua substituta, eu não poderia destruir a imagem de mulher perfeita que tinha de Nana, mas voltaria lá e confrontaria ela. Isso eu faria com certeza. E caso ela insistisse em enganá-lo eu diria a verdade a ele.
