Suspicious Love [Hiatus]

XV - Some things are meant to be

Entramos no quarto de Jasper.

Tive um vislumbre de alguns dias atrás, e junto, a percepção.

Não era o quarto de Jasper. Era nosso quarto. Sem saber a razão, Alice havia pedido que colocassem uma cama.

A imagem de Alice logo sumiu da minha cabeça, quando Jasper me deitou sobre a cama, se encaixando em cima de mim.

Ele parou de beijar meus lábios apenas para distribuir diversos beijos no meu rosto, desde minha testa até meu queixo.

— Acho que o dia que você bateu a cabeça, foi forte demais. — Ele caçoou, e eu senti seus dentes enquanto ele sorria contra meu rosto. — Não é todo dia que humanos brincam tão de perto com o perigo.

— Foi uma batida muito, muito forte. — Devolvi em meio a um arfar, e ele seguiu beijando minha face — Com certeza afetou meu juízo.

Ele riu, e então mordiscou a pele do meu pescoço, os dentes venenosos passando a apenas centímetros de rasgar minha pele.

O perigo parecia tão tentador para mim quanto para ele.

— Não vou destruir seu presente. — Ele arfou enquanto tirava meu suéter,e eu permiti. Queria aquilo.

Ele tocou na minha camiseta, e então senti minha pele ficando quente, e eu sabia que devia estar vermelha.

Ele percebeu minha timidez no mesmo momento, e parou, me olhando no fundo dos olhos. Suas íris eram líquidas.

— Você quer ajuda com isso?

Assenti.

— Só hoje, você tem minha permissão para manipular minhas emoções, major.

Eu sabia o que estava pedindo, e Jasper sabia que podia me oferecer isso.

Ele voltou a me beijar, desta vez mais devagar, e então uma nuvem de confiança tomou conta de mim. Não só aquilo. Jasper estava me fazendo sentir ainda mais desejo, me fez sentir que era capaz de derreter imersa nessa sensação. Era puro êxtase. Mal existiam palavras que definissem.

Ainda com as roupas geladas, senti o meio das minhas pernas esquentando.

— É apenas um pouco do que sinto. — Ele falou em meio ao beijo.

— Me de mais. — Eu não pedi. Estava exigindo.

Ele riu, mas me ofereceu o que eu queria.

Eu estava quase carbonizando.

Me virei na cama, sentando sobre ele. Não havia vergonha que me impedisse, muito menos insegurança.

Ele me desejava.

Ele queria aquilo tanto quanto eu.

As palavras se repetiam centenas de vezes na minha mente.

Tirei minha camiseta e a arremessei pelo quarto. Jasper fitou meu colo, e então ergueu seu tronco para me alcançar, as mãos firmes em minha coluna, enquanto traçava uma nova linha com os lábios, percorrendo o caminho de minhas clavículas até a alça do sutiã, no topo do meu seio.

As tiras do sutiã voaram pelo quarto.

— Ops. — Ele se desculpou, mas não parecia nem um pouco arrependido. Rimos juntos.

Seus olhos pareciam confusos. Vagavam indecisos entre meu rosto e meus seios. Eu sabia o que estava fazendo, tateando minhas emoções, buscando algum sinal de rejeição.

Rebati, mostrando que o que eu sentia passava longe de uma negativa, e avancei contra ele, puxando de forma desajeitada sua blusa de moletom, tentando arrancá-la. Ele me ajudou.