Fogo

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Episódio 1

Parte 4

A primeira reação de Maya ao ouvir a voz do Gonzales foi correr até o corredor e fechar a porta atrás dela, mas não sem antes sussurrar para os colegas. 

-- Dá um jeito nisso rápido!

Jasmin e Erick se olham rapidamente, sem reação, pensando no que iam fazer com a droga do corpo que voltou a parecer novamente Jorge, o bombeiro, mas agora com umas 4 facadas na cara.

-- Olá novamente, Sr. Gonzales, aonde você tava? -- Maya fala qualquer coisa para ele, no intuito de distraí-lo, o que já fez muito na vida.

-- Você me pediu para fazer uma pausa... Mas ouvi uns gritos vindo daqui eu fiquei preocupado, vocês estão bem? -- ele tenta avançar para o refeitório novamente mas Maya o impede ficando em sua frente. 

-- Estamos sim, eu só... Chutei uma quina sem querer, foi no dedinho, eu devo ter gritado muito alto, desculpa. 

-- Hãn, tudo bem... -- Ele parecia um pouco confuso, mas confiava no que ele dizia.

Jasmin pensa um pouco, era contra seu instinto se livrar das provas mas ela sabia que tinha que impedir que cada vez mais gente descobrisse sobre o paranormal. Eram ordens conflitantes em sua cabeça. Então foi a primeira coisa que veio em sua cabeça.

-- Pega as pernas e eu pego os braços -- fala para Erick, que concorda imediatamente e eles começam a mover o corpo, um pouco mais lentamente que queriam.

-- Lá fora eu estava pensando que podíamos discutir sobre o caso e...-- Gonzales fala para ela, tentando entrar novamente no refeitório mas Maya entra na frente da porta.

-- Deixa o caso para lá um segundo, você só pensa nisso... Vamos falar de outra coisa... -- ela mexe a mão pretendendo encostar no ombro de Gonzales  para empurra-lo um pouco longe da porta quando percebe que estava ainda com a estaca de madeira na mão. 

-- O que é isso?

Jasmin e Erick tentam sair pelo outro lado do refeitório carregando o pesado corpo em conjunto, tentando fazer o mínimo barulho possível, até que Erick solta uma perna sem querer, grunhindo de dor. 

-- Você tá bem? -- Jasmin sussurra. 

-- O meu braço... --- ele reclama e volta a sua mente o que eles estavam  fazendo. -- Eu vou ficar bem.

-- Pode piorar, quer que eu cuide disso?

-- Não da tempo. -- ele olha para blusa de Jasmin, agora manchada de sangue, e para cara dela que fazia uma careta incontrolavelmente -- Eu cuido de você depois também, deve ter algum tipo de lixeira lá fora, podemos esconder o corpo lá...

-- Mas eles vão achar depois... 

-- Então o que você sugere?

-- Ah isso? -- Maya aponta para estaca em sua mão -- Achei na cena do crime.

-- E por que pegou? E por que está cheio de sangue?

-- Deve ter sido isso que eles usaram para afundar os olhos do cara, você sabe... -- ela encenou uma cena afundando no chão como se estivesse atacando alguém.

-- A arma do crime? Boa Maya! Assim podemos pegar o culpado, pena que você pegou sem luvas e...

-- E eu contaminei a arma do crime... -- ela franziu a testa, levemente irritada por não pensar nisso na hora de inventar a desculpa e voltou ao estado normal. -- Olha, -- ela derruba a estaca no chão  -- Não foi isso, é...  -- ela pensa em uma desculpa.

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