Episódio 3
Parte 3
O endereço que o senhor Veríssimo deu era em um prédio comercial abandonado com um escritório na frente. Na verdade, o endereço ficava em uma ruela entre um prédio e outro. Uma lavanderia, a Lava-lava do Melindo.
Nesta pequena e velha lavanderia, com suas maquinas de lavar velhas e sujas, tinha no balcão um velhinho meio corcunda fazendo seu trabalho, organizando as coisas. Aos quatro passarem pela porta, e o velho levantar o olhar, reconheceram o quase imperceptível, Sr. Veríssimo.
Ao vê-los, ele muda a postura na hora:
-- Estava esperando por vocês. -- eles concordaram com a cabeça em um código.
Ele entra atrás de uma porta sem muitas palavras, num depósito pequeninho, onde tinha várias estantes e produtos de limpeza. Eram três estantes, duas ao lado e uma na frente. Ele tira um tapete e tem um alçapão que desce em uma escada, para um porão escuro. Ele era pequeno, tinha uma lâmpada fraca pendurada piscando deixando o ambiente escuro pouco iluminado. Ele era sujo e estava cheio de pó, mas duas caixas de metal numa parede pareciam estar limpas, ele vai em direção a ela e abre as duas.
-- Vocês tem todas as informações necessárias que eu disse? O necessário para fazer a limpeza?
-- Acho que o suficiente. -- Maya diz.
-- Teríamos mais se Maya não tivesse liberado o garoto.
-- Como assim?
-- Olha, Sr. Veríssimo...
-- Tinhamos custódia do garoto que assassinou a menina do vídeo, mas Maya fez um acordo com ele.
-- Ele nos deu respostas de como derrotar o monstro, Senhor, essa não era uma oportunidade que eu podia perder.
-- Então sabem chegar até o que está lá em baixo e como derrotar?
-- Sim, senhor.
-- Ele era um esoterrorista?
-- Estava envolvido com o caso, mas acredito que não seja um deles.
-- Então isso não é um problema da ordem.
-- Claro que é, ele é um sociopata maluco!
-- Tem 16 anos, eu já disse, ele não vai muito longe. Temos problemas maiores para lidar, Jasmin.
-- Srta. Conrado, deve-se separar o seu trabalho com policial da Ordem. Deve estabelecer prioridades. -- ela concorda forçadamente, claramente incomodada.
O Senhor Veríssimo então pega então um tecido de dentro da caixa e põe em cima do balcão. Mas o tecido não abaixa com a gravidade, é quando eles percebem que aquilo é na verdade um colete com um sobretudo por cima, ele fala:
-- Essa é a armadura que nós temos. É um colete tático de kevlar, para proteção física de vocês. É criada para uso pesado, tem placas dianteiras e traseiras e aguenta até nível 4 de balística. Ela protege até contra tiro de rifle.
Ele coloca três armaduras por cima da mesa. Eles olham surpresos para elas.
-- Isso seria ótimo se o fantasma atirasse. -- Jasmin resmunga, ainda de mau humor.
-- Jasmin. -- ele se vira, eles ouvem um barulho de metal batendo em metal -- Pelo registro das habilidades que adquiriu com a polícia e no nosso recrutamento. -- Ele puxa e coloca em cima das armaduras um fuzil -- Esse é um fuzil de assalto de ação a a gás, capacidade de munição para 20 tiros na carga descartável e alto poder de fogo. -- ela olha para ele com as sobrancelhas levantada e não fala mais nada.
-- E para você, Maya. -- ele se agaicha, vira e puxa, é ouvido o montar de alguma coisa e então ela é carregada. -- Essa é um Remington, modelo 882, uma espingarda com capacidade de munição para quatro tiros mais um na câmara, com alto poder de fogo.
-- Uma nova Cassandra! -- ela sorri animada batendo palminhas -- Nunca fui boa de luta corpo a corpo na verdade. Obrigada, Sr. Veríssimo
-- E pra você, Erick, se era um pouco como seu pai, e eu sei que é... -- ele ouve um barulho de espada, e vê uma grande lâmina que reluzia na lâmpada e coloca em cima da armadura, uma espada longa. -- As criaturas paranormais não são biologicamente como nós somos, são feitos de um material extremamente suscetível a corte. Seu pai, foi o primeiro da Ordem a usar uma dessas, e faz sentido você usar também.
-- Meu pai era um membro da... -- ele para, não tinha palavras. Então ele reverência o Senhor Veríssimo. -- Muito obrigado, prometo usa-la com sabedoria.
-- Ok... Acho que eu não vou ganhar nada. -- Eduardo diz dando de ombros. -- Tudo bem, eu vingo a minha filha com minhas próprias mãos.
-- Desculpa, a ordem não é mais como ela costumava ser. Infelizmente nós só temos equipamento pra equipe de vocês, os 3 membros da ordem.
-- Eu entendo.
-- Matt, não pode ser tão poderosa mas... -- ela lhe da a arma que pegou do esoterrorista no chão -- Pode ficar com a Vivian.
-- Deu um nome para essa arma também? -- Maya deu de ombros. Eduardo pega a arma agradecido
-- Só espero que saiba atirar.
-- Vocês disseram que deixaram um menino escapar?
-- Nós não, a Maya.
-- Ele não estava agindo normalmente, Senhor. Acho que o que ele viu dentro do bunker o afetou, apesar de não demonstrar, mas não acredito que ele seja um perigo eminente. Se a Ordem tiver que lidar com ele depois... Não acho que seria preciso mas... Eu posso fazer isso. -- Maya diz, ela volta a seriedade -- O que me lembra uma coisa, precisamos botar fogo no corpo da menina no bunker.
-- Vocês podem levar uns galões de gasolina.
-- Isso me parece efetivo -- Erick comenta.
-- O que eu pude dar foram os equipamentos, devem ser o suficiente para fazerem a limpeza.
-- E falando em limpeza, tem corpos de dois esoteroristas nesse endereço -- Jasmin o entrega.
-- Vocês os mataram?
-- Olha, foi legítima defesa...
-- É, Eduardo seu nome, né? -- ele olha para o homem analisando uma pequena pistola -- Você parece ter uma boa alma, está interessado em lutar contra esse tipo de coisa mais pra frente?
-- Se eu conseguir vingar a minha filha. Não veria problema nisso.
-- Toda ajuda que a ordem puder ter agora...Vocês confiam nele?
-- Olha... -- Maya começa.
-- Sr. Veríssimo, ele teve a memória apagada, acreditamos que ele tenha traído os esoterroristas ou algo assim. Ele fazia parte deles, Senhor.
-- Olha, se eu fazia, eu não me lembro. Mas olha onde eu estou agora? Não sei se você se lembra ou se não repeti várias vezes, Jasmin, mas eles pegaram a minha filha. Se um dia eu já me aliei, eu não me aliaria a eles de novo, e disso eu prometo.
-- Não é a primeira vez que um ex-esoterrorista lida com a verdade do que eles tanto tentam criar, e se tornam um de nós. E também ele não é a única pessoa aqui nessa sala que fez algo que se arrepende. -- ele se vira para Maya que engole em seco -- Eu acredito que há bondade em seu coração, Eduardo, eu acredito que pode se você se tornar um de nós, mas antes, lidem com a situação que vocês criaram e vou mandar uma equipe de limpeza para esse endereço, e da próxima vez não usem o método esoterrorista para lidar com eles mesmos, não assassinem a primeira alternativa. Quanto mais mortes a gente causar, mais a gente enfraquece a membrana. -- ele diz -- Por favor levem os equipamentos necessários e nunca mais voltem a esse local.
*Atualizado:16/5/2024*
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A Ordem Paranormal (Minha Versão)
RandomJasmin Conrado, Maya Monteiro e Erick Durant, o que eles tem em comum? Bom, talvez investigarem um envolvimento paranormal na Escola Nostradamus. ... Esta fanfic conta como seria a história do RPG do Cellbit a Ordem Paranormal na minha versão dos f...