O'Sake - Vmin

Só agora...

— Uff... — Jimin suspirou cansado assim que voltaram pro quarto. "Eu sou do tipo que gosta de beber com os amigos...uns quatro ou cinco, à meia luz num barzinho... não num salão gigantesco cheio de gente importante."— Ainda bem que por hoje acabou, né, Taetae?

— Mh.

— Vai continuar dizendo "Hm" pra mim? — Tirou a túnica de cima, se virando pra ver o familiar, já de costas pra ele, passando pro outro lado da divisória. — Taehyung! — Alcançou seu braço e segurou firme.

— O quê?

— Olha pra mim. — Disse, usando a autoridade sobre familiar: não queria recorrer àquilo, mas foi o único jeito de fazer a raposa virar e mostrar-lhe os belos olhos cinza. — Isso, assim... eu preciso te dizer uma coisa. — Pegou uma mecha de cabelos brancos, levando-as nos dedos aos lábios. — Obrigado.

— Uhm. — Taehyung desviou o olhar, enrubescido. — Se não quer que eu te toque, não deveria flertar comigo. — Resmungou, mas Jimin apenas riu.

— Ah, Taehyung... você é um espírito cuja força todos cobiçam... — Continuou lhe beijando os cabelos, brincando com a mecha entre os dedos e lábios. — Um demônio temido, além de um cavalheiro gentil, um artesão habilidoso e servo assíduo... — Chegou ainda mais perto: a mão ainda no seu braço escorregando até seu pulso. — Perfeito desse jeito, me diz... como eu paro de flertar contigo? Mh! — O impulso foi mais forte que ele: pegou Jimin pela cintura, apertando-lhe os cabelos da nuca para poder inclinar seu rosto e o calar num beijo. — Uhm.

— Huh... — Passou a língua entre os lábios grossos nos seus, ávido por mais contato: tinha ficado em abstinência daquela boca por eras, ainda assim trinta e três dias foi uma tortura. Não tinha se esquecido do quanto Jimin podia ser insensível às vezes, mas não tocar nele? Ele não tinha um coração, por acaso? Olha em que estado ele o tinha deixado! — Mh...

— Hm!... — Jimin passou os braços pelos ombros do mais alto, sentindo as costas inclinarem quanto mais tocava seu céu da boca com a ponta da língua: até o fazia desacreditar daquela história de que já o tinha conhecido antes, esfregando os lábios nos seus desesperado daquele jeito. — Mh! — Tomou o comando do beijo, a título de recompensa, se demorando em cada um dos cantos da boca sensível até que os lábios se separassem naturalmente de tão escorregadios. — Ha..seu beijo é bom... — Quase tropeçou pra trás ao que o mais alto caminhou pra frente. — Né... eu quero mais... — caiu deitado na cama quando as pernas tocaram na borda: Taehyung por cima dele. — ...mas não só na minha boca- Ah! — Ele puxou os tecidos finos das suas vestes, chupando perto da sua jugular com força. — Você quer deixar uma marca aí, mh? — Respirou profundamente: todo seu corpo já quente com tão pouco. — Pra provar que eu sou seu? Todo seu, e que só você pode tocar em mim?

— Me manda parar... como você fez antes. — Pediu, sôfrego. Sabia o que viria a partir dali, que sob seus lábios estava um Jimin inescrupuloso que despejaria sem piedade uma miríade de obscenidades nos seus ouvidos, e mesmo consciente disso duvidava sobre ser forte o suficiente pra suportar. — Se você não quer isso...então...

— Quem disse que eu não quero? — Dobrou as pernas em torno da sua cintura, pressionando-a nas coxas fartas. — Eu quero você em mim, Taehyung... — Abraço-lhe o pescoço, piscando pra ele os olhos estreitos graciosamente; tão terno, mas tão vil... — ...quero que você não pare até estar satisfeito e eu feito em pedaços.

Seu canino afiado tirou sangue do seu lábio de baixo quando o mordeu nervosamente; Jimin esboçou um sorriso, mais lascivo impossível, erguendo a cabeça pra lamber a ferida.

— Por que você é assim...hm... tão indeciso?... — Jimin beijáva-lhe entre uma palavra e outra, brincando com ele, como se o que tivesse a dizer não fosse mais importante que continuar o provocando. — ...me fazendo correr atrás do rabo que nem um idiota.