Inevitável

Ventiuno

Por volta das onze da noite o lounge ganhou características de festa, a música que antes não passava de um som ambiente agora estava alta. Nós fomos para a pista dançar enquanto bebíamos e ríamos muito. Logo percebemos que lá perto estava uma apresentadora desses canais de fofocas, também curtindo. Por mais que a tal apresentadora não estivesse a trabalho, e sim aproveitando a noite como nós duas estávamos, acabamos ficando um pouco tensas com a possibilidade de sairmos em alguma nota comentada em seu programa sensacionalista.

- Que droga! – murmurou – Acabo de saber que minha amiga está em um relacionamento aberto e antes que a gente consiga ir atrás de uns gatinhos para beijar, descobrimos que tem fofoqueira aqui.

Dei uma risada ao ouvir aquilo.

- Espera! Vou dar um jeito da gente aproveitar essa noite sem precisar se preocupar. – disse pegando seu celular e trocando algumas mensagens com alguém.

- Estou com medo de qual furada você vai nos meter, mas estou animadíssima! – fazer o que, ela tinha mesmo razão, era impossível deixar a Maria adormecida quando a Carmen estava junto.

- Não disse. Pronto!!! – dava pulinhos animada, balançando o celular quase no meu rosto – Consegui uma festinha VIP para irmos. Guillermo está dando uma festa na casa dele, convidou apenas algumas pessoas e disse que podemos esticar pra lá. – Deu uma risada e prosseguiu – Eu disse que a Carmen queria muito aparecer, mas que tinha que ser em ambiente seguro. Ele disse que lá é o lugar certo, convidou só gente de confiança, tem muita bebida e ninguém está podendo entrar com o celular ou câmera.

- Amei! – bati palminhas.

Pagamos a conta do que havíamos consumido no lounge e pedimos um carro por aplicativo. Estávamos super animadas com a possibilidade de podermos curtir uma festa sem nos preocuparmos em dar vexame. Eu conhecia o Guillermo da época do RBD, mas nunca tive muito contato com ele, já Anahí seguiu mantendo-o em sua equipe de trabalho. Na época da banda cheguei a ir em algumas dessas festas que ele dava, realmente, ele sabia como animar uma noite. Ele convidava sempre poucas pessoas, e para segurança de todo mundo, contratava uma pessoa para ficar na porta da sua casa recolhendo nossos celulares e guardando em segurança. Era como um guarda volume de eletrônicos. Ninguém se importava de não poder entrar com o celular, todo mundo possuía a mesma energia caótica de querer extravasar sem se preocupar que algo pudesse vazar.

Dessa vez não foi diferente, ao chegar demos nossos nomes e nos pediram nossos celulares. Desligamos os mesmos e entregamos, eles foram adesivados com nossos nomes e lacrados em uma sacolinha, depois a moça responsável nos mostrou onde estavam sendo guardados. Feito todo esse protocolo, finalmente entramos na festa.

Havia cerca de trinta pessoas, a maioria parecia já estar bêbada. Alguns fumavam, outros dançavam, todos estavam bastante à vontade. Troquei um olhar com a Anahí, sabia que ela estava pensando exatamente o mesmo que eu: Aquela noite deixaríamos que Carmen e María aproveitassem.

- ANY, DUL! – uma voz masculina veio em nossa direção

- Guillermo – cumprimentei com um beijo no rosto e vi que Anahí fez o mesmo.

- Sejam bem vindas! Escolham suas bebidas e fiquem à vontade – disse estendendo os braços mostrando todo o espaço onde estava acontecendo a festa.

Agradecemos e o convite e fomos até o bar onde pedimos uma dose de tequila para cada uma. Brindamos e viramos. Pedimos a segunda dose e fizemos o mesmo. Depois pegamos um drink cada uma, e seguimos para a pista de dança onde estavam algumas pessoas. Estávamos alteradas, dessa vez não nos importamos, todo mundo ali estava no mesmo barco.

Olhei ao redor e vi muitos rostos conhecidos, a maioria das pessoas que estavam presentes eram atores ou cantores. Olhei para Anahí e percebi que naquele momento já não era mais ela e sim a Carmen que não conseguia controlar a risada e dançava de forma muito frenética com o copo na mão. Provavelmente eu estaria igual.

Alguém se aproximou de nós, antes que eu me virasse para ver quem era, ouvi nos cumprimentando:

- Any, Dul, quanto tempo!

Ao me virar, vi que era o Eddy Vilard, ele havia trabalhado conosco em Rebelde.

- Oi Eddy! - Disse sorrindo

- Eddy, querido! Você confundiu, me chamo Carmen! – começou a rir.

Olhei aquela cena e comecei a rir junto.

DUL: - Anahí já está loooouca!

ANY: - É CARMEN! – disse alto

DUL: - Carmen já está louca. – falei me divertindo.

EDDY: - Carmen! - sorriu - Na verdade, parece que vocês duas já estão né, dona María? – debochou.

ANY: - Boa Eddyzinho! Vem, dança com a gente. – Pediu fazendo bico

EDDY: - Estava lá fora com o Diego Boneta e com o Rodrigo Nehme enquanto eles fumavam, vou só avisar para os caras que vocês estão aqui e chama-los. Aproveito pra trazer mais bebida.

Olhei enquanto ele se afastava e voltei o olhar para minha amiga:

- Vai pegar o Eddy é querida? – debochei – Senti a tensão daqui.

- Pode ser que sim. Quem sabe se você ficar com o Boneta eu não me anime e fique com o Eddy.

- O Diego Boneta? É sério, da onde você tira essas coisas? – dei uma risada

- Chegou aos meus ouvidos que ele era afim de você – deu de ombros rindo – Quem sabe hoje você não estreia esse tal de relacionamento aberto levando o Diego para cama. – jogou a cabeça para trás rindo.

- ANAHÍ! – repreendi, arregalando os olhos e tentando conter o riso

- CARMEN, María! – gritou.

Revirei meus olhos divertida, estava sendo uma das minhas melhores noites em meses.

– Disfarça que eles estão vindo. - falou tentando ficar séria - Noooooossa, olha lá... o Rodrigo tá um gato também! Mas tem namorada. Então eu continuo com o Eddy e você com o Boneta.

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Parte 2/3 da nossa mini maratona!

E aí, será que vai acontecer algo entre Anahí/Eddy, Dulce/Boneta?

Quais suas apostas?

Acho que nessa altura elas já não estão sabendo somar nem 1+1. Será o que vai acontecer?

Mais tarde tem outro capítulo!!!

Cliquem na estrelinha, para que mais gente descubra a nossa história! 🥰

Até já! 💖