Meu sábado havia começado próximo ao horário do almoço, isso graças ao despertador, caso contrário era provável que seguiria dormindo tarde a dentro. Havia combinado de almoçar na casa dos meus pais, fazia alguns dias que não nos víamos. Durante o tempo que eu passava na cidade não gostava de ficar muito tempo sem vê-los. Ameacei rolar na cama, flertei com a ideia de colocar algumas sonecas no despertador, mas me dei por vencida que o dia já havia começado e que se eu não me levantasse provavelmente me atrasaria para o almoço, deixando minha mãe furiosa.O almoço estava uma delícia e todo aquele momento em família era muito agradável. Ficamos nós três sentados a mesa por um longo período conversando, relembrando histórias, falando sobre minhas irmãs e sobrinhas. Esses momentos eram revigorantes para a alma.
- Dulce, não acha que já passou da hora de nos apresentar o seu namorado? – minha mãe questionou lançando um olhar ao meu pai, como quem busca por apoio.
- Mãe, ainda não é nada sério. Vamos esperar mais um tempo para envolvermos a família, ok? –
- Dulce María, como pode falar que não é sério se já está na mídia? E olha, vi em muitos programas falando que vocês estão bem sérios um com o outro – ela estreitou os olhos me encarando.
Minha mãe era ótima, mas absurdamente metódica e muito certinha. Ainda lembro, como se fosse ontem, na época da novela Rebelde, ela descobriu que eu andava fumando, parecia ser o fim do mundo. Acho que por me acompanhar desde criança nos holofotes, viu muita gente se perdendo no meio do caminho. O que ela precisava entender e confiar, é que havia me passado os seus valores e princípios, isso era imutável. Porém, eu já era adulta e tomava minhas próprias decisões. Graças a seus ensinamentos ao longo da minha vida sempre consegui ser muito discreta e estar muito pouco envolvida em escândalos, o que me trouxe uma carreira linda, sem manchas.
- Mãe, cansei de falar para a senhora não acreditar em tudo que vê na tv – suspirei – a senhora sabe bem como é a mídia.
- Blanca, querida, a Dulce sabe da vida dela – me olhou reconfortante – Se ela ainda não nos apresentou, deve ser porque ainda não está segura se o relacionamento é mesmo sério. Vamos ter paciência.
- Fernando, você não tem jeito! – olhou brava, mas logo seu olhar amoleceu – é por isso que essa menina faz o que bem quer, você passa a mão na cabeça dela.
Meu pai era uma manteiga derretida, não só comigo, mas com minhas irmãs também. A brava sempre foi minha mãe. Papai dizia que amava ser pai de meninas, pois eram mais carinhosas, em contrapartida era muito difícil, já que não conseguia ser duro com a gente. Essa parte sempre acabava sobrando para a minha mãe, coitada.
- Bom Dona Blanca e Seu Fernando, o papo tá bom, mas tenho que ir. – disse rindo depois de ouvir a indignação da minha mãe.
- Mas já, filha? Fica mais. Mal terminou de almoçar – me olhou pedinte.
- Não da mãe – sorri – e não adianta me olhar com essa carinha, tenho compromisso mais tarde. Combinei de sair com a Anahí.
- Está indo para a gandaia e sem o seu namorado? – em choque – Pode uma coisa dessa, Fernando?
- E adianta a gente proibir ou falar que não pode, Blanca? – riu – Ela já é mulher feita, dona do próprio nariz. Só nos resta pedir juízo... ainda mais quando se junta com a Anahí. – Deixou escapar uma gargalhada
- Dulce, Dulce – balançou a cabeça em negativa - espero que não faça besteira. Sei bem no que dá quando você e a Anahí se juntam para sair.
- Fica tranquila Dona Blanquita – Me levantei rindo, indo em direção da mesma – sua filhinha sabe se cuidar – Dei um beijo em sua bochecha e ela começou a rir da situação.
Aproximei do meu pai e também deixei um beijo em seu rosto
– Um beijo no meu Paizinho, também. Mas agora preciso mesmo ir.
Em casa, organizei algumas coisas que estavam fora do lugar. Guardei algumas letras de canções a serem finalizadas e liguei o som colocando uma música alta. As vezes batia uma solidão, mas adorava morar sozinha. Se eu não viajasse tanto adotaria um gatinho, seria com certeza a melhor companhia para os dias de solidão.
Já de banho tomado, vestida e com o cabelo finalizado, fazia os últimos ajustes na maquiagem. Me olhei no espelho e gostei do que vi. Estava me sentindo realmente bonita naquela noite. Olhei meu celular para ver se tinha algum sinal da Anahí, nada.
"Nena, estou pronta. Como moro mais distante, vou indo e te encontro lá. Pensei em ir de carro, mas acho vou de taxi mesmo." Enviei e abri o aplicativo para solicitar um carro.
"Estou quaaaaaaase pronta. Em cinco minutos saio. Sem chance ir de carro!!! Te vejo lá, Candy" – Sorri, sentindo uma vibração Carmen vinda dessa mensagem.
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Bom dia amores, como estão?
Capítulo curtinho, se der posto mais um a noite.
O que estão achando?
No próximo capítulo tem meu Portiñon lindo e cheiroso, será que vai dar bom?Acho que não vou conseguir postar nada no final de semana e na segunda feira, querem mini maratona ainda essa semana, para compensar?
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Obrigada! 💖
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OBS: Gente do céu, tem como colocar gif nesse negócio de capa. Eu não sabia!!! Agora ninguém me segura, pois empolguei (vou sempre tentar colocar algum que tenha relação com o capítulo, mesmo que seja de caras e bocas)!!! 😂😂
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Inevitável
Romance[VONDY] Na teoria tudo acabaria ali, naquele último show, naquele último adeus! Os seis subiriam pela última vez juntos ao palco em Madri, era um misto de emoção o que cada um sentia naquele momento. Aquele show era muito mais para eles do que para...