Dos

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Assim iniciamos a madrugada, dançando e bebendo. Poncho foi o primeiro a se despedir. Acho que estava bem interessado em esticar a noite com sua acompanhante.

Vacilão - Gritamos para ele em meio a risos, enquanto ele se afastava.


- Amiga, ele não tira o olho de você. Parece que tá hipnotizado te vendo dançar – Disse Anahi baixinho no meu ouvido, fazendo um leve movimento de cabeça em direção ao Christopher.

- Quem? – Olhei para a direção que ela acenou – Não viaja amiga. Tá vendo coisa onde não tem.-

- É sério, ele tá muito afim. Para de ser trouxa. – Sua voz soava sem paciência e ao mesmo tempo divertida


- Gente, meu estomago ta começando a ficar ruim. Preciso ir pra cama já, se não vou começar a passar mal – Lamentou Maite, choramingando

- A nãããão amiga. Você é guerreira, fica mais um pouco. Tá tão legal – tentei fazer minha melhor cara de cachorro sem dono enquanto pedia.

- Sem chance, Dul... E nem adianta vir com essa cara porque estou bêbada demais pra cair em chantagem emocional.

- Aaaa, saco!  - rolei os olhos para cima - Vou com você então, para ajudar a segurar seu cabelo caso seja necessário – Disse rindo enquanto terminava minha bebida

- Nem esquenta, Dulce. Já estou morrendo de sono, então vou com ela. Pode ficar aproveitando mais... – Anahi se prontificou, enquanto já pegava suas coisas.

- Certeza? Te amo, gata!

- Então beijoooooooos, tchau meu povo! – A loira falava enquanto mandava beijos e puxava o Chris pelo braço – Anda Chris, vamos! -

- Como assim? Eu não vou não, doida... você já esta indo com a Maite... Qual a necessid... – O rapaz foi interrompido por um olhar fulminante lançado por Anahi

- Vamos! Você disse que estava cansado e afim de ir embora, esqueceu? – ela olhava bem nos olhos dele enquanto falava... – E Dulce, querida, nem inventa de vir junto, porque... coitado do Ucker, está afim de ficar mais, e alguém tem que fazer companhia para ele não ficar sozinho... -

- a-ah é... boa noite, casal. – Desejou Chris, dando uma risadinha - Nos falamos depois - concluiu enquanto caminhava em direção a saída junto com as meninas.

Maite, que estava dormindo em pé, grunhiu alguma coisa, que imaginamos ser "boa noite", mas já estava longe demais para tentarmos entender.


Christopher me olhou rindo:

- Quer dizer que a senhorita foi obrigada a ficar pra me fazer companhia?

- Pra você ver como são as coisas. Agora como recompensa vai ter que me pagar todas as bebidas – disse balançando meu copo vazio

- Nada mais justo, gata. - Sorriu provocativo. Estaria ele me provocando ou era só coisa da minha imaginação? Já estava colocando a minha sanidade a prova - Vou agora mesmo ao bar trazer um copo cheio pra você. – E com aquele sorriso lindo se afastou.


"MEU DEUS! O que está acontecendo? Acho que estou muito bêbada. Estou começando a sentir coisas que antes achava serem só imaginação. Mas ele está tãããão gato... Tá ficando difícil manter o controle perto dele. É, definitivamente to bêbada".


- Boas e más notícias – Disse Ucker, me arrancando dos meus pensamentos – Qual quer primeiro?

- Fala sério. Se é pra ser sua dama de companhia você tinha que me recompensar apenas com boas notícias. Já começou errado – Falei com a entonação mais brava que eu conseguia, mas estava bêbada demais pra fingir isso – A má notícia primeiro. Manda a bomba.

- O bar fechou e meio que a boate também está fechando... então temos que ir embora

Suspirei desanimada, minha adrenalina ainda estava tão alta que não queria ir dormir. Mas antes que eu falasse qualquer coisa, ele continuou:

- MAAAS, a boa notícia é que eu não sou um imprestável total e arrumei outra forma de recompensar a minha acompanhante. Tcharãã – disse, enquanto mostrava uma garrafa fechada de Tequila que segurava escondendo atrás das costas.

- E aí, o que acha? Mas antes que você responda, saiba que não pode negar, pois paguei muito caro nessa belezinha e custei a convencer o barman a me vender... Então assim, meio que por pressão, você novamente não tem muita opção...

- Não tem como dizer não a uma garrafa de tequila. Mas onde vamos beber? - suspirei mordendo os lábios de forma involuntária.

- Pois é, vai ter que ser no meu quarto, ou no seu... Pode escolher – Ele disse piscando, fixando seu olhar na minha boca e voltando a me olhar nos olhos.

- HA-HA-HA - fiz que gargalhava de forma irônica -  que espertinho. – gritei rindo - Mas... realmente estou muito afim dessa garrafa de tequila – olhei pra ele com um sorriso malicioso que se desenhou instintivamente em meus lábios - nesse caso, vamos para o meu quarto, pois aposto que o seu estará um lixinho.

- Boa escolha! – Seus olhos ardiam ao devolver aquele sorriso provocativo.

Não que eu fosse super organizada, mas comparando com os meninos da banda eu era um exemplo de arrumação. Por sorte também, eu já havia arrumado todas as minhas coisas, como era nossa última noite no hotel, ainda antes do almoço eu teria que fazer o check out, minha passagem de volta para o México estava marcada para as 10h, então não teria tempo de absolutamente nada.


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O que acham que vai acontecer?
Estão mesmo flertando ou é apenas coisa da bebida?

InevitávelOnde histórias criam vida. Descubra agora