Eu estava confusa. Ao mesmo tempo que queria desesperadamente acreditar em tudo o que ele falava, algo gritava serem só palavras ao vento. Havia ficado quase três anos da minha vida acreditando que eu havia sido apenas mais uma, era difícil mudar essa crença em apenas alguns minutos.Ele continuou:
- Quando coloquei a cabeça no lugar e decidi que queria correr o risco de saber se aquela noite havia significado algo para você, tentei te ligar, mas você já havia trocado de número. Entendi aquilo como um recado: Sua vida havia recomeçado e você não me queria nela. Não me restava outra saída a não ser continuar com a minha vida. – Suspirou buscando por meu olhar e prosseguiu:- Tentei tirar você da cabeça , mas toda vez que te via me enchia de esperança de que se conversássemos talvez conseguíssemos nos resolver. Quando nos reencontramos pela primeira vez, eu entendi que você havia ficado magoada por eu ter sumido do quarto, isso de certa forma me deu esperança... Talvez você também tivesse algum sentimento. - Respirou fundo - Mas até pra esperança existe um limite. No dia do coquetel decidi que havia sido a minha última tentativa. Quando você foi embora percebi que você realmente estava em outra, e eu faria o mesmo. Novamente caí do cavalo. – riu amargurado – fui para a festa do Guillermo tentar espairecer e quem é a primeira pessoa que vejo quando chego? Você. Dançando em cima de uma mesa, flertando com o Diego Boneta. Logo você, que encheu a boca, no coquetel, para falar que não era desse tipo (que trai)... Se colocando tão superior a mim... – sua voz saiu com raiva.
- E não sou mesmo! - bradei
- Eu vi como você dançava e a forma que ele estava te olhando... – balançou de forma negativa a cabeça afastando aquela lembrança – Não importa! A gota d'água foi quando nos beijamos, eu disse que te queria, e você me respondeu que estava afim de diversão. Sei que você estava bêbada, mas também sei que apenas falou o que estava sentindo...
- E você queria que eu fizesse o que, Uckermann? Os sinais que você me dava era que tudo não passava de um jogo. - eu batia nessa tecla, minhas histórias amorosas me levaram a crer que quase sempre o amor era um jogo - Apenas quis verbalizar que concordava com as regras dele, para poder tá com você.
- Esse jogo só existe na sua cabeça – alterou um pouco a voz
- E a Natália? Quer mesmo que eu acredite que não estava jogando comigo, sendo que o tempo todo você esteve com ela?!
Tentei até aquele momento não trazer a Tellez para a conversa, não queria ter a certeza que ele estivesse me usando, enquanto estava com ela. Mas eu não me aguentava, não conseguia suportar o fato deles estarem juntos, hoje e antes.
- PELA MILÉSIMA VEZ, eu não estava namorando a Natália quando ficamos juntos. – Passou a mão no rosto e caminhou em minha direção, parando na minha frente – Realmente eu saia com ela. É isso que você quer ouvir? – alterou a voz – eu dormia com ela! Tá satisfeita? Era isso que você queria escutar? – falou de forma seca enquanto olhava em meus olhos – Mas no mesmo dia que voltei para o México enviei uma mensagem para ela, falando que não poderíamos seguir desse jeito, pois havia me envolvido com outra pessoa.
Meu estomago revirou imaginando eles dois. Ele apenas confessou o que eu tanto exigi, por que era tão difícil ouvir isso da boca dele?
- Todas as mídias noticiaram que vocês estavam namorando...
- E desde quando você acredita no que a mídia diz? Se for assim, até com a Anahí você já namorou. – Me interrompeu ríspido – Não sei como, mas conseguiram fotos minhas com a Natália e criaram uma história de amor que nunca existiu. Esse namoro nunca existiu.
- Mas existe agora... – falei baixo, desviei meus olhos, encarando o chão.
Christopher balançou a cabeça em sinal afirmativo. Respirou desanimado e voltou a me encarar.
- Preciso saber se você acredita em mim, ou essa é de fato a última conversa que teremos?!
Sua voz estava calma, porém insegura. Parecia que havia medo em sua pergunta. Meu coração estava acelerado, aquela raiva de antes já não existia. Eu era muito orgulhosa, queria não acreditar, mas a verdade é que acreditei em cada palavra que ele disse.
- Dulce, preciso que você responda! – sua voz estava firme. Ele levou suas mãos em meu rosto, com delicadeza fez com que eu o encarasse – Você acredita em mim?
Estávamos perto demais.
- Acredito! – olhei em seus olhos, queria que ele tivesse certeza da minha resposta.
Um sorriso se desenhou em seus lábios e uma alegria cresceu dentro de mim. Droga, eu gostava dele! A adrenalina invadiu meu corpo. Em um impulso, circulei o seu pescoço com meus braços e o beijei.
Não demorou para que ele correspondesse. O beijo havia começado desajeitado, inesperado, mas logo encontrou o ritmo perfeito. Christopher ainda estava com as mãos no meu rosto, mas agora deixava carícias por ali, enquanto seguia me beijando.
À medida que nos beijávamos o beijo deixava de ser tranquilo e ficava mais quente. Seguíamos sem coragem de interromper aquele momento. Christopher agora passava as mãos por meus cabelos, e firmava minha nuca, conduzindo o beijo. Passei minhas mãos por seus cabelos, puxando alguns fios à medida que o beijo se tornava mais urgente.
Com uma mão ele prendeu o meu cabelo, deixando o meu pescoço livre. Com sua outra mão, firmou minhas costas e me empurrou para a parede mais próxima de onde estávamos. Desceu seus beijos para meu pescoço, fazendo um arrepio subir por todo o meu corpo. Eu beijava sua orelha, começando a ficar ofegante. Sentia meu corpo ser comprimido entre a parede e o seu corpo. Coloquei minhas mãos por baixo de sua blusa e desci a ponta dos dedos sentindo cada músculo de suas costas. Eu possuía urgência em poder sentir cada parte do seu corpo.
Christopher desceu seus beijos para o meu colo exposto pelo decote da blusa que eu usava. Levou uma de suas mãos até meu seio e o apertou, me fazendo arfar. De forma desesperada puxei sua camisa para cima, deixando a parte superior do seu corpo descoberta. Tentei jogar aquela peça de roupa na poltrona ali perto, mas a blusa enganchou em um objeto sobre o aparador derrubando-o. O estalo ao colidir com o chão me tirou daquele transe e pela primeira vez desde que havíamos começado a nos beijar, desviei minha atenção do Christopher.
- Deixa no chão – Ele disse ao perceber que eu buscava com os olhos o que havia caído. Me puxou pela cintura apertando seus dedos sobre ela.
Sorri de forma provocante e passei a língua por seus lábios, voltando a me afastar e me virando para pegar o que eu havia derrubado.
- Foi o seu celular que caiu – abaixei com um sorriso no rosto enquanto sentia ele descer suas mãos pela lateral do meu corpo.
Meu sorriso foi embora no mesmo instante que peguei o celular. O objeto havia acendido a luz com a queda. Ao pegá-lo foi impossível não olhar a foto da tela de bloqueio... Era ela quem estava ali, a namorada dele.
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Calmaaaa! Não me matem. Esperem o próximo capítulo! hahah
Mas me contem, o que acharam da conversa?
Quero saber todas as impressões de vocês!!!
Temendo por minha vida, adianto que logo vai rolar um hot (só nos resta saber se Vondy 🤣)...
Comentem e cliquem na estrelinha!
Obrigadaaa! 💖

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Inevitável
Romance[VONDY] Na teoria tudo acabaria ali, naquele último show, naquele último adeus! Os seis subiriam pela última vez juntos ao palco em Madri, era um misto de emoção o que cada um sentia naquele momento. Aquele show era muito mais para eles do que para...