Veintidós

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Os rapazes se aproximaram e nos cumprimentaram. Realmente não era só o Eddy que havia ficado mais bonito, Rodrigo e Diego também estavam gatíssimos, pra não falar outra coisa. Diego e Eddy carregavam dois copos de drink cada um, percebi que era uma pra mim e outro para a Anahí, quando eles nos entregaram. Conversamos um pouco e ficamos dançando. Anahí dançava mais colada com o Eddy, eu fazia o mesmo com o Diego.

DIEGO: - Você está muito linda – disse olhando para meu corpo e me encarando.

ANAHÍ: - NÃO DISSE! – deu uma risada e piscou o olho.

DUL: - CARMEN!

DIEGO: - O que você disse? – olhou para Anahí sem entender.

ANAHÍ: - Que ela está linda, ué.

Levei a mão no rosto tentando disfarçar a vontade de matar uma certa amiga.

DUL: - Você também está muito bonito, Diego. – Sorri e olhei para a Anahí que dava risadinhas.

A verdade é que nem queria ficar com ninguém "daquele lugar", mas tinha tanto tempo que a noite não era tão leve e descomplicada que estava gostando de flertar. Não posso negar, quando a bebida entra e eu acabo ficando mais soltinha e paqueradora, fazer o que?! Bebida é um tanto quanto afrodisíaca no meu organismo.


RODRIGO: - Tive uma ideia! – olhou divertido – Vamos celebrar esse encontro depois de tantos anos, com um desafio. Vou com os caras no bar buscar um copo de vodka com qualquer coisa, para cada um de nós, e vamos virar. Quem virar por último tem que pagar uma prenda. Topam?

Naquela altura eu já estava completamente alterada, havia cruzado o portal de Nárnia. E do jeito que era competitiva aceitaria qualquer desafio sem pensar duas vezes, eu que lutasse depois de sóbria, caso fizesse merda.

- ÓBVIO QUE TOPO! E JÁ AVISO QUE VOU GANHAR! – Tentei fazer cara de séria, mas não chegou nem perto.

Todos os outros também aceitaram o desafio e mais uma vez ficamos apenas eu e Anahí, enquanto eles buscavam os drinques.

- María, vamos combinar que se eu ou você perdermos esse desafio uma faz companhia pra outra na hora de pagar a prenda, assim a vergonha é dividida e fica mais leve – falava com o dedo em riste super séria.

- Tá! Mas trata de virar rápido pra gente acabar primeiro. Vamos pensar em algo bem pesado pra quem perder fazer. Pra passar muito vergonha – falei rindo.

- Já sei! – seus olhos brilharam – Vamos falar pra quem perder imitar a Roberta dançando "Fuego", como naquele episódio de Rebelde. Tem que dançar bem sensual. A gente pede pra colocarem essa música para tocar e faz uma rodinha aqui mesmo, pra pessoa dançar no meio. O que acha?

- ARRASOU! – estava rindo imaginando a cena de um deles tendo que imitar a Roberta Pardo dançando. Iriam morrer de vergonha.

Ao voltarem entregaram as bebidas, ficando cada um com seu respectivo copo. Diego também possuía uma garrafa de cerveja em sua outra mão, segundo ele o equilíbrio entre vodka e cerveja era tudo nessa vida. Coisa de bêbado. Anahí sugeriu a prenda e todos eles concordaram.

RODRIGO: - Então vamos virar – Todos nos preparamos - Em três... dois... UM - todos começaram a virar o copo, menos eu que estava esperando por um "JÁ".

Arregalei os olhos vendo que fiquei para trás.

DUL: - PARAAA! – rindo – PARA! NÃO FALARAM "JÁ" – rindo de desespero – NÃO TÁ VALENDO!!!!! – observei que continuaram a virar o líquido e de forma desesperada comecei a virar o meu também, na ilusão de que não terminaria por último.

DIEGO: - Terminei!

RODRIGO: - acabei!

EDDY e ANY juntos: - também!!!

Todos olharam em minha direção morrendo de rir. terminei toda a bebida e virei o copo para baixo mostrando que também havia terminado.

DUL: - A não gente... – choraminguei – não valeu!!! Vocês não falaram "já". É sempre: "um, dois, três E JÁ"

ANY: - Para de chorar. Terminou por último, pode tratar de pagar o desafio. – Rindo.

Olhei pra ela com indignação e comecei a rir.

DUL: - Você vem comigo, bonitona.

ANY: - Tá maluca? Quem perdeu foi você. – Gargalhou.

Olhei pra ela com os olhos arregalados e boca aberta em espanto.

- QUE VACA! – falei rindo enquanto Anahí me fazia língua e batia palmas.

Nesse meio tempo, "Fuego" começou a tocar. Me dei conta que um dos rapazes teria ido até a caixa de som e colocado a música. Começaram a abrir uma roda em volta de mim.

DIEGO:  - Não vai nem precisar esforçar pra essa dança sair sensual com você fazendo – piscou para mim sorrindo.

Detestava perder. Por isso quase nunca perdia, já que dava o sangue. Porém quando algo assim acontecia, não me restava outra alternativa se não cumprir o combinado. É como dizem, não pode dar asas a cobra.

O que mais tinha no meu sangue naquele momento era álcool. O mesmo que me deixava bem soltinha. Juntou com o desafio de ter que fazer uma dança sensual e de quebra o gato do Diego Boneta me provocando, é lógico que eu faria algo bem feito. Afinal, tá no inferno? Abraça o capeta.

Respirei fundo e fui para o meio da rodinha que haviam feito. Tinha um sorriso em meus lábios enquanto ouvia vários "Vai Dul. Vai Dul. Vai Dul" e algumas palminhas que mesmo sem olhar sabia que estavam sendo puxadas por Anahí. Fiz menção de ficar no meio daquela roda, mas tive uma ideia muito melhor quando olhei para a mesa que estava a nossa frente. Caminhei até ela e peguei a mão do Diego para me firmar enquanto eu subia e ficava em pé sobre a mesa. Todos os olhos me acompanhavam, ouvi alguns "UOOOU" e outros gritinhos divertidos. As palmas ritmadas ficaram constante e eles se aproximaram mais da mesa.

Apesar de ter passado anos desde a novela, eu lembrava exatamente como a Roberta havia dançado naquele episódio, havia ensaiado bastante aquela cena. Comecei a fazer como a minha personagem, porém deixando um pouco mais sensual. Passava a mão por meu corpo e subia elas novamente passando em meu cabelo. Confesso que quando olhei para Diego que vibrava frenético me olhando, não aguentei e comecei a rir. Me curvei um pouco me aproximando do rapaz, ficando na altura suficiente para pegar a sua garrada de cerveja, voltei a ficar em pé e a levei até a boca tomando um pouco do líquido enquanto seguia dançando.

Acho que os fãs não acreditariam que anos depois eu estaria em cima de uma mesa, dançando Fuego, ala Roberta Pardo. Me diverti com esse pensamento, dando as últimas balançadas no corpo ouvindo o final da música. Quando a música finalizou vi todos os meus amigos frenéticos batendo palma, Anahí pulava gritando "arrasou". Levantei meus olhos pensando na melhor forma de descer da mesa e nesse momento "o" vi parado me olhando, encostado no batente da porta de entrada.

- Christopher – murmurei, sentindo um arrepio subir por meu corpo.





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3/3 e chegamos ao fim da maratona!

Me contem, gostaram???

O que acham que vai acontecer?

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Gente, acho que só vou conseguir postar da terça, mas caso dê, apareço antes!

Quero muitos mimos em forma de comentários e estrelinhas.
Tem hora que me bate um desanimo para continuar escrevendo, mas leio cada comentário e me é uma injeção de animo!

Então, obrigada! 💖

InevitávelOnde histórias criam vida. Descubra agora