Capítulo 20

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  POV Stiles

Eu estava caminhando pela floresta já fazia algumas horas. Eu não sabia exatamente para onde eu estava indo eu só sabia que a casa ficava no meio da floresta e segundo meus cálculos ela ficava aqui, essa a floresta, era a antiga floresta de Lurion o reino das raposas que é onde os pais de Penélope foram morar depois de fugir.

Eu estava me sentindo meio mal por ter saído e não ter avisado para onde estava indo, meus amigos sempre estiveram comigo e sempre me apoiaram em todas minhas maluquices, porém essa era diferente talvez essa fosse a mais perigosa. Por mais que eu quisesse quebrar o feitiço era inevitável não sentir medo, eu estava com muito medo de falhar e o principal medo era o que eu poderia encontrar nessa floresta.

Quando mais eu caminhava mais escura e sombria a floresta ficava, eu estava entrando em uma área onde a luz do dia não penetrava abro minha mochila e pego a lanterna, mais a frente eu podia ouvir o sussurro de vozes inquietantes.

- Quem está aí? - pergunto olhando ao redor procurando a tal voz.

- Faz muito tempo que um lanche tão apetitoso não aparece por essas bandar - a voz se manifesta novamente.

A voz vinha da parte mais escura da floresta onde meus olhos não conseguiam enxergar direito.

- Não se aproxime - falo quando vejo que ele estava saindo das sombras.

O homem que saída das sombras era alto e quase esquelético suas pele era branca e estava coberta por roupas pretas, seus olhos eram negros como a noite e seus cabelos eram como piche negro quase brilhante.

- Sinto a impressão que te conheço de algum lugar - ele fala se aproximando.

Deixo meus olhos brilharem em violeta e com uma força invisível eu o prendo em uma das árvore.

- Eu mandei não se aproximar - falo agora com mais agressividade.

- Então é você, a mais bela de todas - ele fala com sarcasmo - faz no mínimo cinco mil anos que não vem aqui.

- Você me conhece? - pergunto surpreso.

- Poderia gentilmente me soltar - ele pede incomodado.

- Porque eu soltaria você se me falou que vai me transformar em seu lanche - falo desconfiado.

- Nem se eu quiser eu iria conseguir, você é muito mais poderoso que eu - ele fala meio chateado.

- Então você me conhece - falo ainda mais surpreso por ele reconhece que eu era mais poderoso e acabo o soltando.

- E você parece não me reconhecer - ele fala batendo as folhas das roupas negra.

- Quem é você?

- Não posso dizer que sou seu amigo, mas também não posso afirmar ser seu inimigo - ele fala se escorando em uma árvore.

- Sem joguinhos raposa, me diga o que quero saber - falo irritado.

- Você pode ter mudado de aparência mas continua com a mesma personalidade. Em que posso ajudar vossa majestade - ele fala debochado.

Reviro meus olhos e falo.

- Você deve saber onde fica a minha casa, me leve até lá - falo como ordem.

- Como quiser.

Nós começamos a caminhar novamente em meio a floresta, o homem caminhava em completo silêncio e enquanto eu caminha e observava ao meu redor. Tudo ali parei de alguma forma meio morto e sombrio, não é nada parecido nas histórias que eu tinha lido sobre as florestas de Lurion o reino das raposas que antigamente era considerado o mais belo.

- O que aconteceu com essa floresta - resolvo perguntar.

- Você a deixou assim - ele responde desinteressado.

Eu estava horrorizado com a resposta, como eu poderia ter feito algo tão cruel.

- Porque? - pergunto sem entender porque eu faria isso.

- Você precisa recuperar logo suas memoria, é irritante ficar explicando.

- Eu até recuperaria se soubesse como - falo irritado.

Ele suspira fundo e começa falar.

- Você transformou essa floresta em um refúgio para os imortais.

- Os imortais? São uma espécie?

- Nem todos os sobrenaturais tem a dádiva da vida eterna, esse foi o motivo de sermos caçados e estudados os outros queriam nossa imortalidade então você criou esse lugar onde nenhum sobrenatural ousaria colocar os pés.

- Nunca tinha conhecido um imortal - falo pensando em todas as pessoas que eu já conheci. Na verdade eu já tinha conhecido dos mais variados sobrenaturais mas acho que nenhum era imortal.

O homem gargalha com minha fala.

- Criança tola é lógico que você conhece alguém imortal, afinal você é imortal - ele fala acelerando o passo e indo na frente.

Eu continue a caminha ainda tentando digerir a informação que tinha acabado de receber, eu era imortal e não sabia disso, era uma coisa que mudava tudo, significava que um dia todos que eu conheci um dia iria morrer e eu iria continuar vivo, mas também não poderia acreditar cegamente nele afinal ele poderia estar mentindo, raposas são mestres na mentira.

Caminhamos mais um pouco até ele finalmente parar.

- Chegando - ele fala apontando para uma enorme área onde não tinha nenhuma árvore ou uma única grama.

- Cade a casa? - pergunto sem entender.

- Onde ela está eu não sei, mas ela é aqui - ele fala desinteressado.

- Obrigado por ter me ajudado - falo o agradecendo mesmo sem saber se era o local certo.

- Minha dívida com você está paga - ele fala se virando para ir embora porém ele se vira de novo para mim.

- Antes de mim ir escute um conselho de alguém muito velho, tome cuidado pois essa trama não se trata só de vingança, são assuntos muito mais antigos do que você posso imaginar. Quando precisar de mim, chame meu nome - ele fala se virando.

- Mas eu não sei seu nome - falo indignado.

- Então descubra vossa majestade - ele fala debochado e depois sumindo entre as árvores me deixando completamente sozinho.

Fico por alguns minutos olhando para o campo limpo tentando imaginar que tipo de magia tinha deixado a casa invisível ou quais eram os efeitos que a barreira causava não que tentavam ultrapassar. Olho para o chão e vejo uma pedra, eu a pego e lanço contra o campo limpo e antes mesmo da pedra chegar no chão ela tinha se transformado em poeira isso significava que a defesa da barreira era carbonizar todos os indesejados que tentassem entrar.

Isso mostrava que eu não poderia falhar, eu teria que ter certeza antes de ariscar a atravessar a barreira um seria transformado em pó. 

Ômega dos ÔmegasOnde histórias criam vida. Descubra agora