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...

Em um baque surdo, jogo meu corpo no chão. Foi cansativo ter que matar aquela maldição.

Respiro fundo, movimentando meus dedos em uma forma de manter a calma. Se Akashi estava por aqui, ele também deve estar aqui.

Ouço um resmungo não muito longe de mim, levanto a cabeça a tempo de ver Fushiguro aparecer e cair de joelhos no chão. Parece que ele conseguiu vencer aquela maldição.
Estreito meus olhos em direção de sua mão, reconhecendo o dedo em sua mão.

Agora sim uma explicação plausível para aquelas meras maldições estarem aqui. Se Akashi estava aqui, provavelmente estava a procura dos dedos de Sukuna. Agora tenho uma mínima idéias do que ele está fazendo.

Vejo o corpo do Fushiguro começar a cair, em direção ao chão. Em um piscar de olhos, estou ao seu lado, segurando seu corpo e impedindo que ele caia.
Seus olhos estão meio fechados, mais ainda sim, ele parece me enxergar.

-- Mary...-san.... _sussurrou com a voz falha.

-- Não se preocupe, Fushiguro-san. Deixa que eu cuido daqui, descanse. _coloquei sua cabeça no meu colo, tendo seu aceno positivo, ainda o olhando, vejo-o fechar os olhos de forma lenta.  -- Descanse... _passo gentilmente minha mão sobre seus machucados, deixando um pequeno rastro de minha energia por seus ferimentos, curando-os, de forma lenta.

Uns minutos se passaram e escuto seu resmungo:
-- Droga. Minha cabeça dói...

-- Não se preocupe, Fushiguro-san. Logo irá passar. _passei minha mão sobre seu cabelo, fazendo carinho.

Seus olhos começaram a pesar, e então, ele dormiu.

...

Abro meus olhos ao escutar vozes conhecidas por mim:
-- F-Fushiguro? Mary-san? _a voz do Itadori falhou por um momento, eu deitei minha cabeça para o lado, sem e tender o seu espanto.

Noto que minha roupa está manchada pela quantidade de sangue que perdi a momentos atrás, fora as marcas de sangue no corpo. Fushiguro também não está tão diferente de mim.
Além disso, ele estava dormindo sobre o meu colo. E eu também acabei adormecendo por alguns minutos.

-- Ah. _murmuro ao entender a situação.

-- Ah, vocês estão de volta. Tô feliz que vocês estão bem. _disse Fushiguro ao abrir os olhos e olhar para o Itadori.

-- VOCÊ-  VOCÊ QUASE NÓS MATOU DE SUSTO! PENSAMOS QUE VOCÊS ESTAVAM MORTOS! _gritaram juntos, Nobara e Itadori, fazendo uma posição estranha.

Me limite a rir. Eles realmente parecem assustados e aliviados ao nós verem.
Eles me lembram meus seguidores.
Sempre se preocupando... Pensando nisso... Ray vai me matar.

-- Vocês estão aí com o dedo do Sukuna. Isso é perigoso. _alertou, Nobara.

-- Ah, como sabia do dedo? _questionou  Fushiguro, confuso.

-- É com isso que você tá preocupado? Cacete em, Fushiguro. _balançou a cabeça negativamente.  -- Temos que achar a Nitta antes... e selar isso o quanto antes. Isso atrairá mais esporos amaldiçoados. _concluiu, Nobara.

-- Será que eu devo comer? _Itadori questionou bobalhão, e com o seu típico divertimento.

-- Isso são sobras!! _Nobara chamou a atenção do Itadori, irritada.

-- Não. Não temos certeza de quantos dedos você conseguirá consumir. _ajudei Fushiguro a se sentar, enquanto ele respondia a pergunta do Itadori.  -- Mas já que você parece bem desgastado, tome. _esticou sua mão, estendendo o dedo do Sukuna na direção do garoto.  -- Porém, como eu disse, não coma! _alertou, sério.

Senti uma pequena parte da energia do Sukuna se manifestar em um ponto específico do corpo do Itadori.
Na mão.

-- Espera! Não- _não consegui avisar a tempo. Avistei uma boca surgir na mão do Itadori, e então, quando Itadori foi pegar o dedo, a boca em sua mão engoliu.  -- Caramba. _resmunguei.

Parece que ele conseguiu o que queria.

-- FALAMOS PARA VOCÊ NÃO COMER! _gritou, Nobara, exasperada.

-- O QUE?! EU?! _ainda confuso, Itadori questionou.  -- DE JEITO NENHUM ESSE CARA.... NEM SEQUER AJUDOU DESSA VEZ!  Será que o professor Gojo fala umas besteiras de vez em quando? _questionou ainda confuso.

-- EII! VOCÊS AÍ! _ouvimos o grito da gerente Nitta e olhamos para cima da ponte, vendo-a ao lado de um Ray furioso.

-- Ei, é a Nitta... É o Ray-san... _falou Itadori, em voz alta, ao reconhecer as figuras.

-- Eles parecem bem bravos... _concluiu Nobara ao ver suas faces raivosas.

...

-- A SENHORITA NÃO PODE SIMPLESMENTE DESAPARECER POR HORAS E VOLTAR SORRINDO COMO SE NADA TIVESSE ACONTECIDO!! _gritou, Ray, irritado.  -- NÃO RIA! _gritou novamente ao me ver rir.

Já faz uns 30 minutos que Ray e a gerente Nitta estão nós dando sermão.
A gerente Nitta só não bateu nos três xamãs porque eles conseguiram destruir as maldições e a barreira.

-- Eu já entendi, Ray. Não vou sair mais de forma imprudente, ok? _levantei meus braços, me rendendo.

Ray bufou, ainda irritado. Eu segurava minha risada, ele fazia umas caretas engraçadas quando está bravo.

-- Entra no carro antes que eu estrangule você. _resmungou e andou em direção a sua moto, batendo os pés com raiva no chão.

-- Claro, claro. _andei em direção ao carro, ainda vendo a gerente puxar a orelha dos xamãs. Sorri com tal visão. Apesar dela parecer bem raivosa ela se preocupa com os alunos.

...

Dois dias se passaram desde que eu e os xamãs matamos aquelas maldições. Passei esses dois dias sendo obrigada a ficar no quarto ouvindo sermão da Aiko e do Ray.

Meus ferimentos foram curados de forma rápida após eu ter entrado no carro, já que não fazia mais movimentos bruscos ou algo do tipo.

O que mais me incomoda e não ter conseguido tirar informações do Akashi antes de mata-lo. Apesar de ser muito forte, sinto que estou começando a ficar enferrujada após dormir por dois milhões de anos.

Acho que preciso me exercitar um pouquinho.

Ah, eu faço isso mais tarde.

...

𝔄𝔰 𝔇𝔲𝔞𝔰 𝔉𝔞𝔠𝔢𝔰 𝔡𝔬 𝔇𝔦𝔞𝔟𝔬 |° 𝙹𝚞𝚓𝚞𝚝𝚜𝚞 𝙺𝚊𝚒𝚜𝚎𝚗 Onde histórias criam vida. Descubra agora