— O que exatamente quer saber, Gojo? _calmamente, Mary perguntou.
— Quem criou essa técnica?
— Eu. _respondeu simples. — À uns 9 milhões de anos atrás eu criei essa técnica, e depois de mais uns 2 milhões de anos, quando apareceu uns feiticeiros eu repassei algumas técnicas para eles que são efetivas contra muitas maldições. Mas não ter efeito em mim e muito menos, nos meus seguidores.
Seus olhos vagaram pelo quarto, sem um ponto fixo.
— Como eu disse, ele é usada para manter o fluxo de energia amaldiçoada no corpo de forma regular e controlada, além de duplicar o poder da energia ela também duplica a quantidade. _explicou.
— Como você consegue criar técnicas que utilizam a energia amaldiçoada? _murmurou.
— Pode não parecer para vocês, feiticeiros, mas eu tenho uma mente magnífica e brilhante. _retrucou gabando-se e sorrindo de forma lenta e calma. — E eu usava isso ao meu favor. Juntando o insaciável desejo pelo poder e a minha criatividade, eu imaginava cenas e as recriava, usando a energia amaldiçoada como um combustível. Um dos ingredientes principais.
Gojo prestava atenção em cada palavra e movimento de Mary. Seus olhos vibrados em suas costas faziam-a sentir incontáveis arrepios.
Por nenhum segundo sequer, o albino parou de observa-la e escuta-la com atenção.
— Geralmente, toda técnica requer uma grande atenção e concentração, ainda mais na hora de cria-la, testa-la, aperfeiçoa-la e torná-la uma técnica eficiente e conhecida. Existe a quantidade certa de energia a ser usada em cada técnica, muita energia usada em uma técnica a pode fazer com que o usuário que está tentando usá-la perca o controle, e gaste mais do que necessário para fazê-la funcionar. E usar muito pouco, pode não obter quaisquer resultado. Não se pode desperdiçar muita energia em uma técnica, mas usar muito pouco a torna inútil. _explicou meio nervosa.
Mary não tinha certeza se esse era um assunto muito confiável a se contar aos feiticeiros da atualidade, mas seu receio maior, era que o albino contasse para alguém.
Por mais que Mary tenha criado essas técnicas, ela sempre seguiu as regras de mantê-las seguras consigo, e em segredo. Respeitava a decisão dos antigos feiticeiros em manterem certas técnicas em segredo de outros feiticeiros, achou até mais inteligente e eficiente do que ensinar todas as técnicas. Muitos morriam testando algumas técnicas, para Mary e seus seguidores não era difícil por serem fortes e terem uma grande quantidade de energia amaldiçoada.
Mas para os humanos que tem o corpo frágil e uma quantidade limitada de poder, era difícil e fatal.
Mas, ela sentia-se bem ao lado do albino, apesar do sentimento que corroía por dentro. Bem até demais.
— Eu me lembro vagamente sobre a sua explicação, mas, como você fez aquilo? _seu corpo se ergueu subitamente, interessado e entretido na situação.
— Aquilo o que? _confusa com o que ele perguntava, Mary se virou para trás, encontrando os olhos curiosos do albino e seu corpo completamente exposto, então tratou-se de desviar o olhar primeiro, evitando-o.
— No templo...
— Oh, aquilo... _sussurrou lembrando-se da vez em que as maldições e Mary conheceram oficialmente os feiticeiros. — Bem, aquilo não foi bem a técnica de circulação de energia amaldiçoada só, mas é quase semelhante. Como todos sabem, a energia amaldiçoada, dependendo da quantidade, também pode causar desastres naturais. Eu usei a técnica de circulação de energia amaldiçoada de forma mais agressiva, em vez de libera-la para circular pelo meu corpo, eu liberei uma quantidade maior, cobrindo parte da cidade e então, atraí vocês até mim. _simplificou.
Mary estava tão concentrada em não olhar para o albino, que não notou quando o mesmo se aproximou de si pelas costas.
— Oh, aquilo foi surpreendente... _murmurou para Mary, perto de seu corpo, mas sem encosta-la.
Seus sentidos pareciam confusos e o ar que pairava entre ambos era tão palpável quanto um objeto físico.
A nuca de Mary se arrepiou e ela suspirou, tentando parecer neutra, sorrindo como sempre sorria.
Escondendo qualquer sentimento que sentia.
Ela estava confusa como nunca esteve antes.
— Quem eram aqueles que te atacaram? _voltou a perguntar, murmurando enquanto deitava-se na cama.
— Ex-amigos. _suspirou pesadamente.
Tal assunto era estranho para Mary.
Seus sentimentos quanto ao passado eram divididos, pelo menos por alguns.
Não podia julga-los por traí-la, mas podia odia-los por ter feito.
— Eles te odeiam?
— Oh, foi tão óbvio assim? _caçoou meio irritada com o rumo que o assunto tomava.
— Àquela técnica que você usou antes...para queimar a maldição...O que era? _calmamente e sem se deixar afetar pelo tom de Mary, questionou novamente.
Ele sabia que talvez estivesse forçando a barra, mais ainda assim, queria descobrir mais.
— Não foi uma técnica. _esfregou a mão no tecido fino do vestido, soltando o ar lentamente pelos lábios.
— Minha energia também pode ser usava como fogo, e ao entrar em contato com o que deveria queimar, ela se acende por si, queimando qualquer vestígio daquilo que toca.
Antes, os humanos a chamavam de "chamas purificadoras". _seus lábios se apertaram levemente antes de continuar. — Quando alguma pessoas tinha uma doença incurável, eu as tocava e as chamas em vez de vermelhas, ficavam azuis. Quando eu tocava em alguém que não merecia mais viver, as chamas ficavam vermelhas. Afinal, e assim que elas agem. Por conta própria.
A mulher ocultou o fato de suas almas serem enviadas para o seu inferno, atormentando-a com seus gritos enquanto eram punidos.
Ocultou o fato de receber oferendas dos humanos por proteção. E ocultou o fato de matar inúmeras pessoas que todos julgavam ser ruins.
Muitos eram, mas muitos eram apenas tolos que caíram em uma grande enrascada.
— Você citou algo sobre a técnica de sucção, mas não me falou sobre o veneno...poderia contar-me algo?
— Bem, o veneno das Lâmias e mais forte que de uma cobra, escorpião ou qualquer planta venenosa. Além de produzirem uma quantidade maior e mais forte de veneno, ele é misturado com energia amaldiçoada. Isso torna seu efeito mais forte e fatal.
Após o seu corpo ter uma pequena dose do veneno, ele começa apodrecer de dentro para fora, mas antes, vem os sintomas. O frio, quase como se tivesse saído em um dia de neve ser as roupas adequadas. Depois o sangramento nasal e por outras partes do corpo. O calor, a febre, a ancia de vômito, a tontura, as dores no corpo, e por fim, a interrupção de todos os órgãos do corpo, menos o coração, e por alguns minutos o cérebro. _citou com calma. — Quando o veneno vem em uma quantidade maior, por incrível que pareça, quase nenhum desse sintomas são notados ou tem um pronunciamento. O local começa a apodrecer depois de alguns minutos, depois vem o frio, o calor e a febre. Apenas esses. _finalizou.
— Qual era a relação entre você e os feiticeiros?
— Bem, digamos que tínhamos um relacionamento a base de termos, semelhante ao meu relacionamento entre vocês, feiticeiros da atualidade.
Eu os encinava a controlarem suas energias e eles nos deixavam em paz. Foi um trato. _respondeu seria.
— Mas, por que confiou tanto nos feiticeiros ao ponto de conta-los sobre as técnicas que você criou? _questionou curioso.
— Porque eles eram fracos. _respondeu sincera. — Os humanos são bem manipulados. Eles não sabem esconder seus sentimentos da forma correta, apesar de saberem esconder sua verdadeira face, são péssimos em lidarem com o que há dentro de si mesmos. Eles eram facilmente levados na conversa de alguém com uma presença marcante e uma beleza exuberante. Eles eram tolos.
Além do mais, eles poderiam ser úteis, apesar de fracos, para caso alguma maldição saísse da linha, ou perdesse o controle.
— Um favor em troca de outro favor... _murmurou pensativo.
Após o murmuro de Gojo, o silêncio pairou sobre ambos. Mary esperando mais algum questionamento, e Gojo perdido em seus pensamentos.
— Aliás, Mary, de onde tirou essa roupa? _confuso, o albino questionou e tombou a cabeça para o lado, reparando na vestimenta de Mary.
...
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𝔄𝔰 𝔇𝔲𝔞𝔰 𝔉𝔞𝔠𝔢𝔰 𝔡𝔬 𝔇𝔦𝔞𝔟𝔬 |° 𝙹𝚞𝚓𝚞𝚝𝚜𝚞 𝙺𝚊𝚒𝚜𝚎𝚗
Боевик+18 Mary... Uma maldição aparentemente fraca e indefesa, de aparência seduzente e encantadora. Sua voz calma e aveludada, capaz de seduzir homens e mulheres com apenas um simples sussurro. Mas não se engane, apesar da aparência frágil e dócil, Mary...
